Pesquisar este blog

terça-feira, 27 de julho de 2010

27 de JULHO - Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho

O Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Este passo foi dado no dia 27 de julho de 1972, por iniciativa do então ministro do trabalho Júlio Barata, que publicou as portarias 3.236 e 3.237, que regulamentavam a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho e atualizando o artigo 164 da CLT. Por isto, a data foi escolhida para ser o dia nacional de prevenção de acidentes de trabalho.

Era um período de fragilidade no tocante à segurança dos trabalhadores no Brasil. O número de acidentes de trabalho era tamanho que começaram a surgir pressões exigindo políticas de prevenção, inclusive com ameaças do Banco Mundial de retirar empréstimos do país caso o quadro continuasse.

Hoje, 36 anos depois, não se pode pensar uma empresa que não esteja preocupada com os índices de acidentes de trabalho. A segurança dentro da empresa é sinônimo de qualidade para a mesma e de bem-estar para os trabalhadores. Financeiramente, também é vantajosa: treinamento e infra-estrutura de segurança exigem investimentos, mas por outro lado evitam gastos com processos, indenizações e tratamentos de saúde em casos que poderiam ter sido evitados.

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/acidentes/tipografia/titacidentestrab.gif

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes de trabalho são a causa da morte de mais de dois milhões de trabalhadores no mundo por ano. São três pessoas que morrem a cada minuto devido a condições impróprias de trabalho. Acompanhe os dados da OIT:

- Em 2001, morreram 650 mil pessoas em conflitos armados. As vítimas de morte por acidentes de trabalho foram mais de um milhão e 300 mil pessoas - mais que o dobro!

- No mesmo ano, 340 mil pessoas foram afetadas devido ao contato com substâncias perigosas (produtos químicos e radioativos, por exemplo).

- O contato com o amianto foi responsável pela morte de 100 trabalhadores em 2001 - a maioria ocupada na construção civil.

- A falta de segurança no trabalho mata mais do que as drogas e o álcool juntos.

- Os setores que apresentam menores condições de segurança em todo o mundo são a agricultura, a construção civil e a mineração

Dengue matou 270 e acidente do trabalho 2.808 em 2009

E ogoverno Federal invetiu na Prevenção e controle da Dengue 1 bilhão e 800 milhões de reais


O acidente de trabalho matou 60 vezes mais que a dengue e esclarecemos que estes dados são dos trabalhadores com carteira assinada sem contar o setor informal, que gera mais mortes e acidentes de trabalho. Desde 1970 até 2005 ocorreram 139.046 mortes por acidente do trabalho no Brasil. A economia brasileira perde ao ano 30 bilhões de reais com acidente de trabalho. As campanhas para a dengue estão em todo lugar do país. Até onde não existe a doença, ou seja, o mosquito não chegou lá e não tem nenhum caso de dengue, você vai num posto de saúde e tem um cartaz da dengue, vemos na televisão, no radio, nos jornais, e porque não se fala dos acidentes do trabalho, com esta mesma força e freqüência. Não é uma critica ao trabalho de prevenção da dengue e sim uma constatação, pois acredito que não deve morrer cidadãos de dengue e muito menos por acidente de trabalho que mataram em todo o país 2.808 trabalhadores em 2009.

Para a dengue existe verba do Ministério da Saúde, que vai direto para as prefeituras efetuar o trabalho que é de prevenção. Para os acidentes do trabalho não existe verba para nada. O próprio Ministério da Saúde, que deveria implantar os Centros Referência de Saúde do Trabalhador, não destina verbas e nem fiscaliza a implantação destas políticas nos Estados e Municípios. O Ministério do Trabalho (e não é neste governo foi sempre assim) não tem um tostão, as Delegacias Regionais em todos os Estados não têm veículos e diárias para enviar auditores fiscais para efetuarem o seu trabalho. Para a pesquisa na área da saúde temos várias instituições, institutos e laboratórios que contam com recursos públicos.

