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sábado, 27 de novembro de 2010

27 de Novembro Dia do Engenheiro e Técnico de Segurança do Trabalho

Façamos nossa parte e com certeza o Brasil será um pais diferente em termos de prevenção.
Parabéns a todos os Técnicos e Engenheiros de Segurança

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cinco porques

O “5 Porquês” é uma técnica para encontrar a causa raiz de um defeito ou problema. Esta ferramenta é muito usada na área de qualidade, mas na prática se aplica em qualquer área, e inclusive pode ser muito útil em seu dia a dia. Foi desenvolvida por Sakichi Toyoda (fundador da Toyota), e foi usada na no Sistema de Toyota de Produção durante a evolução de suas metodologias de manufatura.
O princípio é muito simples: ao encontrar um problema, você deve realizar 5 iterações perguntando o porquê daquele problema, sempre questionando a causa anterior. A explicação é mais fácil com um exemplo:
Problema: Os clientes estão reclamando muito dos atrasos nas entregas.
Porque há atrasos? Porque o produto nunca sai da fábrica no momento que deveria.
Porque o produto não sai quando deveria? Porque as ordens de produção estão atrasando.
Porque estas ordens atrasam? Porque o cálculo das horas de produção sempre fica menor do que a realidade.
Porque o cálculo das horas está errado? Porque estamos usando um software ultrapassado.
Porque estamos usando este software? Porque o engenheiro responsável ainda não recebeu treinamento no software mais atual.
Pelo exemplo, podemos ver que a causa raiz das reclamações dos clientes é a falta de treinamento do engenheiro em softwares de produção mais atuais. Se o responsável somente fizesse a primeira pergunta, tentaria mudar o sistema de transportes da empresa, o que provavelmente seria mais caro e não resolveria realmente o problema.
Na realidade, não é necessário que sejam exatamente 5 perguntas. Podem ser menos ou mais, desde que você chegue à real causa do problema. No exemplo, ainda poderia haver um porque mais, e se descobriria que o engenheiro não foi treinado devido a sua forte carga de trabalho. O importante é que esta ferramenta sirva para exercitar as idéias e tire a pessoa de sua zona de conforto.
Também é importante entender que esta é uma ferramenta limitada. Fazer 5 perguntas não substitui uma análise de qualidade detalhada. Uma das principais críticas à ferramenta, é que pessoas diferentes provavelmente chegarão a causas raiz diferentes com estas perguntas. Por isso o ideal é que as perguntas sejam feitas com participação de toda a equipe, para que gere um debate em torno das causas verdadeiras.
Além disso, frequentemente a causa de um problema será mais de uma. Se você usa somente esta ferramenta, pode estar deixando de lado outros fatores importantes para a melhoria de seus processos.
Em um de seus artigos, Bill Wilson cita outras perguntas que devem ser feitas para assegurar que a causa encontrada é correta:
Que provas tenho de que esta causa existe? (É concreta? É mensurável?)
Que provas tenho de que esta causa levará ao problema identificado? (Ou estou apenas fazendo suposições?)
Que provas tenho de que esta é a principal causa que verdadeiramente leva ao problema? (Mesmo que seja um fator importante, a causa principal poderia ser outra).
Algo mais deve ocorrer junto a esta causa para que o problema ocorra? (Serve para esclarecer se o problema não vem de uma combinação de fatores)

Em resumo, esta é uma boa técnica para resolver problemas simples e tomar os primeiros passos para problemas mais complexos, desde que você não se acomode e ache que seu problema está resolvido com 5 perguntinhas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estresse dentro de casa é mais comum que no trabalho, segundo pesquisa

Da Redação

As pessoas ficam mais estressadas dentro da própria casa do que no trabalho. É o que aponta um estudo sobre avaliação de risco cardiovascular feito com base nos resultados do mutirão do coração promovido em 2009 pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado. Cerca de 100 mil pessoas foram avaliadas nas cidades de São Paulo e de Campinas.

Foi o primeiro estudo empírico em que o estresse foi considerado e avaliado como fator de risco. O estresse foi avaliado nos vários locais onde as pessoas convivem, como trabalho, casa, locais sociais (clubes, bares, boates), além de ter considerado fatores como problemas financeiros e crença religiosa. E a casa foi apontado como o local de maior estresse pela população, superando até o mesmo o trabalho.

Todas as pessoas que participaram do mutirão afirmaram ter passado por algum nível de estresse no último ano, com intensidades variando entre pouco, moderado, intenso e exagerado. O resultado pode indicar um novo quesito para doenças cardiovasculares na modernidade, o estresse.

Ainda segundo o estudo, 23,2% da população afirmou ter sofrido estresse em casa. Marido, filhos, cachorro ou a nova rotina feminina podem ser fatores determinantes para que as mulheres estejam desenvolvendo doenças cardiovasculares. E 46,8% afirmaram que tiveram algum fator estressante no último ano: morte de familiar, perda de emprego, separação conjugal ou ruína financeira.

Estresse intenso ou exagerado ocorreu em 23,2% dentro da própria casa; 15% dentro do trabalho; 10% dentro da sociedade e 25% de causa financeira. E as mulheres sofrem mais com o estresse dentro de casa: 28,3% delas revelaram estresse intenso ou exagerado. Entre os homens esse índice combinado cai para 13%.

Para o cardiologista Ari Timerman, diretor do serviço hospitalar do Instituto Dante Pazzanese e um dos coordenadores do mutirão, o resultado reflete o peso do papel da mulher na sociedade, que chefia famílias e cuida dos filhos.

No trabalho, os níveis de estresse foram menores do que em casa. Mais da metade afirmou que ele é ausente (50,9%); 14,7% pouco; 19,1% moderado; 10,4% intenso; e 4,6% exagerado. Na sociedade, as pessoas afirmaram que o estresse é ausente em 43,6% dos casos; 23,9% pouco; 22% moderado; 7,3% intenso; e 3,1% exagerado.

Segundo o cardiologista, o fato de ter sido um ano de crise econômica pode ter contribuído para o estresse dentro de casa. O estresse financeiro intenso ou exagerado foi apontado por 24,4% das pessoas.