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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Projeto de Lei : Empresas poderão ressarcir SUS por gasto com acidente de trabalho.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4972/09, da deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que obriga empregadores públicos e privados a ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS) por despesas decorrentes de acidente do trabalho ou doença ocupacional.

Rebecca Garcia lembra que a legislação brasileira atribui ao SUS a responsabilidade pelas ações de saúde do trabalhador, inclusive em caso de acidentes de trabalho ou de doenças profissional. "A própria Constituição Federal estabelece essa norma, que é ratificada pela Lei Orgânica da Saúde", acrescenta.

No entanto, ressalta que um dos princípios correntes no Direito do Trabalho é o de que "quem gera o risco deve ser responsável pelo seu controle e pela reparação dos danos causados". Para ele, trata-se de um princípio justo, que inclusive foi incorporado à legislação previdenciária.

Tramitação - O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e Cidadania.



Fonte: Agência Câmara, 03.07.2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Meio Ambiente: Carta de um Pescador

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Sou pescador e sobrevivo da pesca artesanal de onde tiro o meu sustento e de minha família. Mas, desde que a PETROBRAS S.A, se instalou na Baía de Guanabara, na Praia de Mauá - Magé/RJ, no final de 2007, com o Terminal Flexível GNL da Baía de Guanabara e Projeto GLP da Baía de Guanabara, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - COMPERJ, não consigo trabalhar. É como se fosse dona da Baía e ninguém mais existisse. Contarei aqui um pouco dessa história.

O empreendimento possuí enormes impactos negativos que invibializam a sobrevivência das comunidades pesqueiras e, ao mesmo tempo, não lhes oferece nenhuma alternativa de vida. A empresa e suas obras impedem que nós, pescadores, circulemos por uma área que sempre foi nosso local de trabalho e moradia. Isso inviabiliza a pesca, nosso ganha-pão. A obra sequer gerou os empregos prometidos. A PETROBRAS S.A suas Empreiteiras trazem pessoas de fora e, quando contrata alguém da comunidade, os demite assim que descobre ligação do funcionário com os pescadores. Só em Praia de Mauá são centenas de famílias que estão perdendo seus empregos e vivendo na miséria, sem perspectiva de futuro. Mas esse não é o único crime cometido.

Ao longo das obras, a natureza vem sendo destruída. As dragagens estão matando animais e provocando o assoreamento da Baía. Os manguezais estão sendo desmatados. As máquinas usadas na obra causam derramamentos de óleo, danificam nossas redes de pescas, matam peixes e poluem as águas. E isso é grave, pois a Baía de Guanabara, a despeito do trágico derramamento de óleo também da PETROBRAS em 2000, aínda é muita rica do ponto de vista de seus Mangues, Flora e Fauna, possuindo muitas áreas de reserva ecológica.

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E, não bastassem esses crimes, a empresa criminaliza os pescadores que lutam contra a destruíção ambiental. Não nos dão o direito nem de reclamar ou de nos indignar diante de toda essa afronta às leis e aos direitos humanos ! No início da obra, as famílias tentaram um diálogo com a empresa, mas esta não tomou providências quanto aos danos causados. Sem proposta de alternativa e sem diálogo por parte da PETROBRAS S.A e o Consórcio GLP Submarino responsável pela execução das obras do Projeto GLP da Baía de Guanabara, nos restou como única saída a mobilização contra o Projeto. A resposta das empresas veio sob a forma de repressão e muita violência.

Pessoas que trabalham e prestam serviços na obra ameaçam os pescadores e suas os pescadores e suas famílias. As lideranças dos pescadores vêm recebendo também muitas ameaças anônimas, por telefone. No dia 1º de Maio, um de nossos companheiros, sofreu um atentado ao chegar da pesca. Foi recebido a balas e por pouco não foi assassinado. A polícia e os governos, ao invés de nos protegerem e de fazerem com que as leis sejam cumpridas, atuam visivelmente em favor dos interesses das empreitadas destruídoras.

O Grupamento Aéreo Marítimo - GAM, já realizou dezesseis ofensivas violentas contra a mobilização dos pescadores. No dia 14 de Maio, os policiais mais uma vez repreenderam para dentro do manguezal; apreendeu barcos; apontou armas; ameaçou-os de morte; e deteve vários pescadores. Todos atos ilegais. Desde então, as ameaças anônimas e violência no tratamento dos pescadores vêm se intensificando, culminando no assassinato de um dos fundadores de nossa associação : espancado e morto com cinco tiros, no dia 22 de Maio, seis horas após o embargo da obra pela Prefeitura de Magé por constatação de irregularidades. Diante do clima violento, é possível que o crime tenha relação com as ameaças.

Isso é apenas parte do que vem acontecendo. Precisamos que você nos ajude e apóie, pois isso também é um problema é um problema e uma responsabilidade sua! Somos pescadores e estamos lutando pela Baía de Guanabara, pelo respeito à vida e por nossas famílias. Queremos trabalhar, queremos viver num lugar despoluído, queremos alimentos frescos para nos alimentar, queremos proteger a natureza e queremos sustentar nossas famílias com nosso trabalho. Queremos, antes de tudo, ter o direito e o orgulho de sermos o que de sermos o que sempre fomos : Pescadores Artesanais.

Isso é pedir muito ? Acho que não.

Participe desta luta em defesa do Trabalho e do Meio Ambiente !

GRUPO HOMENS DO MAR DA BAÍA DE GUANABARA, defendendo o Meio Ambiente e aqueles que sempre o utilizaram em harmonia de forma sustentável, o "Pescador Artesanal"

Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/pma/index.php?option=com_content&view=article&id=817

HOMENAGEM AOS BOMBEIROS. ( 02 DE JULHO DIA DO BOMBEIRO )





Os
anjos existem!!!!
Mas... diferente do que imaginamos,
Eles não possuem asas,
nem poderes celestiais.

São como nós,
pessoas normais.

O amor ao proximo, é o que os tornam especiais.

Estes anjos,
tão sempre prontos a ajudar.
E arriscam suas vidas, para outras vidas salvar.

São fortes e destemidos,
e enfrentam qualquer tipo de perigo,
para o seu próximo ajudar.

Mas, infelizmente nem sempre são lembrados.
E por muitas vezes, depois de terem arriscado suas vidas;
Não recebem, nem se quer um OBRIGADO!

Mas isto, não os impede de continuar a trabalhar,
Salvando vidas em qualquer hora e em qualquer lugar!
Estes anjos, são merecedores de todo nosso respeito.

Por muitos eles são chamados de BOMBEIROS.

Mas eu os chamo de 'ANJOS'...

ANJOS VERDADEIROS!!!!

E aqui eu deixo... A minha singela homenagem,
a estes anjos, de muita bravura e coragem!

Que Deus abençoe a todos vocês!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Saude: Os riscos da automedicação

Cerca de 80 milhões de brasileiros tomam remédio por conta própria. Especialistas advertem que danos à saúde podem ser graves e até fatais
Paloma Oliveto


Brasília – A morte prematura do cantor Michael Jackson, 50 anos, possivelmente devido ao consumo excessivo de remédios, serve de alerta para quem costuma abusar de cápsulas e comprimidos sem prescrição adequada – hábito comum no Brasil. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), 80 milhões de pessoas confessam ser adeptas da automedicação no país. A consequência é que, por ano, 20 mil brasileiros morrem vítimas do mau uso das drogas. Outro dado alarmante vem do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) da Universidade de São Paulo (USP): 40% das internações por intoxicação ocorrem pelo mesmo motivo.

"Seja por orientação da mãe, do vizinho, do balconista da farmácia, ou mesmo do ‘Doutor Google’, é muito elevado o percentual de brasileiros que se automedicam. O uso abusivo de medicamentos, sem orientação médica, certamente poderá levar o indivíduo a adoecer. Vários serão os problemas, não só cardiológicos, mas também agravos renais, no trato digestivo, dermatológicos e sanguíneos", enumera o cardiologista do Hospital Brasília Anderson Rodrigues.

