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sábado, 15 de janeiro de 2011

Sonolência e dores prejudicam motoristas

Respeitar o ritmo do organismo para evitar a sonolência excessiva e manter hábitos saudáveis são medidas indispensáveis para garantir a segurança e a qualidade de vida nas estradas. Dirigir um veículo é uma tarefa cognitiva e perceptiva, complexa e dinâmica, o que torna fundamental que a pessoa apresente um nível adequado de vigilância.

Distúrbios do sono

A sonolência e a privação de sono colaboram para aumentar os riscos de acidentes veiculares, pois prejudicam a atenção, a coordenação motora, o tempo de reação, a memória e a capacidade de concentração, além de provocar irritabilidade. Estudos comprovam que a perda de uma noite de sono produz um déficit operacional semelhante ao gerado por um nível de alcoolemia de 0,10%; sendo que no Brasil a "Lei Seca" determina que o consumo máximo de álcool antes de assumir o volante é de 0,2 grama por litro de sangue. "Quando tratamos de direção veicular, a causa mais importante da sonolência excessiva diurna é sem dúvida a síndrome da apneia obstrutiva do sono. O que ocorre nesta síndrome é a parada respiratória durante o sono devido à obstrução da via respiratória. O indivíduo ronca durante o sono e faz pausas respiratórias seguidas de agitação que o faz respirar novamente", afirma o médico de tráfego e do trabalho e diretor de comunicação da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues Alves.

Dores

Profissionais do trânsito estão também mais expostos a dores osteomusculares, principalmente os que atuam em turno irregular ou noturno. As principais queixas são de dores na coluna lombar e dorsal, pescoço, ombros e joelhos, segundo uma pesquisa da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP (Universidade de São Paulo) realizada em 2007 com 470 caminhoneiros de uma transportadora do interior paulista. Cerca de 53,5% relataram terem sido acometidos por dor em alguma parte do corpo, sendo que, do total de entrevistados, 6,1% ficaram impedidos de trabalhar em decorrência de dores e 10,5% procurou ajuda de algum profissional da saúde.

Tratamento adequado

Mais de 28% dos entrevistados afirmou trabalhar mais de 10 horas por dia, uma rotina intensa e estressante que requer ainda mais cuidados com a saúde. Ainda assim, muitos motoristas ao identificarem problemas de sonolência ou dores, não procuram atendimento médico ou decidem se automedicar, postergando o diagnóstico e podendo causar o agravamento da doença. Para minimizar as dores o ideal é usar a ergonomia na direção veicular, fazendo os devidos ajustes posturais. "Os pedais não devem ser muito verticalizados, o câmbio deve ser acessado sem movimento do tronco", atesta o médico de tráfego e do trabalho Dirceu Alves. Nos casos de distúrbio do sono, há ainda os que recorrem ao "rebite", comprimido à base de anfetamina, substância originalmente usada para emagrecer. Entretanto, é importante que esses profissionais tenham consciência de que, ao perceberem os sintomas, devem procurar, assim que possível, um especialista.


Fonte: Revista Proteção

Posturas Incorretas

Capacitação

DEUS CAPACITA OS ESCOLHIDOS

Conta certa lenda, que estavam duas crianças
patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor,
para lhe dizer que não seria capaz..


"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados,

CAPACITA OS ESCOLHIDOS.
Fazer ou não fazer algo só depende
de nossa vontade e perseverança


Mt 22:14 - Porque muitos são chamados.
Mas poucos os escolhidos.

Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

Excesso de sol pode trazer problemas

No calor do verão, o apelo da praia e piscina é irresistível. Mas o que é uma diversão pode se tornar um pesadelo. Todo cuidado é pouco com a exposição ao sol, que, se exagerada, pode causar doenças de pele.

O Hospital Vera Cruz de Campinas (SP) tomou a dianteira na questão, trazendo orientações gerais que podem ajudar banhistas e pessoas que fazem caminhadas ao ar livre a tirar melhor proveito do sol neste verão.

A luz solar pode provocar várias doenças, induzidas diretamente pela radiação ultravioleta. É que, ao atingir a pele, os raios UV penetram profundamente e desencadeiam reações imediatas como as queimaduras solares, as fotoalergias (alergias desencadeadas pela luz solar) e o bronzeamento.

