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sábado, 10 de julho de 2010

Meio Ambiente: Pipoca é o novo investimento da Petrobras

Alimento é usado pela empresa para simular manchas de óleo no mar em testes de vazamento

Ao longo dos anos a pipoca já foi usada para diversas finalidades além da alimentação. Os astecas, por exemplo, utilizavam-na como enfeites para rituais, cerimônias fúnebres e até mesmo ornamento de estátuas. A Petrobras investe agora em uma nova funcionalidade do alimento. A empresa despeja no mar a pipoca para simular manchas de óleo em testes de vazamento. Segundo a Petrobras, a pipoca flutua, não absorve água rapidamente, é biodegradável e pode ser facilmente identificada em alto mar, o que faz dela uma excelente opção para os testes.


Petrobras usa pipoca para simular vazamento de óleo

Para simular as manchas de óleo eram usadas placas de isopor, que precisavam ser amarradas umas às outras e exigiam aparatos como redes de contenção para que não se dispersassem, prejudicando o meio-ambiente. Também foram utilizadas cascas de arroz e pó de serra. Contudo, a casca afundava logo e absorvia água rápido demais, sendo inviável para um teste com duração de até quatro horas. O mesmo ocorria com a serragem que, além disso, formava “blocos” quando molhada.

Já a pipoca é biodegradável, mais barata dos que os matérias já experimentados e ainda apresenta comportamento mais próximo ao do óleo em alto mar. Quem descobriu a nova utilidade foram pesquisadores da base da Petrobras em Aracaju (Sergipe). “A pipoca não se confunde com a água como a casca de arroz e não agride o meio ambiente, já que o peixe pode comê-la caso fique algum resíduo no mar”, afirma Cruz.

As simulações ocorrem de acordo com as regras determinadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que testa a eficácia das bases da Petrobras para conter e resolver danos ambientais causados por possíveis acidentes dessa natureza. A empresa deve estar preparada porque os testes são marcados sem data ou plataforma definida. “O Ibama analisa o material usado na simulação, os equipamentos de contenção e retirada do suposto óleo, além dos barcos, helicópteros e sistemas de monitoramento utilizados em caso de vazamento” diz Ubirajara de Brito Cruz, coordenador de Gestão Local de Fornecedores da Unidade de Produção e Exploração de Petróleo de Sergipe e Alagoas (UN-SEAL).

Pipoqueira de Sergipe fornece o material para testes

Para o fornecimento do material usado nas simulações, a Petrobras contratou Maria Selma Costa, pipoqueira de Sergipe. No primeiro teste, foram utilizados 20 sacos com 3,2kg cada, a maior das encomendas já recebidas pela profissional, que normalmente levaria cerca de 180 dias para vender tamanha quantidade. Segundo Cruz, a demanda vai aumentar. “Iremos dobrar o pedido já que está dando certo” diz.

Atualmente, as encomendas são feitas a cada três ou quatro meses. Maria recebe R$ 2 mil pelo trabalho de fazer as pipocas, que leva dois dias e meio. Ela conta com a ajuda do noivo, que também é pipoqueiro. O milho vendido não pode conter sal, óleo ou qualquer espécie de gordura que contamine o ambiente.

Para tornar-se fornecedora da petrolífera, Maria teve de montar uma empresa formal. Com o apoio do Sebrae, Maria transformou-se numa empreendedora individual e já pensa em ampliar seu negócio. “Fiquei muito feliz quando a Petrobras me procurou. Agora vou até contratar mais um funcionário além de comprar um aparelho mais moderno para produzir as pipocas, porque o dinheiro que já ganhei com as encomendas permite esse investimento”, diz.

Fonte: Bruna Bessi, iG São Paulo 01/06/2010 06:44

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ministério do Trabalho reduz ações de fiscalização e multa menos empresas

A redução do quadro de auditores fiscais do trabalho compromete a fiscalização das empresas que contratam empregados sem registro em carteira. Entre janeiro e maio, o número de pessoas jurídicas flagradas nessa prática irregular diminuiu 29%, passando de 116.769 empresas nos primeiros cinco meses de 2009 para 90.240 em igual período deste ano. Por consequência, o total de trabalhadores com a situação legalizada em decorrência da ação fiscal decresceu de 230.930 para 189.646.
A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego era composta por 3.113 fiscais em dezembro de 2008. Um ano depois, essa equipe havia encolhido para 2.949 e chega, neste mês, a 2.872 profissionais. "Tivemos uma redução significativa do quadro de auditores em razão de aposentadorias no segundo semestre de 2009 até o momento", explicou a secretária de Inspeção do Trabalho, Ruth Vilela.
Uma solução parcial está em curso. No dia 30 foi publicado o resultado do concurso para preenchimento de 234 vagas para o cargo, cujo salário é R$ 13 mil. Essas contratações reforçarão a equipe do ministério, mas não solucionarão integralmente as dificuldades. As equipes continuarão desfalcadas e essa situação tende a influenciar negativamente as autuações neste segundo semestre, porque os novos contratados estarão em plena atividade somente em dezembro, depois de passarem por treinamento. Nas contas do ministério seriam necessários 4.500 fiscais para dar conta da fiscalização em âmbito nacional.
Outro motivo para a redução no número de empresas vistoriadas, aponta a secretária Ruth Vilela, é a mudança nos métodos da fiscalização. "Em 2010 estamos implantando uma nova metodologia de trabalho que, entre outras inovações, conduz a fiscalização à busca de resultados mais qualitativos que quantitativos. Essa metodologia pressupõe planejamento bienal, trabalho em equipe e não apenas individual e projetos temáticos e por atividade econômica".
A secretária informou que, sob o escopo desse novo método de ação, existem 392 projetos de fiscalização, além de sete projetos obrigatórios para cada regional, entre os quais o monitoramento do recolhimento do FGTS e conclusão de processos de multas e débitos. Ela disse que as variações quantitativas dos resultados dependem do porte das empresas e das atividades econômicas selecionadas para serem objeto das ações fiscais.
A redução no número de empresas fiscalizadas também teve por consequência a diminuição na receita obtida com as multas. Nos cinco primeiros meses de 2009, essas penalidades renderam R$ 145 milhões. Em igual período deste ano, essa receita baixou para R$ 133 milhões.
O mapa das autuações mostra que a contratação de trabalhadores sem carteira assinada se concentra nos Estados economicamente mais representativos. São Paulo lidera esse ranking. Neste ano, até maio, 16.807 pessoas jurídicas foram alvo de ação fiscal no Estado, nas quais 40 mil pessoas trabalhavam sem que houvesse registro em carteira.
Em Minas Gerais, 10 mil empresas foram multadas, resultando no registro de 17 mil empregados. O Rio Grande do Sul é o terceiro do ranking, com 8 mil empresas fiscalizadas e 14 mil trabalhadores em situação irregular. No Rio de Janeiro, foram encontrados 12 mil pessoas em ocupação irregular em 6.500 empresas. E no Ceará, a ação fiscal em 6 mil firmas culminou no registro de 11 mil empregados.
Fonte: Valor Econômico