Diretora-secretária da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, em São Paulo, a alergologista Fátima Rodrigues Fernandes conta que é comum receber no ambulatório do Hospital Infantil Sabará, onde trabalha, pessoas com alergia e problemas estomacais provocados por remédios. Ela explica que todo remédio tem implicações negativas – as chamadas reações adversas descritas na bula. Porém, o uso errado ou abusivo pode despertar no organismo males imprevisíveis, como inchaços, asmas, úlceras, hemorragias e até mesmo choque anafilático. "Além disso, é preciso alertar as pessoas que, ao se automedicarem, elas correm o risco de mascarar uma doença que está por trás dos sintomas", lembra.

A combinação de medicamentos sem indicação médica é outro problema comum. Além do fato de um remédio poder anular o efeito do outro, pesquisas mostram que a interação desencadeia diversos danos ao organismo. Remédios para emagrecer associados a antidepressivos, por exemplo, são capazes de provocar cardiopatias. A fluoxetina, usada no combate à depressão, inibe as enzimas da sibutramina, princípio dos emagrecedores. Com isso, há aumento da pressão arterial e aceleração dos batimentos cardíacos. A dupla formada por inibidores de apetite e ansiolíticos, prescritos para diminuir a ansiedade, além de desencadear taquicardias, pode mesmo levar o paciente a ter psicoses e esquizofrenia.

CORAÇÃO No caso de Michael Jackson, o cantor, de acordo com seu advogado, Brian Oxman, tomava indiscriminadamente o remédio Demerol, um analgésico opioide que age diretamente no sistema nervoso central. Também faria uso combinado com antidepressivos e ansiolíticos. Por causa da mistura explosiva, teria sofrido um infarto que levou à parada cardíaca.

O médico José Carlos Nicolau, cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Coronariopatias Agudas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Incor), diz que todo medicamento pode afetar o coração. "Mesmo os receitados para quem tem problemas cardíacos podem apresentar efeitos colaterais", diz. Porém, ele ressalta que as pessoas não precisam entrar em pânico e deixar o tratamento de lado. "Se o indivíduo toma qualquer remédio, o médico está ciente dos efeitos adversos. Se toma a medicação sob supervisão e acompanhamento médico, a chance de ter um problema diminui bastante", diz.

O problema é que, de acordo com o cardiologista, além de comprar remédios sem prescrição, muitas pessoas aumentam, por conta própria, a dose ministrada. "Nesses casos, qualquer medicação pode ser muito grave", diz. Mesmo remédios tidos como inocentes podem levar a cardiopatias. Um estudo publicado neste ano pelo Archives of Internal Medicine, da Associação Médica Americana, concluiu que tanto as drogas narcóticas – como a morfina – quanto os analgésicos comprados até mesmo em supermercados – caso do paracetamol – podem aumentar a pressão arterial e elevar o risco de infarto.

"O ácido acetilsalicílico (Aspirina) é uma medicação importantíssima para a prevenção de infartos e de derrames. Mas, em pacientes asmáticos, poderia desencadear crises agudas, raramente tão intensas que evoluam para paradas respiratórias", exemplifica o médico Anderson Rodrigues. Segundo o cardiologista, sem orientação médica, os remédios mais prejudiciais ao organismo são os antiinflamatórios, seguidos por analgésicos, antidepressivos, sedativos, hormônios e medicações para emagrecer.


Uma das hipóteses levantadas em torno da morte do cantor Michael Jackson foi um infarto seguido de parada cardíaca devido ao uso excessivo do demerol, um potente analgésico opioide. O astro pop, de acordo com seu advogado, Brian Oxman, abusava do remédio e também tomava antidepressivos e ansiolíticos. Saiba quais são os tipos de analgésico mais comuns e entenda a diferença entre infarto e parada cardíaca.

Analgésicos não opioides
Também chamados drogas antiinflamató
rias não-esteroidais, são os mais comuns utilizados no combate à dor porque, além da baixa toxicidade, oferecem riscos bastante raros de problemas cardiorrespiratórios, a não ser quando ministrados em altas doses. Eles agem no local onde a dor se localiza, por meio da inibição das enzimas cicloxigenases, que são as causadoras de inflamações e dores. Seus efeitos são limitados e, em casos de dores fortes, ineficazes. Também não provocam sedação. As principais reações adversas são náuseas, vômitos, gastrites e úlceras. Além disso, há relatos de alterações renais e hepáticas. Exemplos de drogas: ácido acetilsalicílico, paracetamol e dipirona

Analgésicos opioides
Atuam diretamente no Sistema Nervoso Central, ligando-se aos receptores de opioides micra 1 e 2, kappa, delta e sigma. São medicamentos mais fortes, indicados para dores intensas. Como possuem diversas reações, só podem ser comprados com retenção de receita médica. Os analgésicos opioides têm efeito sedativo e podem causar sonolência, excitação, euforia, queda de pressão, confusão mental até parada cardiorrespirató
ria e overdose fatal. Cientistas também estudam o potencial de dependência química provocada pelos opioides. Exemplos de drogas: codeína, morfina e metadona

Analgésicos tópicos
São aplicados diretamente no local da dor e têm ação tópica. Apresentam uma melhora temporária, por isso são indicados para dores mais leves, provocadas por traumas e luxações. Ainda assim, podem apresentar efeitos colaterais, como urticárias e outras alergias. Geralmente, são em forma de spray e pomadas e dispensam receituário médico para venda. Exemplos de drogas: dicoflan e lidocaína

Diferenças

Infarto e parada cardíaca
Casos de pessoas jovens que tiveram infartos, como pode ter ocorrido com o cantor Michael Jackson, de 50 anos, não são incomuns. No Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, dos 2.751 infartos atendidos nos últimos dez anos, 17,5% eram de pessoas com até a idade do ídolo pop. Entre os homens, que infartam mais cedo que as mulheres, o percentual chegou a 20%.

Saúde Ocupacional

Perícia produzida vinte anos depois da dispensa aponta causa de doença ocupacional

A 4ª Turma do TRT-MG reconheceu a validade de perícia realizada 20 anos depois de encerrado o contrato de trabalho e manteve sentença que deferiu a um ex-empregado indenização por danos morais e materiais decorrente de doença ocupacional. A Turma acompanhou o entendimento expresso no voto do desembargador Antônio Álvares da Silva, que atuou como revisor e redator do recurso. De acordo com o desembargador, em caso de dúvida sobre a existência do nexo causal entre a patologia e o trabalho, devem ser aplicados os princípios protetivos do Direito do Trabalho, como o in dubio pro operario, pelo qual, entre duas ou mais interpretações possíveis, aplica-se a mais favorável ao empregado.

No caso, o reclamante trabalhou para a reclamada no período de 1976 a 1986, na função de serviços gerais, e depois foi contratado por outra empresa, como ajudante de caminhão, no período de 1986 a 1994. Relatou o trabalhador que, durante os dois contratos de trabalho, sofreu danos morais e materiais decorrentes da exposição ao agente ruído no ambiente de trabalho, resultando na doença ocupacional PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído.

A fonoaudióloga, que atuou como perita no processo, afirmou em seu laudo que não existem exames de avaliação audiométrica na admissão, no curso do contrato e nem mesmo na dispensa do autor a possibilitar a apuração de quando teve início a perda auditiva. Assim, o fato de o reclamante ter se desligado da empresa há mais de vinte anos impossibilitaria uma avaliação precisa do ambiente de trabalho da época.

Segundo o desembargador, o fato de a perícia ter sido produzida vinte anos após a dispensa do reclamante e em local diverso do ambiente de trabalho não impede a produção da prova técnica. Na avaliação do magistrado, a circunstância de a prova técnica ser indiciária, pois produzida sem vistoria direta das condições objetivas de trabalho do reclamante, não afasta a concausa da doença ocupacional. Apenas estaria afastada a obrigação de reparar o dano se comprovada a inexistência de nexo causal entre a patologia e o trabalho, a culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro ou caso fortuito e força maior. Porém, nada disso foi demonstrado. Além do mais, o fato de a reclamada não ter fornecido ao ex-empregado equipamentos de proteção individual já é suficiente para caracterizar a culpa patronal.

Observou o desembargador que as normas que exigem a apresentação de exames médicos e dos atestados de saúde ocupacionais foram editadas depois da existência da relação de emprego entre as partes. Mas, na situação em foco, o magistrado aplica o princípio do Direito do Trabalho segundo o qual a norma mais favorável ao trabalhador deve retroagir para beneficiá-lo.