Câncer de pele – E, devido ao efeito acumulativo da radiação durante a vida, há reações tardias como o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que, por meio de mutações genéticas, predispõem ao câncer da pele.

Segundo o Dr. Theodoro Habermann, dermatologista do Hospital Vera Cruz e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, são muitas as doenças causadas pela radiação dos raios ultravioletas. “Ficar exposto ao sol sem protetor solar não é aconselhável. A médio prazo pode causar um melanoma, que é um tipo de câncer de pele que origina-se das células que produzem o pigmento que dá a cor”.

Dr. Habermann comenta ainda que o câncer de pele é um dos mais incidentes no Brasil, principalmente nas orelhas, pálpebras, nariz, bochechas e lábios, que são regiões mais expostas às radiações. Além do câncer, outras doenças de pele, como o envelhecimento, manchas na pele e nevos, que são as pintas no corpo, podem aparecer.

Olhos – Em relação aos olhos, a radiação violeta pode causar diversas doenças, como catarata; câncer de pálpebras e conjuntiva ocular; disfunção lacrimal, isto é, inflamação permanente da superfície ocular ou olho seco; doenças do fundo dos olhos; e lesões na retina.

Para prevenir tais doenças, o dermatologista do Hospital Vera Cruz dá algumas dicas. “Evitar exposição ao sol, principalmente entre 10h e 16h, usar protetor solar, no mínimo fator 30, e repassar de quatro em quatro horas, utilizar hidratante corporal após exposição ao sol, o uso de bonés e por último, proteger os olhos com óculos de sol de boa qualidade ajudam na prevenção das doenças de pele causadas pelo sol”.

(Fonte: Yahoo!)

STJ reafirma ser possível constatar embriaguez sem bafômetro

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou nesta quinta-feira a possibilidade de se aferir a embriaguez ao volante por meio de exame clínico e outras provas que não o bafômetro ou exame de sangue. A Turma negou habeas corpus a motorista que apresentava sinais claros de embriaguez, segundo perícia.

Além de ter afirmado ao perito ter ingerido três cervejas, o réu apresentou-se, segundo o próprio técnico, com "vestes em desalinho", "discurso arrastado", "hálito alcoólico", "marcha titubeante", "reflexo fotomotor lento" e "coordenação muscular perturbada".

A juíza da causa inocentou o motorista, mas a decisão foi reformada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Para a ministra Laurita Vaz, o tribunal gaúcho acertou ao rever o entendimento da magistrada. O réu foi condenado a prestar serviços à comunidade por um ano - seis meses acima da pena mínima, por ter ferido levemente duas pessoas em razão da conduta.

Em outubro, o STJ divulgara que a ação penal contra um motorista que se recusou a fazer o teste do bafômetro foi trancada devido a um "paradoxo legal" na Lei Seca, que deixa sem efeito prático o crime previsto na legislação. De acordo com o STJ, o motorista não pode ser obrigado a se submeter ao exame, mas, ao mesmo tempo, a prova técnica, com a concentração sanguínea de álcool, é indispensável para incidência do crime de dirigir embriagado.

Controvérsia
Em seu voto, a Laurita Vaz cita a divergência de entendimento entre as duas Turmas penais do STJ. A Sexta Turma vem entendendo que para configuração do crime é indispensável submeter o motorista a exame de sangue ou bafômetro. E também indicou que a questão será apreciada pela Terceira Seção em recurso repetitivo, da relatoria do ministro Napoleão Maia Filho. A Seção é composta por ministros de ambas as Turmas, e deve uniformizar o entendimento do STJ sobre o tema.

Mas a relatora considerou que, no caso concreto, o posicionamento tradicional do colegiado deveria prevalecer. Entre os argumentos da ministra, está o de que não seria possível reavaliar por meio de habeas corpus as provas lançadas no processo.