Ministro do Trabalho defende política de emprego para pessoas acima de 50 anos


SÃO PAULO – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, defendeu na segunda-feira (5) a adoção de políticas públicas para a reinserção de profissionais com mais de 50 anos no mercado de trabalho. Segundo o ministro, a falta de mão-de-obra qualificada poderá estimular o retorno de pessoas mais experientes.
“O Brasil vive a mais rápida expansão do emprego formal, e esse crescimento também está gerando a falta de profissionais qualificados. Em algumas cidades, já está difícil contratar pedreiros ou engenheiros”, disse.
Lupi acrescentou também que, com tantos investimentos previstos devido aos eventos que acontecerão no País - Copa do Mundo e a Olimpíada -, é necessário pensar nesse segmento da população que tem muito a ensinar e contribuir.
Realidade do mercadoO consultor em Talentos Humanos da Inthegra, Nege Calil, afirmou que as empresas já enfrentam o problema da falta de pessoas qualificadas, por isso elas reconhecem o valor da experiência que os profissionais mais velhos possuem.
“Ter realizado boas obras durante a carreira, estar atualizado sobre o mercado, ter formação acadêmica adequada, lidar bem com informática e idiomas, além de possuir entusiasmo para trabalhar, são requisitos que contam mais pontos que a idade”, disse.
De acordo com Calil, os segmentos que mais contratam profissionais experientes são as redes de assistência médica, supermercados, locadoras, concessionárias de veículos e empresas de construção civil.
Recolocação após os 50 anosA atendente da Unimed Uberlândia, Célia de Fátima Oliveira, é um exemplo de recolocação no mercado de trabalho após 50 anos de idade. A profissional de 62 anos trabalha diariamente na empresa há três anos.
“Eu fiquei sabendo que a Unimed iria contratar pessoas mais velhas. Então, enviei meu currículo, passei por entrevista com uma psicóloga e estou aqui trabalhando. Eu gosto muito de ter a cabeça ocupada, principalmente se for pelo trabalho", finalizou Célia.
Fonte: InfoMoney

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quando o trabalho prejudica a saúde

Em um cenário marcado pela alta competitividade e redução da força de trabalho, jornadas de 10, 12 ou até mesmo 14 horas não são raras no mercado de trabalho. Somado a isso, pressão por resultados e acúmulo de funções são fatores que contribuem para profissionais dos mais diversos setores ficarem à beira de um ataque de nervos, ou de um burnout, o nível mais devastador do estresse.
Segundo dados da International International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), o sintoma do burnout afeta 30% da população economicamente ativa no Brasil, causando um prejuízo estimado em 4,5% do
Produto Interno Bruto (PIB) anual. Para a presidente da instituição, Ana Maria Rossi, é preciso saber o momento de parar antes de chegar atingir a estafa. “Além dos sintomas físicos, o estresse pode acarretar problemas emocionais e comportamentais.”
A lista de males inclui tensão muscular, constantes dores de cabeça, insônia, falta de apetite e de concentração, problemas de relacionamento e ansiedade. Os sintomas são parecidos com os de um cansaço normal, embora não desapareçam com uma noite de sono bem dormida. “Existem profissionais que tiram férias e mesmo assim não conseguem diminuir o nível de exaustão”, explica.
O segredo para evitar as doenças que possam surgir com o estresse, afirma Ana Maria, é conhecer os próprios limites e saber o momento de diminuir o ritmo. “O estresse pode até matar”, alerta.
Confira algumas dicas da presidente da ISMA-BR para conseguir maior resistência e não sucumbir ao estresse:
• Manter alimentação saudável e comer com intervalos regulares.
• Fazer 40 minutos de exercícios físicos todos os dias.
• Exercitar técnicas de relaxamento que possam ser realizadas em qualquer lugar, a qualquer momento e que não dependam de terceiros.
• Cultivar os relacionamentos pessoais e ampliar sempre sua rede social.
• Dormir oito horas por dia.