Processo ( RO nº 00462-2008-101-
03-00-0 )



Fonte: TRT - MG

Jornada de trabalho: Câmara vota jornada de 40 horas.

Centenas de sindicalistas estão sendo mobilizados por Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais para estarem hoje em Brasília como forma de pressionar deputados federais a aprovar - em comissão especial - a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário. A PEC também aumenta o valor da hora extra para 75% sobre o valor da hora normal de trabalho (o acréscimo atual é de 50%).

A PEC 231 é de 1995 e tem como primeiro signatário o então deputado Inácio Arruda (PC do B-CE), hoje senador. A votação na comissão especial encarregada de examinar o mérito, antes do plenário, está prevista para hoje, às 14h, no auditório Nereu Ramos - que os sindicalistas pretendem lotar com cerca de 600 pessoas.

O parecer do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da CUT, é favorável. "A redução representa menos de 10% (dez por cento) da jornada hoje prevista constitucionalmente e está próxima à jornada média já praticada pelo trabalhador brasileiro", diz.

No setor automotivo, o limite máximo é 40 horas, valor fixado em convenção coletiva. Para Vicentinho, o impacto pode ser rapidamente absorvido pelo mercado, assim como a elevação do custo da hora extra, que, para ele, "desestimula o seu uso habitual por parte das empresas".

A redução da jornada de trabalho é bandeira histórica dos sindicalistas por melhores condições de trabalho. O principal argumento é a proteção da saúde e melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Citando dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as centrais alegam que a redução da jornada pode gerar mais de 2 milhões de novos empregos no país.

O empresariado contesta. Em audiência pública na Câmara, o representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Alain Alpin Mac Gregor, afirmou que o resultado pode ser a reestruturação de negócios e, consequentemente, o aumento do desemprego. O representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Dagoberto Lima Godoy, concordou.

Após mais de dez anos de lenta tramitação, a PEC teve sua análise retomada no ano passado, com a criação da comissão especial em dezembro, no final da gestão do então presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O petista havia se comprometido a colocar o tema em pauta, ao receber abaixo-assinado das centrais, em julho de 2008, após a realização de comissão geral sobre a redução da jornada de trabalho.

Criada em dezembro, a comissão promoveu, de abril e junho de 2009, sete audiências públicas sobre o assunto. Em uma delas, Nelson Karan, do Dieese, afirmou que o aumento da produtividade permite a discussão sobre a redução da jornada.

"Segundo o Dieese, o aumento da produtividade da indústria, entre 1990 e 2000 foi de 113% e o impacto da redução da jornada é de 2%. Assim, é pequeno o custo da redução de jornada, se comparado com o aumento da produtividade já ocorrido", diz Vicentinho.

Fonte: http://www.granadeiro.adv.br/boletim-jun09/N122-300609.php

terça-feira, 30 de junho de 2009

CAT: Comunicação de Acidentes do Trabalho,

CAT














CAT é a Comunicação de Acidentes do Trabalho, que deverá ser preenchida havendo ou não
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

A CAT de ser preenchida em cinco vias, sendo:
1. Empregador;
2. Sindicato;
3. Médico assistente;
4. Segurado ou seus dependentes;
5. Autoridade pública
afastamento do trabalho por parte do acidentado. A CAT deverá ser emitida no primeiro dia útil após a constatação ou suspeita da doença e, em caso de morte, de imediato. No HMJMJ a CAT é preenchida pela Segurança do Trabalho.

Fonte: http://cipahmjmj.blogspot.com/

Tipos de Acidentes de Trabalho
















Os acidentes do trabalho podem ser classificados como:
1. Acidentes Típicos: São todos os acidentes que ocorrem no desenvolvimento do trabalho na própria empresa ou a serviço desta.

2. Acidentes de Trajeto: São os acidentes que ocorrem no trajeto entre a residência e o trabalho ou vice-versa, observando se faz parte do itinerário normal do acidentado.

3. Doenças Ocupacionais: São doenças causadas pelas condições do ambiente de trabalho.

4. Doenças Profissionais: São doenças causadas pelo tipo de trabalho desenvolvido.

Não são consideradas como doença do trabalho:

A. Doença degenerativa;
B. Inerente a grupo etário;
C. Que não produz incapacidade laborativa;
D. Doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

MEC propõe reduzir para 22 as denominações de cursos de Engenharia

O diretor da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/Mec), Paulo Wollinger, informa que o MEC planeja reduzir o número de denominações de cursos de Engenharia de 234 para apenas 22. A revelação foi feita com exclusividade aos conselheiros federais do Confea, nesta quarta-feira, durante a realização da Sessão Plenária do Conselho.

A Engenharia será a primeira área de conhecimento avaliada pelo programa de Referenciais Curriculares Nacionais, um programa que determinará as linhas gerais de cada curso superior oferecido no Brasil, ajustando suas denominações. Segundo Wollinger, a medida servirá para melhorar a avaliação dos cursos.

“Temos um problema na avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), pois avaliamos cursos dentro de uma mesma área que nem sempre têm um perfil semelhante. A avaliação não é representativa”, disse.

Para concretizar a medida, a Sesu lançará uma página na Internet, na próxima segunda-feira, com referenciais curriculares mínimos de cada curso proposto. A página ficará no ar durante um mês para consulta pública, onde todo brasileiro poderá agregar contribuições e sugerir modificações nas linhas gerais de cada curso.

Pela proposta do MEC, os 22 cursos seriam: Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Agrimensura, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas, Engenharia de Pesca, Engenharia de Produção, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica, Engenharia Naval, Engenharia Química.

Atualmente existem 1535 cursos da área de Engenharia cadastrados no MEC. Desses, 1464 estão em atividade, 24 em atividade parcial, 22 paralisados e 25 em processo de extinção.

O representante do MEC também informou que o ministério atentará para as mudanças tecnológicas, que poderão criar novos cursos, mas essa situação será sempre avaliada com o cruzamento de dados dos referenciais curriculares nacionais.

O presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, elogiou a iniciativa do MEC e convocou todo o corpo técnico do Conselho a acessar o site da Sesu na próxima segunda-feira para uma análise profunda dos referenciais curriculares.

“Essa medida do MEC vai facilitar muito o trabalho do Conselho. Há muitos cursos cadastrados em Engenharia que não possuem, de fato, nenhuma relação com a área. E devo lembrar que o Sistema Confea/Crea já percebeu esse problema. Desde 2005, reduzimos os títulos profissionais de cerca de 1000 para 304”, declarou.

Engenharia de Produção

Wollinger também informou que houve uma grande discussão sobre os cursos de Engenharia de Produção e que se verificou que metade dos cursos oferecidos não são de Engenharia. “São cursos de administração cadastrados como de Engenharia. Esses serão descontinuados”, declarou.

Segurança do Trabalho

Questionado pelo conselheiro Gracio Serra sobre a ausência do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho do projeto, Wollinger afirmou que há um entendimento no MEC de que Segurança do Trabalho é uma área de estudo que vai além da Engenharia.

“O curso é uma agregação de domínios para engenheiros. Achamos que alta segurança deve ser feita por um tecnólogo, formado por um curso de 3 anos. Mas isso é uma discussão longa, que ainda vai ser aprofundada”, declarou.


Fonte: http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=8142&sid=10&pai=8

O que é SIPAT





É uma semana voltada à prevenção, conscientização e educação, tanto no que diz respeito a acidentes do trabalho quanto a doenças ocupacionais. É uma das atividades obrigatórias para todas as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho, devendo ser realizada com frequência anual.

Prevista na Portaria nº 3.214, NR-5. Atribuições da CIPA: Promover, anualmente, em conjunto com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

Sua finalidade básica é divulgar, orientar e promover a prevenção de acidentes, segurança e saúde no trabalho. Tem o propósito de desenvolver a consciência da importância de se eliminar os acidentes do trabalho e de criar uma atitude vigilante permitindo reconhecer e corrigir condições e práticas nocivas ao ambiente de trabalho.

