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sábado, 22 de dezembro de 2007

Fogos de Artifício

Bonito para os olhos. Um perigo para as mãos.

Associação Brasileira de Cirurgia da Mão, lança Campanha Nacional de Prevenção a Acidentes e Traumas da Mão.

A Entidade alerta para os perigos de acidentes com fogos de artifício:

Uma em cada dez pessoas que mexem com fogos de artifício tem membros amputados, principalmente dedos. Além de provocar queimaduras, quando explodem, os fogos podem causar mutilações, lesões nos olhos e até surdez.

As lesões agudas da mão são responsáveis por 20% de todos os traumas que chegam às emergências dos hospitais no Brasil.

Preocupada com esses índices, a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM) lança a Campanha Nacional de Prevenção a Acidentes e Traumas da Mão. A primeira ação da campanha acontece em dezembro e visa alertar para os riscos dos acidentes com fogos, que podem provocar queimaduras graves e até mutilações e amputações das mãos. O presidente da ABCM, Dr. Luiz Carlos Angelini, adverte que a imprudência e a falta de informação são os principais motivos para esta alarmante incidência.

“Muitas pessoas compram os fogos, mas elas dão pouca importância para o alto risco desses artefatos, que podem causar mutilações irreversíveis”
, alerta o especialista.

O uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras (70% dos casos); lesões com lacerações/cortes (20% dos casos); amputações dos membros superiores (10% dos casos); lesões de córnea ou perda da visão e lesões do pavilhão auditivo ou perda da audição. As pessoas mais atingidas são homens com idade entre 15 e 50 anos e crianças de 4 a 14 anos.

Segundo o especialista, é nas festas de fim de ano que ocorre o maior índice de acidentes com fogos de artifício, incluindo as explosões com bombas, que têm um alto poder de mutilação. “Vemos muitas pessoas tentando orientar sobre a maneira de correta de manusear fogos de artifício. O objetivo de nossa campanha é mostrar a realidade, os perigos que esses produtos oferecem e manter as pessoas distantes dessa prática”. O médico orienta que apenas profissionais habilitados devem manipular material explosivo. “Existe uma lei que regulamenta a comercializaçã
o de fogos e proíbe que sejam vendidos para crianças”, afirma Dr. Angelini.

A campanha da ABCM promoverá ações de conscientizaçã
o por todo o país. Médicos especializados em cirurgia da mão estão engajados na divulgação de mensagens de alerta sobre os riscos de acidentes causados principalmente pelo manuseio de fogos de artifícios.


Algumas pesquisas apresentadas no Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado este ano, revelam que os acidentes de trabalho e as agressões são responsáveis pela maior parte dos casos de urgências de cirurgias de mão, mas durante essa época do ano, aumentam significativamente os casos de acidentes com fogos de artifício.

Para o especialista em cirurgia da mão Jefferson Braga Silva, é preciso “atenção extrema” ao lidar com fogos de artifício, principalmente no caso de crianças, que “não têm noção do perigo a que estão expostas”, comenta o vice-presidente da ABCM. O médico destaca a importância de prestar um atendimento adequado nos casos de acidentes com traumas na mão. “O atendimento especializado e imediato reduz significativamente o incidência de seqüelas graves”, orienta.

Período de férias faz crescer risco de acidentes

Além de atenção especial aos elevadores, garagens e playgrounds, síndicos podem sugerir a organização de passeios com a garotada

Elevadores, garagem, escadaria, piscina, playground e áreas de acesso restrito, como caixas d’água e casa das máquinas. Durante o período de férias, estas e outras áreas comuns se tornam locais de maior risco para as crianças, o que exige do condomínio um cuidado redobrado. A orientação é da Lello Condomínios, empresa líder em administração condominial no Estado de São Paulo.

Não é recomendável que crianças menores de 10 anos subam desacompanhadas no elevador. “Durante a manutenção dos elevadores, o síndico e/ou o zelador precisam providenciar a colocação de placas de advertência no térreo e, se possível, também em cada andar”, afirma Angélica Arbex, gerente de relacionamento da Lello Condomínios.

O condomínio também deve proibir que as crianças brinquem nas escadas e na garagem. Também é importante manter a escadaria e as garagens com boa iluminação e não deixar entulhos ou outros materiais nesses espaços.