A Lei Seca
Atualmente, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, não é permitido dirigir sob a influência de qualquer concentração de álcool no sangue, porém, existe uma margem de tolerância de 2 dg de álcool/l de sangue ou 0,1 mg de álcool/l de ar expirado. Acima disso, o condutor está sujeito à multa, suspensão do direito de dirigir por um ano e retenção do veículo. Se for constatada concentração de álcool igual ou superior a 6 dg álcool/l de sangue ou 0,3 mg de álcool/l de ar expirado (o equivalente a três tulipas de chope), o condutor cometerá um crime passível de punição com detenção de seis meses a três anos, multa e perda do direito de dirigir.

Fonte: Portal Terra

http://www.abramet.org.br/Site/Pagina.aspx?ID=2035&MenuID=16#

Nova NR 12 traz proteção específica para diferentes áreas.

A nova NR 12 promete revolucionar a proteção dos trabalhadores em relação às máquinas. Uma primeira olhada sobre o conteúdo já chama atenção pelo tamanho. Enquanto a versão anterior contava com um ­texto base de seis itens principais e mais dois anexos, um para motosserras e outro para cilindros de massa, a nova tem texto base com 19 itens principais, três apêndices, sete anexos e um ­glossário.


São 14.500 caracteres, um total de cinco páginas, contra mais de 230 mil letras, o que proporcional­mente dará cerca de 80 páginas para a nova norma. Dessa forma, traz explicações bem mais detalhadas sobre instalações e dispositivos de segurança.


"Agora é outro mundo, com explicação muito mais clara sobre o que é necessário. Uma evolução drástica do texto em si e com a criação de um grupo de trabalho permanente que vai discutir melhorias. A situação que tínhamos antes era de uma norma valendo de 1978 até 2010.


A tecnologia avançou, e a norma trazia algo de 32 anos atrás. Se atualizou o texto e se coloca a ­oportunidade de uma atualização contínua", avalia o engenheiro de segurança João Baptista Beck Pinto, que coordena um GT de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), no Rio Grande do Sul.


Criada pela Portaria 3214, de 08 de junho de 1978, a NR 12 sofreu uma primeira alteração em 1983. Em 1994, a norma ganhou o anexo de motosserras e, em 1996, o de cilindros de massas. Mais duas pequenas mudanças ocorreram em 1997 e em 2000. Já a publicação da nova NR 12 prevista para ocorrer ainda em 2010 traz uma transformação total, alcançada de forma tripartite.


O nome da norma também mudou. Agora chama-se NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. "O mais importante da nova versão são as informações mínimas para que a máquina seja concebida de forma segura. Queremos a médio prazo uma nova geração de máquinas", afirma a coordenadora do GTT da NR 12, a auditora ­fiscal da SRTE/RS, Aida Becker.


Já para os trabalhadores, há avanços em to­da a concepção da norma. "Modernizada, buscou contemplar a maioria dos diferentes modelos de máquinas e equipamentos inseridos nos distintos processos de trabalho.


Ela se ateve aos rumos da globalização, com visão atual alinhada às normas - nacionais e internacionais - mais recentes; e vislumbrou proteger, de fato, os envolvidos no processo de fabricação, envolveu compradores e usuários, e vislumbrou a segurança no ambiente ao redor da máquina.


Em sua nova roupagem, vejo como um dos melhores trabalhos gerados pelo processo tripartite e dará uma nova dimensão à Segurança do Trabalho a grande parte dos setores produtivos", analisa o técnico de segurança do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Adonai Ribeiro.


Fonte: Revista Proteção, Cristiane Reimberg / Juliano Rangel, 08.12.2010

Trabalho: prazer ou sofrimento?