Na área do trabalho só existe a Fundacentro, que ficou mais de 15 anos sem concurso e não tem dinheiro para nada. A maior entidade de pesquisa na área de saúde ocupacional da América Latina possui um capital de conhecimento enorme com a maioria dos seus servidores com mestrado e doutorado, e uma das maiores bibliotecas da América Latina, só que esta em estado de sucateamento. Acredito que quem atua nesta área tem que começar a divulgar que os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho podem ocorrer em breve com os ricos, com grandes empresários, com diretores de empresas e intelectuais, políticos, que irão morrer por acidentes do trabalho, e que existe um vírus que causa os acidentes do trabalho chamado ignorância, falta de educação, cidadania. Afinal é absurdo ninguém dar importância para esta tragédia.

A notificação da dengue é maravilhosa, existem formulários adequados, os agentes de saúde e os servidores da vigilância sanitária do Ministério da Saúde dos Estados e municípios são treinados. As notificações dos acidentes do trabalho são sonegadas, muitas empresas não querem preencher a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) e na grande maioria dos postos de saúde de nosso país, não existe um formulário adequado para preencher e notificar os casos de acidentes do trabalho. Dia-D - Neste ano, o Dia D, de Combate à Dengue, será o próximo dia 18.

O Dia D é uma data escolhida pelo Ministério da Saúde para chamar a atenção da sociedade para o problema e incentivá-la a combater o mosquito. Também tem o objetivo de alertar os prefeitos, que recebem verbas específicas do Ministério da Saúde e são os responsáveis diretos pelo controle da doença. O sonho de milhares de Técnicos de Segurança do Trabalho, engenheiros, médicos, enfermeiros e vários pesquisadores, servidores do próprio Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Fundacentro em todo país é que recebam recursos e crie também o Dia D, de combate aos acidentes e doenças relacionados ao trabalho. Só a prevenção resolve para termos locais de trabalho digno e trabalho decente.
Fonte: www.sintespar. com.br

Ponto eletrônico: entidades pedem prorrogação do prazo e revisão das regras

SÃO PAULO – A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) pediu à Secretaria de Inspeção do Trabalho do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) a prorrogação do prazo para as empresas se adequarem às novas exigências do ponto eletrônico.

De acordo com a Portaria nº 1.510 do MTE, a partir do próximo dia 25 de agosto, as empresas serão obrigadas a utilizar o REP (Registro de Ponto Eletrônico).

A obrigatoriedade é para as empresas que já usam relógios de ponto eletrônicos. Aquelas que têm um controle manual ou empregam menos de 10 funcionários não precisam se adaptar.

Setor de call center
Já o setor de call center solicita a revisão das novas regras. Segundo o Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing, Direto e Conexos), a medida é inviável ao segmento, devido ao número elevado de funcionários.

O sindicato explica que um relógio de ponto atende a 100 empregados, por isso, as empresas de call center que empregam milhares de pessoas terão uma despesa muito maior para se adequarem à legislação.

Além do alto investimento, as empresas terão problemas de logística, pois a quantidade de pontos que serão instalados não suportará o volume de funcionários.

PIS
O Sintelmark acrescenta ainda que outra questão em debate está relacionada ao cadastramento dos funcionários no registro de ponto eletrônico, pois o sistema aceita somente aqueles que têm o número do PIS (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

Para o setor, essa aspecto é inviável porque o call center é tido como primeiro emprego de muitos jovens, ou seja, muitos novos contratos ainda não têm cadastro no PIS. Esse processo demora cerca de sete dias úteis para ser concluído, e as empresas não têm como computar os dias de trabalho desse empregado.

“O sindicato se manifesta interessado em homologar e certificar soluções eletrônicas que validem o login e logout como registro. Ou seja, o controle de entrada e saída dos operadores de call center será registrado a partir do momento em que ele se conectar ao sistema”, diz o diretor presidente-executivo do Sintelmark, Stan Braz.