Em relação ao playground, a principal orientação é para que os brinquedos sejam regularmente vistoriados. Brinquedos móveis, como gangorra e gira-gira, merecem atenção redobrada. “As crianças menores de cinco anos devem estar sempre acompanhadas por um responsável, que poderá socorrê-las imediatamente no caso de acidente”, explica Angélica.

Na piscina, observa a gerente da Lello, as crianças também nunca devem permanecer sozinhas. “É fundamental que o síndico oriente os funcionários a ligarem imediatamente para os pais daquelas que forem vistas desacompanhadas na piscina”, conclui.

Além de orientar os funcionários para darem atenção à circulação e às brincadeiras das crianças nas áreas comuns, o síndico pode sugerir, ou mesmo organizar previamente, entre dezembro e janeiro, alguns passeios a parques, museus e outros pontos turísticos da cidade de São Paulo.

“Essa iniciativa é especialmente importante nos condomínios com poucas opções de lazer para o público infantil, e evita que as crianças brinquem em locais inapropriados ou perigosos. Além disso, os passeios propiciam oportunidade de integração entre os pequenos”, acrescenta Angélica.

Prevenção a acidentes domésticos com crianças

Tomadas, facas, vidros e portas oferecem riscos aos pequenos e exigem atenção dos pais

A curiosidade normal da infância, fase em que os olhos parecem estar na ponta dos dedos, leva as crianças a tocar tudo o que encontram. E é este impulso que expõe os pequenos a diversos riscos. A maioria dos ferimentos nas mãos ocorre dentro de casa tendo as crianças como as principais vítimas. Os mais comuns são esmagamentos de dedos e mãos por portas e janelas, queimaduras (elétricas, químicas e por fogo), e cortes com vidros e objetos cortantes.

Com o objetivo de diminuir o número de casos e orientar os pais, a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão iniciou em 8 de outubro, em todo o Brasil, sua Campanha de Prevenção a Acidentes Domésticos. “Ações educativas e modificação do ambiente em que as crianças habitam são fundamentais para prevenir os acidentes domésticos”, afirma Dr. Jefferson Braga Silva, presidente da ABCM. A campanha se estenderá até o final das férias escolares, em fevereiro de 2008, e faz parte de um amplo programa de orientação lançado no final de 2007 pela ABCM, para prevenção de lesões e traumas nas mãos e membros inferiores.

Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que a cada ano são registradas 6 mil mortes e mais de 140 mil internações na rede pública de crianças abaixo de 14 anos, vítimas de acidentes domésticos, o que representa um custo de 63 milhões de reais para o Serviço Único de Saúde. “Medidas preventivas simples poderiam reduzir esse número em até 90%”, garante o especialista.

E prevenir não é tão difícil. Os adultos devem ter consciência que o mais banal dos objetos pode ser um brinquedo interessante para uma criança e que ela não é capaz de avaliar riscos. “As crianças devem ter o acesso a materiais cortantes, objetos perigosos e substâncias tóxicas impedido. A cozinha e a área de serviço devem ser locais proibidos para os pequenos, pois além de abrigarem facas, tesouras e substâncias perigosas, oferecem ainda o risco de queimaduras. Fixadores de porta também ajudam a evitar os tão comuns esmagamentos”, recomenda Dr. Jefferson Braga.

A prevenção dos acidentes na infância deve ser instituída em todas as esferas, seja dentro de casa ou nos ambientes sociais. E, embora o termo "acidente" implique em uma situação imprevisível, estar atento às potenciais situações de risco pode evitar danos irreparáveis.

Prevenção passo-a- passo

Os acidentes infantis registram maior ou menor incidência de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento motor da criança. Medidas simples desde a mais tenra idade garantem a segurança e a integridade física dos pequenos dentro de casa. A cada fase, os cuidados aumentam e se integram aos da faixa etária anterior.

0 a 6 meses
Nesta fase, os principais traumas são causados pela água do banho, quente demais para a pele do bebê, ingestão de pequenos objetos, quedas das mesas de troca e asfixia por cobertores e travesseiros.

Para evitar queimaduras, o adulto deve testar a água com o cotovelo e evitar beber líquidos quentes com a criança no colo. Os brinquedos devem ser grandes e resistentes, sem pontas, arestas e peças soltas. Na hora da troca, todos os objetos necessários devem estar à mão. Deve-se evitar travesseiros fofos e cobertores pesados.