Fonte: http://cipahmjmj.blogspot.com/2009/06/blog-post_11.html

Saúde: Brasil registra primeira morte por gripe H1N1

O Brasil registrou a primeira morte por gripe H1N1, informou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, neste domingo. Um homem vindo da argentina e estava internado no Rio Grande do Sul foi a primeira vítima fatal da nova gripe.

– Trata-se de um paciente de 29 anos do Rio Grande do Sul – afirmou Temporão em entrevista coletiva.

O ministro informou também que o homem foi internado no último dia 20 e que no dia 23, teve seu quadro "piorado" com "sintomas que evoluíram para um quadro de insuficiência respiratória".
No sábado o Ministério da Saúde confirmou 69 novos casos de gripe H1N1, o que eleva para 591 o total de infectados pela doença no país. Os novos registros são nos Estados de São Paulo (34), Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (7), Paraná (7), Minas Gerais (4), Distrito Federal (2), Santa Catarina (2), Espírito Santo (2), Pará (1), Maranhão (1) e Amazonas (1).

Os números incluem os casos informados ao Ministério pelos três laboratórios de referência para o diagnóstico da influenza (Fundação Oswaldo Cruz/RJ, Instituto Evandro Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e/ou pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Na sexta-feira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que o aumento no número de casos já era esperado pelo governo por conta do alto fluxo de pessoas nessa época do ano, baixas temperaturas, férias escolares e o consequente incremento no número de viagens.
Temporão disse que, apesar do aumento, a transmissão é limitada uma vez que a maioria dos pacientes foi infectada no exterior ou são contatos próximos de pessoas que já viajaram.

Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=154265

Saúde: Doenças ocupacionais na construção.

Veja quais são as principais enfermidades que atingem o trabalhador e como preveni-las


Já diz o senso comum: "é melhor prevenir do que remediar". E é bom mesmo prestar atenção na sabedoria popular, já que muitos trabalhadores do ramo da construção civil estão sujeitos a contrair uma série de doenças diretamente relacionadas à sua ocupação. Felizmente, tais moléstias profissionais são, em grande parte, facilmente evitáveis, desde que alguns cuidados básicos sejam tomados.

O principal cuidado, concordam os especialistas, é o uso dos equipamentos de proteção, sejam as vestimentas (botas, luvas, capacetes, óculos, roupas impermeáveis, máscaras) ou os aparatos que limitem a ação de fontes excessivas de luz, som, vibração, calor, umidade, poeira e outras que podem causar danos à saúde dos trabalhadores.

Para ajudar a prevenir, é importante saber de onde podem surgir os problemas. "Podemos dividir as fontes de risco de doenças em físicas, químicas ou biológicas", explica o doutor Douglas de Freitas Queiroz, chefe do Departamento de Medicina Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Riscos físicos
Doenças de causas físicas são, em geral, contraídas por meio de exposição excessiva a fontes de ruído, calor, radiação, umidade, entre outros. Dentre essas, as que costumam causar danos mais freqüentes são as fontes de ruído, que provocam uma seqüência de perdas auditivas, até ocasionarem uma eventual surdez.

Estão sujeitos à diminuição da audição todos os trabalhadores que, completamente desprotegidos, são expostos a ruídos superiores a 85 dB por um período de 8 h/dia. Acima de 85 dB - mais ou menos o equivalente ao barulho de um liquidificador em funcionamento -, o tempo de tolerância ao ruído diminui drasticamente. Um trabalhador sem nenhum equipamento protetor, por exemplo, não deveria ser exposto a sons da magnitude de 116 dB - aproximadamente o barulho de um moinho de grandes proporções - por mais de 15 minutos.

O problema da perda de audição é a dificuldade de diagnóstico, já que o afetado não sente nada socialmente. O doente se acostuma com o ruído no ambiente de trabalho e só percebe que há algo de errado quando não mais consegue ouvir com perfeição a voz humana. Nesse estágio, a pessoa já perdeu cerca de 50% da capacidade auditiva.

Para evitar tal moléstia, o importante é diminuir ou a intensidade do ruído ou o tempo de exposição: basta usar anteparos ou abafadores, de preferência, individuais.

As LER (Lesões por Esforço Repetitivo, um conjunto de doenças que incluem a tendinite, a bursite, a tenossinovite) constituem outro problema bastante freqüente. Trata-se de um fenômeno complexo, causado por uma porção de fatores, inclusive psíquicos, já que o estado mental da pessoa pode influir na força física que ela emprega durante o trabalho.

Apesar do fato de tais lesões - assim como a lombalgia, adquirida por carregamento de peso de modo inadequado, que causa problemas de coluna e desgaste da musculatura vertebral - também possam ser adquiridas por meio de acidentes de trabalho, é mais comum surgirem de maneira crônica, pela execução maciça de movimentos repetidos. O método de prevenção mais difundido é a adoção de pausas regulares e de exercícios de alongamento nos quais sejam realizados movimentos contrários aos que são feitos durante o trabalho.

A exposição constante a vibrações é outro fator causador de doenças ocupacionais. O trabalho com bombas de lançamento de concreto ou rompedores, por exemplo, pode causar danos à audição e à circulação nos membros superiores, além de microrrompimentos, inclusive nos ossos. O uso de luvas é uma das proteções a serem adotadas, mas o melhor é trabalhar com equipamentos que possuam atenuadores de vibração.
Outra fonte de risco é a exposição às radiações, que se dividem em ionizantes e não-ionizantes. As primeiras (raios X, raios gama), com maior poder de alteração de células, são extremamente raras na construção civil, mas as segundas (ondas ultravioleta, infravermelha, microonda, freqüências de rádio) são mais fáceis de serem encontradas. A luz produzida pelo trabalho com uma solda elétrica, por exemplo, pode causar alterações de pele (vermelhidão) ou, em casos mais raros, afetar órgãos internos, como os testículos. Nesse caso, há diminuição da produção de espermatozóides.

Mas a doença mais comum causada pela radiação é um tipo de conjuntivite, caracterizada por ardor nos olhos, que surge após duas ou três horas de trabalho sem proteção. "O soldador normalmente não é afetado, pois usa óculos protetores. O mais visado é o assistente", lembra o doutor Queiroz.

Catarata e cegueira seriam as conseqüências mais drásticas da exposição desprotegida à luz forte. Por sinal, o Sol e outras fontes de calor também podem causar insolação, problema facilmente evitável com o uso de capacete.

Outro agente físico que pode causar distúrbios é a umidade, em geral, mais presente em trabalhos realizados no subsolo, que afeta as defesas do organismo, provocando queda de imunidade. Sob tais condições, fica mais fácil adquirir doenças infecciosas, além de problemas como o reumatismo.

Um pouco mais raros são os problemas decorrentes do trabalho em condições hiperbáricas - em ambientes de grande pressão atmosférica -, como em plataformas submarinas, por exemplo. Os problemas decorrentes são lesões no ouvido, nos ossos (o fêmur é um dos mais atingidos) e a embolia gasosa, evitada com uma paulatina descompressão ao sair da água.

Riscos químicos e biológicos
Enfermidades causadas por agentes químicos surgem, em geral, do contato com tintas, solventes e outros produtos. Uma das mais comuns é a dermatite de contato. "É causada pela alergia a um produto químico presente no cimento", explica o doutor Anacleto Valtorta, médico do trabalho do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O produto chama-se bicromato e, em contato com a pele, provoca coceiras, vermelhidão e até mesmo o aparecimento de vesículas. "Uma pessoa pode desenvolver a alergia de início ou ser exposta ao bicromato por anos até desenvolver a doença", explica o doutor Queiroz. Portanto, recomenda-se cuidados básicos, como não deixar cair cimento dentro da bota.

As pneumoconioses, doenças pulmonares causadas pela inalação de diversos tipos de poeira, também são razoavelmente freqüentes. As mais conhecidas são a antracose (causada por aspiração de carvão e de fuligem), a asbestose (em decorrência da inalação de fibras de amianto) e a silicose (pela absorção da sílica livre, presente na areia). Essa última é a mais comum (já que o amianto está em desuso), e os sintomas são falta de ar e tosse. Mas essas doenças não são detectadas em consultório: em caso de suspeita, é preciso fazer um exame de raio X do tórax para confirmar as alterações nos pulmões.