No cotidiano, o trabalhador engolido pela labuta, rotinas e modelos, nem ao menos percebe que está sendo capturado pelos resultados de processos mais globais da sociedade como a instantaneidade, a velocidade, a multiplicidade, a visibilidade e a serialidade.
Acelerado, fatigado, consumista, sem tempo para refletir, na luta contra o relógio, com compromissos múltiplos e simultâneos, cada trabalhador com sua história de vida e sua forma de ser, vivencia sua própria experiência de trabalhar.
Na lógica capitalista onde o trabalho é pautado apenas nos princípios da produtividade, eficiência, competitividade e racionalidade, cada trabalhador é colocado em uma etapa do processo de produção fazendo a sua tarefa segundo normas padronizadas cada vez mais distantes do resultado do seu trabalho, do outro, dos seus sentimentos e de sua existência.
Enquanto aumenta-se o discurso da “equipe”, “colaboradores” e “parceiros” cada vez mais se trabalha solitária e individualmente.
O trabalho, enquanto fonte de sustento e realização pessoal é propulsor de saúde do trabalhador, entretanto, a falta dele, a insatisfação e a execução de atividades laborais alienantes poderão gerar ou desencadear no trabalhador um processo de adoecimento físico e/ou mental.
Assim cada organização, estrutura e ambiente de trabalho têm repercussões nos vínculos e na subjetividade de cada trabalhador que passa no mínimo um terço de sua vida trabalhando.
Tensões, angústias, conflitos e insatisfações no ambiente de trabalho sobrecarregam o corpo do trabalhador, precipitando os acidentes e doenças profissionais.
Estudos mostram como o conflito entre as metas e as estruturas de uma organização e as necessidades do indivíduo, quando em discordância, podem levar ao estresse circunstancial ou crônico. Estresse que não pode ser resolvido apenas com um descanso de final de semana, feriado prolongado ou férias bem aproveitadas.
A pressão por resultados, as contradições institucionais, o trabalho excessivo, a má organização no trabalho, as dificuldades interpessoais e os conflitos mal administrados podem trazer insatisfações e ansiedades que somadas a outras pressões sociais, familiares e ambientais podem arrebentar com o emocional do trabalhador, abalando sua auto-estima e o desvitalizando.
A insegurança no emprego, a falta de perspectiva de crescimento, o ritmo de trabalho, a solidão, o vazio das relações unicamente profissionais, a falta de disponibilidade para lazer e cuidar de si e a falta de recursos internos do trabalhador para ajustar-se vão minando a sua saúde emocional.
Irritabilidade, distúrbios do sono e de apetite, tensão ou dor muscular, palpitações, distúrbios sexuais, gastrite, apreensão, medo, sensação de pânico, fadiga, dificuldade de concentração e de memória, alterações de personalidade e de comportamento, alcoolismo e outros sintomas vão comprometendo as relações afetivas e sociais do trabalhador, sua vida pessoal e profissional.
O trabalhador habitua-se a viver sob a forte e constante tensão, se exigindo esforço físico, mental e apesar de conhecer racionalmente os riscos deste sistema não consegue se modificar podendo chegar até à exaustão mental, ao comprometimento profissional e intelectual, à falta de motivo para trabalhar e viver.
Com a negação ou prolongamento do estresse, o trabalhador pode chegar à depressões graves, ao isolamento social, à ausência do trabalho, à desajustes familiares e à despersonalização.
Os sintomas podem traduzir os desejos de transformar o ambiente de trabalho que não encontram canais ou linguagem no universo do trabalho para se expressar verbalmente.
O sofrimento geralmente é controlado por estratégias defensivas para impedir que se transformem em patologias. Na falência ou deficiência do sistema de defesa, aparecem as neuroses, psicoses, depressões e ou sintomas orgânicos desencadeando a queda no desempenho produtivo.
Sofrimento mental e fadiga são proibidos no trabalho, só a doença é “admissível”, e assim, a consulta médica vem disfarçar o sofrimento mental aliviado com psicoestimulantes, analgésicos e ansiolíticos. Desloca-se, portanto, o conflito homem-trabalho para um terreno mais neutro e com a medicalização desqualifica-se o sofrimento.
É que, na lógica capitalista a doença passa a ter como aspecto central, não o sofrimento do paciente, mas sim a capacidade ou incapacidade para produzir.
Quando vários trabalhadores se descompensam, geralmente as chefias costumam diminuir o ritmo de trabalho e não a pressão da organização para que desapareça o sofrimento.
A desmotivação no trabalho costuma ser resolvida motivando o sujeito, ao invés de modificar a situação que interfere no seu equilíbrio vital.
Na nova cultura das organizações o objetivo primordial é obter o envolvimento dos trabalhadores em prol dos interesses da empresa, fazendo com que internalizem como seus os interesses desta. Em nome da sobrevivência da organização no mercado, as práticas adotadas evidenciam os efeitos do poder sobre os corpos e sobre as atividades cotidianas por canais cada vez mais sutis, moldando os trabalhadores de acordo com os desejos da Qualidade.
Capturados, alguns trabalhadores aplaudem e vestem a mordaça macia do controle, e os que resistem ou não se adequam podem ser punidos ou “cuspidos” da organização.
As instituições ou organizações vivem uma fachada bonita de “gestão participativa”, enquanto o trabalhador sente-se cada vez mais tolhido, deixando de ser ousado, espontâneo, criativo, e de doar suas idéias à empresa.
O trabalhador não tem como escapar de entrar neste mundo pronto, mas há a possibilidade de frear e se produzir diferentemente. Não é preciso perder a saúde na luta para ganhar a vida.
Que na era da velocidade o trabalhador possa se desacelerar, se aquietar e fazer tempo para refletir sobre si mesmo, sobre seus desejos, seus limites e sobre sua relação com o trabalho.
Para aprender a relaxar e administrar tensões inevitáveis não é preciso cursar universidade, procurar especialistas ou se deslocar para locais distantes, chegar a florestas ou ao cume de montanhas.
É preciso sim, que o trabalhador abra brechas no dia-a-dia nas quais possa compartilhar angústias, ressignificar as tensões, ampliar as relações afetivas e convivência e dar espaço para as sensações. Criar tempo para fazer o que se gosta, andar descalço, ver o luar, caminhar, observar a natureza ou ouvir música suave.
Que as organizações e instituições reconheçam os sintomas do estresse como sinais de alerta do sofrimento mental do trabalhador evitando suas conseqüências e prejuízos organizacionais e pessoais.
Só é possível pensar que existe qualidade de vida no trabalho quando os locais de trabalho são democráticos e humanizados, com gestão participativa, construída, que respeita necessidades e interesses da empresa e dos funcionários, com reconhecimento e valorização do trabalhador.
Somente resgatando sua auto-estima, sua criatividade, sua capacidade de se divertir, de cuidar de si e administrando seu tempo de viver, o trabalhador poderá extrair algum sentido e prazer do trabalho.