7 aos 12 meses
A partir desta idade as crianças já começam a engatinhar, a ficar de pé e andar. Também é nesta fase que colocam tudo o que vêem na boca. A atenção deve estar voltada para a cozinha, o local mais perigoso da casa. O ideal é bloquear o acesso, pois líquidos e alimentos quentes, fios elétricos, forno e fogão são riscos potenciais.

Remédios, venenos, produtos de limpeza e demais substâncias tóxicas devem ser mantidas nas embalagens originais.

Para evitar quedas, é indicado bloquear as escadas com portas e portões, e baixar o estrado da cama.

As tomadas precisam ser protegidas.

1 a 3 anos
Nesta idade, as crianças já abrem portas e gavetas, escalam móveis, correm e não tem nenhuma consciência do perigo. Recomenda-se o uso de pratos e copos plásticos e a inspeção dos móveis, a fim de eliminar do caminho aqueles com quinas e bordas cortantes.

No banho, recomenda-se o uso de tapetes antiderrapantes e a instalação de grades e nas janelas.

3 a 5 anos
Mais conscientes, as crianças desta faixa etária aceitam e respondem às orientações dos adultos, mas ainda são impulsivas. Nesta fase, a criança interage com outras, tem melhor equilíbrio para correr, e começa a se arriscar em atravessar a rua. Também neste período elas sobem em árvores, ficam em pé nos balanços, brincam com mais violência e reconhecem frascos de remédios. Vigilância severa é a maior recomendação.

6 a 12 anos
Aos seis anos, a criança explode em energia e constante movimento. Com um tempo de concentração breve, elas iniciam novas tarefas que não conseguem concluir, são autoritárias e sensíveis. Aos sete anos, elas ficam mais quietas que aos seis, mas são mais criativas e gostam de aventuras. Dos oito aos dez, são curiosas em relação ao funcionamento das coisas, tem maior autonomia para realizar tarefas. Dos dez aos doze, são intensas, observadoras, acham que sabem tudo, são energéticas, indiscretas e argumentadoras. Querem ser líderes e aceitas nos seus grupos, buscando, muitas vezes, atitudes radicais.
Durante esta faixa etária, em que os filhos estão longe de casa, por vezes durante horas, disciplina e orientação são essenciais. A escola e grupos comunitários partilham de responsabilidade por sua segurança.

Adeptos das práticas esportivas, podem querer imitar um ídolo ou heróis infantis simulando situações de perigo.

Os vilões domésticos

Cozinha
É uma unanimidade entre os especialistas: a cozinha é o lugar mais perigoso da casa. Os cabos das panelas não devem ficar para fora; facas, tesouras e objetos pontiagudos devem ser mantidos em locais de difícil acesso; eletrodomésticos como liquidificador, batedeiras, processador de alimentos não podem ser manuseados pelas crianças.

Botijões de gás devem estar protegidos, assim como as mangueiras devem ser mantidas em bom estado de conservação para evitar vazamentos.


Produtos químicos e materiais de limpeza
Produtos altamente tóxicos e, muitas vezes, inflamáveis devem ser mantidos trancados em armários. As crianças não devem mexer com álcool e abrasivos e as embalagens originais devem ser mantidas.


Tomadas e fios
Utilize sempre protetores especiais para as tomadas evitando assim choques e outros acidentes. Fios desencapados precisam ser prontamente envoltos em fitas isolantes. Em caso de choque, a caixa geral deve ser desligada antes de se colocar a mão na criança para evitar a transmissão da corrente. A vítima deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro.


Objetos pontiagudos ou cortantes
Facas, tesouras, chaves-de-fenda e outros objetos perfuro-cortantes nunca devem ser dados às crianças. Mantenha esses objetos em locais fechados os quais a criança não tenha acesso.

Portas, janelas e varandas
Fixadores presos à parede ou pesos de porta evitam que estas batam e prendam a mão das crianças. As janelas e varandas devem ter grades ou redes de segurança. Os vidros devem, de preferência, ser temperados, pois estes não se transformam em cacos cortantes ao quebrar. Portas de vidro precisam ser sinalizadas para impedir que as crianças as atravessem.

Ferro de passar roupa
O ferro não deve ficar ligado com o fio desenrolado ao alcance das crianças. Além da alta temperatura, é perigoso por seu peso e eletricidade.


Primeiros socorros


Cortes e Feridas
A primeira medida a ser tomada é comprimir o local com um pano limpo e colocar as mãos para cima, dificultando o bombeamento do sangue para elas. A avaliação médica é fundamental para definir o tratamento.