Outro exame de praxe que ajuda a diagnosticar moléstias causadas por agentes químicos é o hemograma. A falta de glóbulos brancos ou de plaquetas no sangue pode ser indício de intoxicação causada por tintas, solventes, esmaltes ou óleos. Os sintomas são náuseas e fraquezas e o melhor modo de prevenir os problemas é o uso de máscara ao lidar com esses produtos.

Já os agentes biológicos são menos comuns no trabalho em construção civil, a não ser que se trate de uma obra em lugares insalubres, como o esgoto, por exemplo. Qualquer contato com bactérias ou vírus pode desencadear diversos tipos de doenças. Novamente, a regra de ouro é a prevenção.


VEJA COMO PREVENIR


1 - Perda de audição
Causas: exposição prolongada a ruídos acima de 85 dB
Sintomas: dificuldades de audição
Como prevenir: usar equipamentos abafadores de ruído

2 - Conjuntivite por radiação
Causas: exposição a fontes de luz ultravioleta ou infravermelha
Sintomas: vermelhidão e ardor nos olhos
Como prevenir: uso de óculos protetores

3 - LER (Lesões por Esforço Repetitivo)
Causas: execução constante de movimentos repetitivos por longos períodos
Sintomas: dores nos punhos, cotovelos e ombros
Como prevenir: fazer pausas regulares e alongamentos

4 - Embolia gasosa
Causas: trabalho em condições hiperbáricas (embaixo d'água)
Sintomas: confusão mental, perda repentina da consciência, convulsões
Como prevenir: passar por descompressão paulatina antes de retornar à superfície

5 - Reumatismo
Causas: exposição à umidade excessiva
Sintomas: dores nas articulações
Como prevenir: uso de botas de borracha e roupas feitas de material impermeável

6 - Intoxicação química
Causas: exposição prolongada a tintas ou solventes químicos
Sintomas: fraqueza, náusea
Como prevenir: uso de máscara

7 - Pneumoconioses (silicose, asbestose)
Causas: inalação de partículas (sílica ou amianto)
Sintomas: falta de ar e tosse, causadas por alterações nos pulmões
Como prevenir: uso de máscaras

8 - Doenças bacteriológicas e viróticas
Causas: contato com bactérias e vírus em ambientes de trabalho insalubres, como esgoto
Sintomas: depende do micróbio contraído
Como prevenir: uso de máscara e demais equipamentos de proteção

9 - Lombalgia
Causas: carregamento de peso de forma inadequada
Sintomas: dores na musculatura vertebral
Como prevenir: evitar carregar peso em excesso, usar equipamento de transporte

10 - Dermatite de contato
Causas: exposição ao bicromato, um alérgeno do cimento
Sintomas: vermelhidão, coceira e surgimento de vesículas nas mãos e nos pés
Como prevenir: usar luvas, botas e demais equipamentos de proteção para evitar contato direto com o cimento

11 - Insolação
Causas: exposição prolongada aos raios solares ou outras fontes de calor
Sintomas: queimaduras, sentimento de desorientação
Como prevenir: uso de capacete e ingestão regular de líquidos não-alcoólicos



Texto original de Marcelo Valletta de Lima

Saúde: DOENÇAS TROPICAIS

Na época em que os ingleses estiveram empenhados em colonizar regiões nos trópicos, principalmente na África, Sudeste Asiático e Índia, entraram em contato com uma série de doenças desconhecidas no continente europeu e que receberam o nome de doenças tropicais ou doenças dos trópicos. Essa denominação ainda é pertinente porque, nos trópicos, os fatores climáticos favorecem a proliferação de insetos, os principais transmissores dessas doenças.

Atualmente, essas doenças estão bastante relacionadas a fatores socioeconômicos, pois se manifestam mais nos países pobres que em sua maioria se localizam nas regiões tropicais e não têm condições de implantar medidas efetivas de controle, prevenção e tratamento. Por isso, as doenças tropicais continuam sendo um problema grave de saúde pública, especialmente se considerarmos o alto índice de mortalidade associado a elas.

Além dos fatores sociais, existem os problemas técnicos, políticos e administrativos, que são comuns a qualquer programa de saúde pública. Resolver os problemas implica em ações com uso de tecnologia apropriada, estrutura sanitária básica, enfoque epidemiológico, decisão política e participação da sociedade. Novos paradigmas, têm, portanto, que serem estabelecidos para o combate às doenças tropicais.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

Doenças tropicais
Doenças tropicais são doenças infecciosas que ocorrem unicamente nas regiões tropicais e subtropicais (o que é raro) ou, mais seguidamente, são ou mais difundidas nos trópicos ou mais difíceis de prevenir e controlar.

Com as viagens aéreas, as pessoas visitam mais freqüentemente essas regiões e contraem várias dessas doenças, principalmente Malária e Hepatite.

O Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases, abreviado TDR, da Organização Mundial da Saúde focaliza-se em doenças infecciosas negligenciadas que afetam de maneira desproporcional populações pobres e marginalizadas.

A lista atual de doenças inclui as 10 seguintes:
a.. Tripanossomíase africana
b.. Dengue
c.. Leishmaníase
d.. Malária
e.. Esquistossomose
f.. Tuberculose
g.. Doença de Chagas
h.. Lepra
i.. Filariose linfática
j.. Oncocercíase
Fonte: pt.wikipedia.org

Doenças tropicais
Ecossistema e condição social
A doença tropical tem uma correlação intrínseca não só com o ecossistema, mas também com a condição social da população. Decorrente da pobreza, também é o abandono do tratamento pelos doentes as estatísticas mostram que o abandono ao tratamento atinge grandes proporções no país, estimativas indicam dados entre 17% e 25%. As principais causas de abandono podem ser atribuídas desde a um tempo longo de tratamento, à deficiência no sistema de atendimento aos doentes, à falsa impressão de cura após algumas semanas de tratamento e a fatores individuais (alcoolismo, etc...).

Além dos fatores sociais, existem os problemas técnicos, políticos e administrativos, que são comuns a qualquer programa de saúde pública. Resolver os problemas implica em ações com uso de tecnologia apropriada, estrutura sanitária básica, enfoque epidemiológico, decisão política e participação da sociedade. Novos paradigmas, têm, portanto, que serem estabelecidos para o combate às doenças tropicais.

Situação atual
A pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos no combate às doenças tropicais é considerada um nicho de mercado de pouco interesse por parte das empresas estrangeiras. Embora se verifique a existência de capacitação técnico-científica no país para o desenvolvimento e produção de medicamentos e seus insumos, o que se constata é que os grupos trabalham isoladamente, de forma desarticulada e não integrada. Conseqüentemente, embora haja investimentos na área, os recursos são dispersos, o que dificulta potencialidade de nossa biodiversidade está distante de uma exploração efetiva, e os entraves existentes para aprovação e registro de novas drogas desestimulam o desenvolvimento de novos produtos. As deficiências na operacionalização das unidades vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) prejudicam o acesso da população aos medicamentos. As novas tecnologias de comunicação vêm abrindo, entretanto, a possibilidade de integração com o ambiente externo, tanto ao nível nacional quanto internacional.

Diarréia
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diarréia provoca a morte de uma pessoa a cada 10 segundos em todo o mundo. Normalmente está associada à desnutrição protéico-calórica e a problemas de subdesenvolvimento decorrente da falta de higiene e sistemas de tratamento para água e esgoto.

Crianças pobres são as mais atingidas, inclusive no Brasil, apresentando de 50 a 60 dias de diarréia por ano. A morte de crianças devido à diarréia é superior às mortes por pneumonia e às doenças evitáveis por vacina. No Brasil, um país endemicamente parasitado, onde as condições sanitárias são precárias em várias regiões, o exame protoparasitológico tem muita importância no diagnóstico da diarréia. Ela pode ser classificada como de origem osmótica, secretora, motora ou exsudativa (disenteria). Na diarréia osmótica é preciso ter um elemento osmoticamente ativo no interior do intestino, que atraia água para a luz intestinal.