Angela Maria Amâncio de Ávila
Psicóloga – CRP 04/2683

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O que é assédio moral no trabalho


Assédio moral é qualquer conduta, ação ou omissão, por meio da qual qualquer pessoa no local de trabalho ofende, xinga, humilha, exclui, ironiza, desmoraliza, abusa, agride, enfim, ofende a dignidade, a integridade física ou mental de um trabalhador ou de uma trabalhadora, de forma repetida e contínua, ameaçando seu emprego ou desestabilizando seu ambiente de trabalho.

Qual a importância de combater o assédio moral

O trabalho ocupa uma função muito importante em nossa vida. Dedicamos boa parte do tempo a ele, criamos amizades e relacionamentos no trabalho, ele repercute em nossa melhora de condições financeiras e sociais e também em nossa qualificação e auto-estima. Dessa forma, é fundamental que o trabalho seja um local que promova saúde e não o adoecimento do trabalhador.

Quem é o assediador

Qualquer pessoa no local de trabalho pode ser o assediador: seu chefe, superior, gerente, supervisor, colega, etc...

Como ocorre o assédio moral

O assédio moral pode acontecer por meios de gritos, insultos, palavrões, atitudes, ofensas, ironias, exclusão, etc...

Exemplos:

* Você é mesmo difícil...não consegue apreender as coisas mais simples! Até uma criança faz isso...só você não consegue!
* É melhor você desistir! É muito difícil e isso é para quem tem garra! Não é para gente como você!
* Não quer trabalhar...fique em casa! Lugar de doente é em casa! Quer ficar folgando...descansando... de férias, pra dormir até mais tarde...
* Se você não quer trabalhar...por que não dá lugar para outro?
* Teu filho vai colocar comida em sua casa? Não pode sair! Escolha: ou trabalha ou toma conta do filho!
* Lugar de doente é no hospital...aqui é para trabalhar.
* Pessoas como você...está cheio ai fora!
* Não posso ficar com você! A empresa precisa de que dá produção! E você só atrapalha!
* É melhor você pedir demissão... você está doente... está indo muito a médicos!
* Para que você foi ao médico? Que frescura é essa! Tá com frescura? Se quiser ir para a casa de dia... tem de trabalhar à noite!
* Não existe lugar aqui para quem não quer trabalhar!
* Você me enganou com seu currículo...não sabe fazer metade do que colocou no papel.
* Vou ter de arranjar alguém que tenha uma memória boa para trabalhar comigo, porque você... esquece tudo!
* A empresa não precisa de incompetentes iguais a você!
* Ela faz confusão com tudo...é muito encrenqueira! É histérica! É mal casada! Não dormiu bem...é falta de ferro!
* Vai ver que brigou com o marido!