Impedir a adulteração
A advogada do escritório Palópoli Advogados Associados, Mayra Palópoli, afirma que a medida visa impedir a adulteração ou edição de dados por parte do empregador ou do funcionário e facilitar a fiscalização.

“O objetivo do Ministério do Trabalho e Emprego é muito nobre, mas a portaria é extremamente complexa e será muito onerosa para os empresários”, afirma.

Fonte: InfoMoney

NBR de Gestão de SST entra em consulta pública

De 15 de julho a 13 de agosto, o Projeto de Norma Brasileira de Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho estará em consulta nacional no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br). "A norma se faz importante por ser uma possibilidade de sistematizar todas as formas de gestão implementadas nas empresas atualmente", afirma Jorge Coletto, engenheiro de Segurança e relator do GT2 (requisitos) da ABNT/CEE 109.

Gestão de mudanças



Durante as reuniões dos Grupos de Trabalho, ocorridas em maio, a Comissão de SST da ABNT avaliou sugestões enviadas por várias instituições, como Federação da Indústria de Minas Gerais, Sintest/AM, Senac/RJ, Sintesp/SP, Fundação Gestão Empresarial e Vigilância Sanitária do Trabalho. Um dos temas mais debatidos durante o processo de estruturação do projeto foi a gestão de mudanças. "Havendo uma gestão de mudanças na empresa, qualquer alteração de processos, estrutural, no quadro de funcionários ou no maquinário, dependerá de uma avaliação sobre como essa mudança pode influenciar na Saúde e Segurança do Trabalhador", explana Coletto.



Questionamento

A Comissão Tripartite Partidária Permanente, ligada ao Ministério do Trabalho, chegou a enviar, em março, um ofício para a associação, pedindo a suspensão temporária do processo de construção da norma. A ABNT respondeu ao ofício, explicando que as normas brasileiras são desenvolvidas de forma voluntária por especialistas da área estudada, levando em conta padrões internacionais de normalização.

Publicação

Em agosto, após o término do período de consulta pública, novas reuniões irão debater as sugestões, para então, publicar as diretrizes. "Vamos analisar o retorno da consulta e, a partir de setembro, pretendemos publicar a norma", conclui o relator do GT2

Fonte: Redação Revista Proteção

Cuidados em casa


Com eletricidade não se brinca. Todos os dias estamos sujeitos a levar choques elétricos ou causar acidentes devido ao mau uso da energia elétrica. Para evitar tudo isso, indicamos aqui algumas medidas bem simples, mas que são negligenciadas por grande parte das pessoas. Fique ligado!

* Quando for trocar uma lâmpada, desligue o disjuntor;
* Não sobrecarregue as instalações elétricas;
* Nunca coloque mais de dois aparelhos elétricos em uma só tomada;
* Evite o uso de “Ts” ou benjamins;
* Ligue o fio terra em qualquer equipamento elétrico;
* Use dispositivos de segurança nas tomadas e não deixe aparelhos elétricos ao alcance das crianças;
* Leia atentamente as instruções do fabricante ao instalar aparelhos elétricos;
* Feche a água pelo registro antes de mudar a chave seletora quente/frio do chuveiro ou da torneira elétrica;
* Nunca puxe o fio para desligar um aparelho da tomada;
* Limpe os eletrodomésticos só depois de retirá-los da tomada;
* Verifique se os aparelhos elétricos não estão com os fios desencapados;
* Jamais coloque roupas na parte traseira do seu refrigerador;
* Não mexa na parte interna de uma TV ou vídeo cassete, mesmo que eles estejam desligados. A carga elétrica fica acumulada em algumas partes do aparelho;
* Ao usar cortador de gramas elétrico, fique atento ao fio de energia do aparelho para que ele não seja atingido pela hélice;
* Não permita que seu filho solte pipa ou pandorga próximo às redes elétricas;
* Cuidado com instalações elétricas em lugares úmidos, como lavanderias, garagens e jardins;
* Se as lâmpadas ou aparelhos elétricos de sua residência queimam com freqüência, os disjuntores desarmam ou as tomadas e os fios estão ficando quentes, chame um eletricista qualificado;
* Somente pessoas com conhecimento técnico devem executar trabalhos em instalações elétricas.