No caso de diarréia secretora, o exemplo clássico está relacionado com o cólera, em que há um estimulo do complexo adenilatociclase e conseqüentemente um aumento nas perdas hidroeletrolíticas. A diarréia motora é causada por uma alteração na coordenação da musculatura lisa intestinal, enquanto na diarréia exsudativa, que corresponde à disenteria, o paciente pode perder sangue, muco e pus. Nesse último grupo, podem ser incluídas as diarréias infecciosas, que afetam o cólon intestinal, e as invasivas, como as salmoneloses e shigueloses. O antidiarreico ideal deve inibir a hipersecreção intestinal, agir rapidamente, não causar constipação e o mais importante, não ter efeito sobre o sistema nervoso central. Um fármaco inovador é oracecadotril (Tiorfan), uma nova droga que ativada no tubo digestivo por esterases, age no tubo digestivo por esterases insulares, age no mecanismo básico da diarréia, ou seja, evita a hipersecreção de eletrólitos e água para o tubo digestivo. A droga ativa o receptor delta (d) e não o receptor mi (m), como fazem os opióides, que podem causar bacteremias. Com isso, ela não produz um dos mais sérios inconvenientes no tratamento da diarréia, que é a diminuição da mortalidade com favorecimento de crescimento bacteriano, o que pode agravar muito a diarréia. A droga age no principal mecanismo da maior parte dos casos de diarréia, o mecanismo secretor.

Não revela qualquer efeito sobre a motilidade gastrointestinal, o sistema nervoso central, o sistema respiratório ou o sistema endócrino. A substância é uma pró-droga absorvida oralmente. É rapidamente convertida em composto ativo e uma hora após a administração já se tem o maior pico de atividade. O racecadotril (Tiorfan) não atravessa a barreira hematoencefálica e a dose usual é de 100 mg três vezes ao dia.

Febre amarela
Doença infecciosa aguda, causada por um vírus RNA, arbovírus do grupo B, ou seja, vírus transmitidos por artrópodes (Arthropod Borne Viruses) do gênero Flavivírus, família Togaviridae, com transmissão através de vetores alados. É basicamente uma antroposoonose, isto é, uma doença de animais silvestres, que acomete o homem acidentalmente. Diferencia-se em dois padrões epidemiológicos: o urbano e o silvestre. O primeiro deve-se a ação de um mosquito de hábitos urbanos, o Aedes aegypti, que transmite a doença de pessoas doentes a uma população sensível, e volta a causar temor pela possibilidade de reemergência, devido a intensa proliferação do mosquito nos grande centros urbanos atualmente. O ciclo silvestre, por sua vez é mantido pelas fêmeas de mosquitos antropofílicos (especialmente do gênero Haemagogos) as quais necessitam de sangue para amadurecer seus ovos: têm atividade diurna ma copa das árvores, ocorrendo a infecção do homem ao invadir o ecossistema viral. Após um período de incubação média de três a seis dias, surgem os primeiros sintomas, febre alta, cefaléia, congestão conjuntival, dores musculares e calafrios. Algumas horas depois podem ocorrer manifestações digestivas, tais como: náuseas, vômitos e diarréia, correspondendo à fase em que o vírus está circulando no sangue (Período de Infecção), evoluindo em dois a três dias à cura espontânea (período de Remissão).

Formas graves da Febre Amarela podem surgir um ou dois dias após a cura aparente, observando-se aumento da febre e dos vômitos, prostração e icterícia (Período de Intoxicação). Em seguida surgem outros sintomas de gravidade da doença, tais como: hematêmese (vômito negro), melena (fezes enegrecidas), petéquias (pontos vermelhos) e esquimoses (manchas roxas) em várias regiões da superfície corporal, desidratação, agitação, delírio, parada renal, torpor, coma e morte (em cerca de 50% dos casos). O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo que nas formas graves, somente é obtido post-mortem. Não existe tratamento específico, portanto utiliza-se de medicação sintomática, preferencialmente o Paracetamol, evitando-se os salicilatos (Ácido Acetil Salicílico e derivados), em função do risco de hemorragias. Pacientes com formas graves da doença necessitam de cuidados de Terapia Intensiva. Na prevenção da Febre Amarela fundamental é a aplicação da vacina Anti-Amarílica, na dose de 0,5 ml por via subcutânea, com reforço a cada dez anos. Não se recomenda a aplicação em gestantes e portadores de imunodeficiência (inclusive pelo Vírus da Imunodeficiência Humana).

Dengue
O dengue existia no Estado do Rio de Janeiro até a década de 1940, quando o combate ao mosquito da febre amarela, o mesmo que transmite dengue, acabou com a doença. Esta voltou, junto com o mosquito, no final da década de 1980.

No início dos anos 90, houve a introdução de um segundo tipo do vírus do dengue (o sorotipo 2, até então tínhamos somente o sorotipo 1), aumentando o risco do número de casos de dengue hemorrágico. Os sintomas na forma hemorrágica evoluem rapidamente para sangramentos internos e nas mucosas, podendo ocorrer choques que levam à morte. Ocorrem geralmente quando a pessoa, que já teve a doença por um dos tipos de vírus (existem 4, chamados sorotipos), ao qual passa a ser imune, contrai a infecção por um outro tipo.

Malária
Doença infecciosa, febril, não contagiosa, sub aguda, aguda e algumas vezes crônicas, causada por protozoários do gênero Plasmodium, principalmente as espécies vivax e falciparum, transmitida através da picada das fêmeas dos mosquitos do gênero Anopheles. Dentre todos os anofelinos transmissores de malária (cerca de 200 espécies), o Anopheles darlingi destaca-se como a espécie mais importante. Distribui-se por toda a Amazônia, onde atinge anualmente uma parcela expressiva da população, sendo frequentemente i aparecimento de formas graves, inclusive com elevada mortalidade. O período de incubação pode variar de nove a quarenta dias, os sintomas são mais graves nos indivíduos primo-infectados. O quadro clínico caracteriza-se por : cefaléia, mialgias, prostração, perda do apetite, mal-estar geral e calafrios seguidos de febre de início súbito, elevada (acima de 40ºC) e intermitente, que ao cessar desencadeia intensa sudorese. Nas formas graves o paciente apresenta também vômitos, diarréias, cianose de extremidades, pele fria e pegajosa. Pode haver diminuição do volume urinário nas 24 horas evoluindo para Insuficiência Renal Aguda. Complicação frequente nos casos graves é o Edema Pulmonar e a Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto, além de sangramentos digestivos, subcutâneos e de outras localizações, que em geral leva, à morte. O diagnóstico é clínico-epidemiológico e laboratorial, através da detecção de plasmódios no sangue periférico (esfregaço ou gota espessa), além da utilização de métodos imunoenzimáticos ou de radioimunoensaio nos casos de maior dificuldade diagnostica. O tratamento é feito com drogas antimaláricas com o uso de Cloroquina e Primaquina para P.vivax e Quinino associado a antimicrobianos e mas recentemente derivados da Artemisina, no tratamento de malária pelo P.falciparum. Os pacientes graves necessitam de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva.

Medidas de proteção individual, com o uso de repelentes nas áreas expostas do corpo e a instalação de telas nas portas e janelas das habitações, são inviabilizadas pelas condições climáticas regionais (calor e umidade excessivos). No momento não se dispõe de vacinas para uso clínico.

Leishmaniose tegumentar americana - (LTA)
É uma doença infecciosa, de evolução que tende a cronicidade, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos hematófagos genericamente designados flebótomos. Trata-se de uma zoonose, pois tem como reservatórios animais silvestres picados pelos flebotomíneos. O homem é infectado acidentalmente quando invade o ecossistema do protozoário, em atividades de extrativismo ou na implantação de projetos agrícolas em áreas recentemente desmatadas. É endêmica na Região Amazônica, com significativa incidência. É caracterizada pelo polimorfismo lesional, comprometendo a pele, comumente manifestando-se como uma lesão ulcerada, única ou múltipla, medindo entre 3 a 12 cm de diâmetro, com bordos elevados, "em moldura de quadro", base granulosa e sangrenta, frequentemente associada à infecção bacteriana secundária. Dependendo das espécies de Leishmania e de fatores imunogenéticos do hospedeiro podem ocorrer lesões mucosas e cartilaginosas, que geralmente inicia-se na mucosa nasal, surgindo coriza e sangramento nasal, evoluindo para perfuração do septo e destruição da fossa nasal, mucosa, cartilagem e nos casos mais severos compromete o assoalho da boca, língua, laringe, traquéia e brônquios, com mutilações graves, podendo afetar as funções vitais levando ao óbito. O diagnóstico é clínico, baseado nas características das lesões cutâneas e laboratorial através dos seguintes exames: raspado da borda na úlcera, isolamento do parasita em cultura, isolamento do parasita em animais de laboratório ("hamster"), Intradermoreação de Montenegro, imunofluorescência indireta e exame anátomo-patológico da lesão. No tratamento da Leishmaniose Cutâneo-Mucosa as drogas de primeira escolha continuam sendo os antimoniais pentavalentes, ou seja, meglumina antimoniais pentavalentes, ou seja, meglumina antimoniato e stibogluconato de sódio. Em caso de insucesso com estas substâncias pode-se utilizar outras drogas como Anfotericina B e Pentamidina. Todas são de administração injetável, com várias aplicações, dificultando a adesão dos pacientes. Fatores imunogenéticos podem retardar consideravelmente a cicatrização das lesões. As condições eco-epidemiológicas da Amazônia não permitem a instituição de medidas profiláticas adequadas. Não existe vacina disponível para uso clínico.