O que o trabalhador vítima de assédio deve fazer

* Anotar com detalhes (hora, data, mês, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa);
* Dar visibilidade à agressão, procurando ajuda dos colegas, principalmente aqueles que testemunharam o fato ou também já o sofreram;
* Procurar seus superiores na empresa, relatar o que está acontecendo e pedir providências;
* Evitar conversas com o agressor sem testemunha;
* Exigir por escrito explicações ao agressor, e guardar cópia da eventual resposta;
* Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para: diretores, advogados ou médicos do sindicato; para o Ministério Público do Trabalho; para Superintendência Regional do Trabalho e Emprego;
* Buscar apoio junto aos seus familiares, amigos e colegas, pois o afeto é fundamental nessas situações.

Fonte: www.assediomoral.org

Seguro-desemprego tem novos valores

Com o aumento do salário-mínimo em 5,9%, em 1º de janeiro, benefício fica entre R$ 540 e R$ 1.010,34

Brasília, 10/01/2011 - Com o aumento do salário-mínimo a partir de 1º de janeiro para R$ 540, a tabela do seguro-desemprego, aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), também sofreu alterações. O valor do benefício passa a figurar entre R$ 540 e R$ 1.010,34.


A apuração do valor do benefício tem como base o salário mensal do último vínculo empregatício na seguinte ordem:
Tendo o trabalhador recebido três ou mais salários mensais a contar desse último vínculo empregatício a apuração considerará a média dos salários dos últimos três meses;
Caso o trabalhador em vez dos três últimos salários


VALOR DO BENEFÍCIO


A apuração do valor do benefício tem como base o salário mensal do último vínculo empregatício, na seguinte ordem:
Tendo o trabalhador recebido três ou mais salários mensais a contar desse último vínculo empregatício, a apuração considerará a média dos salários dos últimos três meses;
Caso o trabalhador, em vez dos três últimos salários daquele vínculo empregatício, tenha recebido apenas dois salários mensais, a apuração considerará a média dos salários dos dois últimos meses;
Caso o trabalhador, em vez dos três ou dois últimos salários daquele mesmo vínculo empregatício, tenha recebido apenas o último salário mensal, este será considerado, para fins de apuração.

Observação:

Caso o trabalhador não tenha trabalhado integralmente em qualquer um dos últimos três meses, o salário será calculado com base no mês de trabalho completo.
Para aquele que recebe salário/hora, semanal ou quinzenal, o valor constante no requerimento deverá ser o do salário mensal equivalente, conforme a regra abaixo:

Cálculo do salário mensal

Salário/hora = Y --> Salário mensal = Y x 220
Salário/dia = Y--> Salário mensal = Y x 30
Salário/semana =Y --> Salário mensal = Y ÷ 7 x 30
Salário/quinzena = Y --> Salário mensal = Y x 2
O último salário é obrigatoriamente aquele recebido no mês da dispensa, constante no TRCT, no campo Maior Remuneração.


TABELA PARA CÁLCULO DO BENEFÍCIO
SEGURO-DESEMPREGO
JANEIRO/2010


Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se na tabela abaixo:


Faixas de Salário Médio Valor da Parcela
Até R$ R$ 891,40 Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
De R$ 891,41 até
R$ 1.403,28 O que exceder a 841,88 multiplica-se por 0.5 (50%)
e soma-se a 713,12.
Acima de R$ 1.403,28 O valor da parcela será de R$ 1.010,34 invariavelmente.


Salário Mínimo: R$ 540,00


Observação:

* O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo.
* Em vigor a partir de 01 de Janeiro de 2011.

Fonte: Site do MTE.