Fonte: http://www.programacasasegura.org/br/seguranca/cuidados-em-casa/


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Corpo sofre com trabalho à noite

As reclamações de DJs sobre as dificuldades de trabalhar à noite têm fundamento, pelo menos no tocante à saúde, afirmam especialistas.
O sono diurno, dizem médicos, nunca compensa em quantidade e qualidade as horas não dormidas à noite.
Definição de direitos para DJs é vantagemCarreira de DJ deve ganhar regrasVeja a página de classificados de empregos
O problema atinge muito mais do que essa categoria. No país, cerca de 15 milhões de pessoas trabalham no período noturno, segundo estimativa do Instituto do Sono em São Paulo com dados do Ministério do Trabalho.
As consequências são variadas. Recentemente, foi constatado alto índice de câncer entre os trabalhadores noturnos, alerta Marco Túlio de Mello, médico e pesquisador do instituto.
"Ainda não está provada a relação direta entre a doença e o regime de trabalho, mas há indícios", explica.
Eles também têm maior chance de desenvolver doenças ligadas à baixa imunidade -como gripes-, obesidade e cefaleia, acrescenta Geraldo Rizzo, neurologista e coordenador do Laboratório do Sono de Porto Alegre. "A maior predisposição para doenças ocorre por alteração da atividade metabólica com a piora do sono", diz Mello.
REMUNERAÇÃO
Uma das motivações para os profissionais atuarem à noite é a remuneração maior. Eles recebem 20% a mais do que se trabalhassem de dia.
No entanto, há prejuízo nas relações com família e amigos, além de dificuldade de solucionar situações cotidianas, como ida ao banco.
Além de profissionais de saúde e de segurança, especialistas em TI (tecnologia da informação) são cada vez mais obrigados a enfrentar os plantões de madrugada.
É o caso do analista de redes Ricardo Lima, 26, que em 2005 foi transferido para a madrugada, mas não aguentou. Com no máximo quatro horas de sono por dia e dificuldade de se alimentar bem, voltou a trabalhar de dia quatro meses depois.
"Percebi que aumentaram os cabelos brancos", conta Lima, que diz estar ciente de que o expediente noturno é parte de seu trabalho. "Os processos são realizados à noite, quando ninguém usa computador", explica.
Por isso, em dias em que trabalha nesse horário, compensa o esforço com o banco de horas -justamente o que os médicos mais recomendam evitar: turnos variados.
"Assim o corpo funciona de forma descontínua. Sugiro a pacientes não dormir de dia nas folgas para aproveitar o período", orienta Rizzo.
CUIDADOS PARA QUEM TRABALHA À NOITE
RECOMENDAÇÕES:
Quem dorme de dia tem sono mais curto e menos profundo que o noturno. Procure ambientes tranquilos e sem claridade para não afetar ainda mais o desenvolvimento do sono
Profissionais que atuam à noite apresentam maior índice de absenteísmo, causando ônus também ao empregador. Exija da empresa turnos adequados ao seu metabolismo
Alimente-se de forma equilibrada. Trabalhadores noturnos têm 40% mais chances de ter doenças digestivas
Se perceber prejuízos à saúde, procure um médico. A função que executa pode não ser adequada a seu metabolismo
DIREITOS DE QUEM FAZ TURNO NOTURNO
Jornada: Das 22h às 5h
Hora de trabalho: Uma hora é reduzida para 52 minutos e 30 segundos
Hora de descanso: 60 minutos
Adicional noturno: Mínimo de 20% sobre o valor da hora trabalhada
Hora extra: 50% sobre o valor da hora de trabalho. É acumulativa em relação ao adicional
Fontes: Estevão Mallet, advogado trabalhista e professor da USP; Geraldo Rizzo, neurologista e coordenador do Laboratório do Sono; e Marco Túlio de Mello, médico do Instituto do Sono