Amputações

Em caso de amputação, deve-se fazer um curativo para parar o sangramento e manter a parte amputada dentro de um saco plástico colocado em um recipiente com gelo e água até a chegada ao pronto-socorro.

Queimaduras
Nos casos de queimaduras é de extrema importância que as pessoas não façam uso de receitas caseiras como colocar sobre a área atingida clara de ovo, pasta de dente ou pó de café. As bolhas também não devem ser rompidas pois são um canal de contaminação. A vítima deve ser encaminhada para atendimento especializado o mais rápido possível.


Mordeduras e arranhões de animais
A saliva de cães e gatos contém bactérias que podem causar infecções e transmitir doenças como a raiva. Por mais banais que pareçam, estes ferimentos precisam ser examinados por um médico que vai determinar a extensão dos danos e combater possíveis complicações.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

ESTRESSE VIRA EPIDEMIA

O estresse já é considerado uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que pouco mais de 90% da população mundial é acometida pelo “mal do século”. Medo, ansiedade, mudanças repentinas, depressão, barulho, violência, trânsito, entre outros são alguns dos agentes estressantes. A princípio, a reação ao estresse é normal e necessária para que as pessoas sintam-se mais estimuladas a vencer os obstáculos do cotidiano. O problema é a sua duração prolongada. Sua intensidade pode levar o indivíduo ao esgotamento e à doença.

Nas últimas décadas, a significativa mudança em todos os níveis da sociedade passou a exigir do ser humano grande capacidade de adaptação física, mental e social. A grande exigência imposta às pessoas pelas mudanças da vida moderna e, conseqüentemente, a necessidade de ajustar-se a essas modificações acabaram por expor os indivíduos a uma freqüente situação de conflito, ansiedade, angústia e desestabilização emocional. Isso pode levar ao estresse.

No ambiente de trabalho, os estímulos estressores são diversos. Experimentamos ansiedade expressiva diante de desentendimentos com colegas, da sobrecarga e da corrida contra o tempo, da insatisfação salarial e, dependendo da pessoa, até com o tocar do telefone. A desorganização no ambiente ocupacional põe em risco a ordem e a capacidade de rendimento do trabalhador. Pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma) em outubro de 2004 demonstrou que 70% dos brasileiros sofrem de estresse no trabalho, porcentagem semelhante a de países como a Inglaterra e os EUA.

Pressão – O estresse, explica o cardiologista Rogério Magalhães de Araújo, mexe com vários hormônios, inclusive os ligados às catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), responsáveis pela elevação da pressão arterial e da freqüência cardíaca. Por isso, o estresse em exagero pode levar à hipertensão arterial e desencadear arritmias cardíacas, infarto e até morte súbita.

Cólicas abdominais, constipação intestinal, diarréia, dores de cabeça, formigamentos, vertigens, tonturas, falta de ar, sensação de desmaio, alterações menstruais, lombalgias, dor na nuca, irritabilidade, angústia, tristeza, medo, insegurança, pensamentos ruins são alguns dos outros males causados pelo estresse.

O psiquiatra e psicoterapeuta Jorge Elias Daher lembra ainda que o estresse é também responsável pela Síndrome do Pânico, com sintomas psicossomáticos ligados ao coração: ansiedade, taquicardia, sudorese, mãos frias e sensação de morte. “É muito comum empresários apresentarem a Síndrome do Pânico, principalmente se tiverem pré-disposição genética para desencadear outras doenças”, diz.

Para a psicóloga Carlota Ximenes, uma das maneiras de prevení-lo é fazer uma reflexão do momento no qual estamos passando. “É importante refletir sobre o nosso aqui e agora e perguntarmos se é necessário realmente passar por tal situação”, ressalta Carlota. Outra dica da psicóloga é não ser exigente demais consigo mesmo. “Procure escutar mais as suas necessidades e não as impostas pela mídia. Tenha uma boa estima. Ouça músicas mais relaxantes, pratique esportes e tenha uma alimentação o mais saudável possível”, reitera.

Jorge Daher acrescenta que é fundamental procurar ajuda terapêutica, de preferência, a psicanálise, “a mais profunda das terapias”. De acordo com ele, a psicanálise tenta entender o que está no inconsciente do indivíduo e que o leva a apresentar determinados sintomas do estresse. O especialista aconselha ainda a tirar férias anualmente e alerta: “não exceda sua capacidade de trabalho”, aconselha Daher.