Vacinas contra a malária-perspectivas
Para a Dra. Ruth Nussenzweig, pesquisadora da Universidade de Nova York - EUA, uma vacina contra a fase pré-eritrocítica do parasita seria hoje imuno profilática, evitando todos os sintomas da doença. Ö problema de desenvolver uma vacina contra malária ficou ainda maior, pois encontramos grande resistência do falciparum à cloroquina, e há indícios de que Pvivax já começa a desenvolver a mesma resistência, o que é muito grave para a saúde pública: a comprovação de que seria possível desenvolver uma vacina contra a doença foi conseguida há muitos anos em laboratórios, com roedores infectados por parasitas atenuados por raios gama. Posteriormente, conseguiu-se bons resultados em macacos, e no início da década de 70 começaram os experimentos em humanos. "Os resultados foram gratificantes, pois boa parte conseguiu ficar completamente imune contra Plasmodium falciparum e outro grupo infectado pelo P.vivax atenuado pelos raios gama ficou protegido contra o parasita. No ano passado nos EUA e na Bélgica com o apoio da SmithKline Beecham demonstramos ser possível imunizar voluntários humanos com uma proteína híbrida que possui parte da proteína da superfície do vírus da hepatite B e parte da proteína circunsposta da malária falciparum. Houve proteção completa de cerca de sete indivíduos.

Hoje, estamos produzindo vacina sintética que está sendo ensaiada em voluntários humanos na Universidade de Maryland"", anima-se a doutora. Esta vacina, que contém alguns dos adjuvantes usados pelo exército americano e pela SmithKline Beecham, apresenta resultados preliminares que indicam que estes voluntários estão desenvolvendo alta imunidade, em níveis idênticos aos alcançados pela proteína híbrida.

Segundo a pesquisadora, "ainda é cedo para falarmos em uma vacina, pois os experimentos em humanos são demorados. Foi necessário esperar cerca de cinco anos para experimentar em humanos a primeira vacina conseguida em Maryland e teremos que esperar mais cinco para testar as novas vacinas, mas as perspectivas são boas".

Fonte: www.lincx.com.br

DOENÇAS TROPICAIS
Tradicionalmente, as doenças tropicais eram consideradas uma espécie de tributo obrigatório que os habitantes dos trópicos pagavam por viver numa região de clima privilegiado. Essas doenças adquiriam características epidêmicas e acometiam milhões de pessoas que viviam em determinadas áreas.

Estão entre as enfermidades que costumam ser rotuladas de doenças tropicais:
a.. Malária
b.. Doença de Chagas
c.. Febre amarela
d.. Leishmaniose
e.. Dengue
Na maior parte das vezes, o microorganismo é transmitido por insetos que encontram nos trópicos seu habitat ideal.

Exceção feita à febre amarela, não existem vacinas para essas doenças, mas há tratamento que será tão mais eficaz quanto mais precocemente começar.

Fonte: drauziovarella.ig.com.br

Saúde: Informações sobre a Doação de Medula Óssea

Passo a passo para se tornar um doador

Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

• Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

• Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

• Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!

• Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.

• É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta que o doador ligue para (21) 3970-4100 ou envie um e-mail para redome@inca.gov.br.

Caso você decida doar

1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde e quando doar: é possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 14h30, e aos sábados, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento. Para mais informações, ligue (21) 2506-6064.

3. Como é feita a doação: será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.

Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.

Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME: (21) 3970-4100 / redome@inca.gov.br.

O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue.


Meio Ambiente: Muito além de plástico, alumínio e orgânico

Uma grande companhia de eletricidade instalou-se numa determinada região e, em pouco tempo, o que parecia ser a chegada da modernidade para os habitantes locais tornou-se o maior dos problemas. Por causa dos dejetos largados à míngua pela empresa, que incluíam substâncias tóxicas como o cromo-6, houve a contaminação dos lençóis freáticos - depósitos subterrâneos formados pelas águas das chuvas. Na prática, a consequência disso para os moradores foi uma onda de doenças e uma natural histeria coletiva no afã de penalizar, judicialmente, a corporação inconsequente.

Para o leitor da Sustenta!, há uma notícia boa e outra ruim. A boa é que o fato descrito é coisa de cinema: trata-se do enredo de Erin Brockovich, filme que rendeu Oscar para Julia Roberts. A ruim é que o filme se baseia em fatos reais. Ou seja, qualquer um pode estar contribuindo para que a tragédia do filme se repita: o descarte de alguns materiais aparentemente inofensivos no lixo comum pode ser mais perigoso do que se imagina.

Esse é um problema que envolve produtos como pilhas, baterias, lâmpadas, isopor e pneu. Para que eles não se tornem personagens de graves problemas ecológicos, empresas já começam a trabalhar no processamento ou reciclagem dos resíduos. Veja como é possível se livrar desses itens sem causar impacto ao meio ambiente.

Óleo nosso de cada dia
É possível especular que as recentes preocupações com o uso consciente da água têm despertado a atenção para um tipo de produto que sempre foi jogado, literalmente, pelo ralo da pia: o óleo de cozinha. O acúmulo de gordura nos encanamentos costuma gerar entupimentos, refluxo de esgoto e até rompimento nas redes de coleta. Mais: o óleo vegetal polui os rios pela alta carga orgânica que, digerida, demanda o oxigênio consumido normalmente por peixes e algas.

Não há dúvidas a respeito da gravidade do problema. O desencontro de informações se dá em relação ao tamanho do impacto. De acordo com a Sabesp, 25 mil litros de água podem ser contaminados a partir de um litro de óleo. O departamento de sustentabilidade da rede de hipermercados Pão de Açúcar estima que, para o mesmo litro de óleo jogado no esgoto, a contaminação pode alcançar o apocalíptico número de um milhão de litros de água.

No Brasil, a estimativa é de que, por ano, sejam produzidos 4 bilhões de litros de óleo vegetal, dos quais 50% é descartado, enquanto a outra metade é consumida. Do montante descartado, apenas 5% é reaproveitada de alguma forma (como sabão em pedra e detergentes). Os números ainda são tímidos porque os próprios programas de reciclagem ainda são irrisórios em relação ao tamanho do problema. Um deles é desenvolvido pela Trevo. A ONG coleta, em média, 250 toneladas de óleo vegetal por mês, junto a estabelecimentos comerciais como restaurantes, padarias e empresas.

Essa atuação já começa a atingir também os condomínios residenciais - cerca de 1,5 mil deles já são cobertos pela entidade. A Trevo disponibiliza ao prédio-parceiro um galão personalizado (com capacidade para até 50 litros), onde o óleo deve ser armazenado, cobrando uma taxa única e simbólica de R$ 22. "Esse galão se torna um bem permanente do prédio", explica o presidente da instituição, Roberto Costacoi.

Na Grande São Paulo, outra opção de reciclar o óleo é entregá-lo em garrafas pet nos "eco-pontos", canais de coleta localizados em estações como shoppings e supermercados. Esses locais foram criados para as pessoas que residem em casas: como o volume mínimo para um galão ser recolhido é de 30 litros, uma família levaria anos para acumular tanta gordura. A rede de supermercados Pão de Açúcar também recebe óleo de cozinha usado (a ser transformado em biodiesel), se entregue em garrafas pet transparentes e vedadas - mas é preciso consultar quais unidades têm postos de coleta.

Lixo eletrônico
Ciente dos impactos ambientais causados por pilhas e baterias no lixo comum, a legislação brasileira, por meio do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), disciplina desde 1999, o descarte destes materiais. A ideia é limitar o uso de substâncias contaminantes, de modo que os produtos em questão possam ser eliminados no lixo doméstico. Uma pilha pode levar séculos para se decompor, e seus elementos constitutivos não se degradam.

Estimativas da Abinee (Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica) apontam que 800 milhões de pilhas sejam produzidas a cada ano. Por isso, desde 2002, a Rayovac, uma das principais fabricantes do setor, aboliu o uso de mercúrio e cádmio, componentes de alto teor tóxico, em suas pilhas. O problema é que esse segmento também pena com a indústria pirata. E essas pilhas "alternativas", naturalmente, não têm preocupação alguma em excluir (ou, ao menos, minimizar) a quantidade de metais pesados em suas fórmulas. Segundo a Abinee, as pilhas piratas respondem por 40% do total do mercado.

Esses elementos podem se desprender na cadeia alimentar (por meio das águas usadas na irrigação de produtos agrícolas, por exemplo), gerando distúrbios digestivos, respiratórios, neurológicos, circulatórios e renais, potencializando também o desenvolvimento do câncer. Isso motivou as lojas da Drogaria São Paulo a disponibilizar, em 2004, coletores de pilhas e baterias. Em 2009, a campanha passou a contemplar todas as unidades da rede na Grande São Paulo e interior. Até hoje, já foram recolhidas 51 toneladas desse material.

Segundo Paulo Barreto, coordenador de Segurança do Trabalho da rede, "as pilhas são transportadas das unidades até a empresa que faz o reprocessamento". Nesse processo, as pilhas e baterias são desencapadas, e os metais queimados em fornos industriais de alta temperatura, com filtragem para impedir a emissão de gases poluentes. Então, novos produtos são gerados, como sais e óxidos metálicos, que voltam à cadeia produtiva na forma de artefatos cerâmicos, vidros e outros. O Banco Real e a rede Pão de Açúcar também criaram programas de coleta de pilhas e baterias usadas.

Outra campanha a se destacar é a da Motorola que, a partir de 1998, implantou um programa experimental de coleta de baterias de telefones celulares, inicialmente apenas em Jaguariúna-SP, onde se localiza seu Campus Industrial e Tecnológico. Logo, o programa acabou estendido para os 120 postos do serviço autorizado da companhia, e a boa resposta por parte dos consumidores pode ser medida pelos números: 280 toneladas já tiveram destinação adequada. Desde agosto de 2007, o programa também coleta aparelhos celulares "aposentados", recarregadores, fones de ouvido, rádios e outros equipamentos fabricados pela empresa.

Boca limpa, ambiente nem tanto
Certos materiais são mais difíceis de serem cobertos por algum tipo de programa de reciclagem pela própria inexistência de estudos mais aprofundados sobre sua relação com o meio ambiente. É o caso do tubo de pasta de dente, cujo tempo de decomposição é desconhecido. Procurado pela Sustenta!, o grupo Colgate-Palmolive, um dos líderes do setor, optou por não se manifestar a respeito de como seus consumidores devem descartar seus produtos que não seja misturando-os no lixo comum.

Mas há, ao menos, uma iniciativa interessante nessa área: o trabalho da empresa Ecotop, que desenvolve telhas e outros objetos para a indústria de construção, a partir de aparas de tubos de creme dental. São telhas mais leves em comparação com seu par de fibrocimento, e possibilita uma redução de até 30% do calor ambiente. "Também é uma telha antiacústica e mais resistente", completa Daniel Machado, do departamento comercial da empresa. O problema é que, ainda, os tubos utilizados na produção dessas telhas não são reciclados. "É matéria virgem, tubos que vêm das fábricas por não passar por controle de qualidade", explica.

Faz-se a luz
Lâmpadas fluorescentes também começam a ser alvo de preocupações dos ambientalistas. Tal como a pilha, trata-se de um material composto por metais pesados, como chumbo, alumínio, manganês, zinco e o mais tóxico deles, o mercúrio, de lenta degradação. O contato com essa substância a partir da manipulação imprudente pode causar danos como paralisia, distúrbios emocionais e cardiovasculares, quando não a morte por envenenamento. Sediada em São Paulo, a Tramppo é uma das poucas empresas a atuar com reciclagem desse produto.

Foi em 2006 que ela iniciou operações em escala comercial, após anos de pesquisas na área. A partir da utilização de um sistema de vácuo, a empresa isola o mercúrio de outros elementos como cobre, pó fosfórico e vidro, matérias-primas reaproveitadas em até 98%. A Tramppo comercializa lâmpadas novas a preço de custo aos clientes, mas recolhendo as lâmpadas usadas. O problema é que o cidadão comum não é coberto no processo, já que não existem empresas que coletem pequenas quantidades para reciclagem. À exceção de iniciativas de abrangência limitada, como a da Escola Politécnica da USP, cujo departamento de reciclagem implantou coletores específicos para lâmpadas fluorescentes em todas as unidades de seus prédios.

Aqueles pneuzinhos
Fonte aglutinadora de mosquitos Aedes aegypti - causadores da dengue - os pneus inutilizáveis têm sido um permanente foco de preocupação das autoridades, em vista das ondas recentes da doença. As grandes corporações do setor - Michelin, Goodyear, Pirelli e Bridgestone Firestone - juntaram forças e criaram, em 2007, a Reciclanip, órgão vinculado à Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), voltado à responsabilidade pós-consumo de pneus automobilísticos. A Reciclanip coleta pneus velhos e se responsabiliza pela entrega até as empresas de reciclagem.

O programa cobre 21 estados (os endereços dos postos de coleta podem ser vistos no site) e, em março, alcançou a marca de 200 milhões de unidades com destinação ambientalmente adequada. Reciclado, o pneu usado tem várias destinações: combustível alternativo para fornos industriais, matéria-prima para solado de sapatos, asfalto-borracha, tapetes para automóveis, pisos para quadras ou artigos de jardinagem.

Isopor, por que não?
Não-biodegradá
vel, o isopor é mais um material difícil de ser reprocessado. Nos aterros sanitários, ele compromete a decomposição de outros materiais. Queimado, libera gás carbônico e contribui para o efeito estufa. No entanto, ele é 100% reciclável. O material pode ser transformado, principalmente, em substratos para construção civil, como tijolo poroso, argamassa e concreto leve.

Com o desinteresse por parte dos catadores de rua, que não visualizam no isopor um material de retorno financeiro, as práticas de reciclagem deste tipo de produto ficam restritas ao âmbito industrial, longe do cotidiano das pessoas. Estima-se que apenas 10% do isopor pós-consumo volte à cadeia produtiva, reflexo da falta de uma estrutura mínima para coleta desse material.

Pau para toda obra
Na cidade de São Paulo, uma média anual de 45 mil toneladas de madeira obstruem os aterros sanitários depois dos períodos de poda das árvores. A Eucatex, fabricante de chapas de fibras de madeira, implantou em 2005, na cidade de Salto-SP, a primeira linha de reciclagem de madeira para uso industrial da América do Sul. A companhia firma parcerias com outras empresas geradoras de resíduos de madeira, disponibilizando a estas caçambas onde o material deve ser acumulado e que, reprocessado, pode virar adubo, lenha e fonte geradora de energia térmica (na forma de biomassa).

O programa atua num raio de até 120 quilômetros de Salto e apresenta ganhos anuais em três vias: preservação de um milhão de árvores em suas áreas de reflorestamento, economia de 15 milhões de litros de água e fim do desperdício de 140 mil toneladas de madeiras (geradas por outras companhias), que, de outro modo, chegariam aos aterros. Se, para o cidadão comum, campanhas de reciclagem para esse produto praticamente inexistem, fica o consolo de que a madeira tem presença pouco recorrente na hora de a dona-de-casa fechar seus saquinhos de lixo. O que não anula a necessidade de se criarem canais adequados para seu descarte.