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sábado, 30 de maio de 2009

Plano Nacional de Combate ao Alcoolismo em Junho

O Plano Nacional de Combate ao Alcoolismo deverá ser aprovado em Conselho de Ministros durante o mês de Junho, disse hoje à Lusa o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

Após discussão pública em volta do documento, o plano "vai traduzir-se basicamente numa melhor organização do conjunto dos serviços", afirmou o governante à Lusa, destacando o "grande enfoque na prevenção" através da criação de uma rede de referenciação da população com problemas de alcoolismo.

Manuel Pizarro falava em Caldas da Rainha à margem do Congresso Nacional do Instituto da Droga e da Toxicodependê
ncia (IDT), que durante dois dias reuniu mais de 500 participantes num encontro técnico-científico sob o lema "Intervenção em dependências - Rumo à qualidade total".

Numa intervenção em que elogiou o trabalho desenvolvido pelo IDT, o secretário de Estado sublinhou que "o país tem razões para se sentir orgulhoso" dos resultados do instituto, que tem em tratamento "mais de 35 mil portugueses, dos quais mais de metade em tratamentos de substituição" com metadona e, destes, "mais de metade com actividade profissional".

Dados que, a juntar aos estudos que apontam para uma "redução do consumo de todas as drogas", mostram que "o problema da droga é hoje menos dramático do ponto de vista social" e que leva o Governo a olhar agora "com muita expectativa para o futuro" em relação ao outro combate atribuído ao IDT, "os problemas do álcool".

"É um problema com igual complexidade ao das drogas ilícitas", reconheceu Manuel Pizarro, que diz contar com o IDT "para este combate", garantindo o apoio do Governo na criação de mecanismos de recrutamento de mais profissionais para o instituto depois de ouvir do presidente, João Goulão, a queixa de que "as equipas estão à pele" em termos de recursos humanos.

Maioria dos fumantes quer abandonar vício

O que não faltam são motivos para abandonar o vício. Mesmo assim, cerca de 18% da população brasileira com mais de 15 anos é fumante. E Minas Gerais, entre sete estados, aparece no topo em pesquisa, com mais de 7,5 mil internautas do Brasil que navegaram pelo site “Eu Quero Parar”. Uma hora após acordar, mais de 85% dos fumantes mineiros já acenderam o primeiro cigarro do dia.
Mais inesperado foi o fato de que 74% dos fumantes mineiros mantêm o hábito, mesmo doentes. Segundo a pesquisa, 97% dos fumantes querem parar, sendo que 83% tentarão no futuro, e sete entre dez fumantes já tentaram parar, pelo menos mais de uma vez. Por que não deu certo? Isto acontece por conta de dependência e desconhecimento de dicas simples que ajudam a mudar o hábito.
Para a pneumologista Maria Helena Castro e Silva, que atende no Programa Anti-tabagismo do Ambulatório Maria da Glória - UFTM, os componentes do cigarro podem ser divididos em dois: o alcatrão e a nicotina.
“A nicotina é a responsável pelo vício. E quando falamos de dependência, não é só uma dependência química, física ou psicológica, a dependência engloba tudo, pois ela produz a vontade de querer cada vez mais e a abstinência. Quando não está sendo usada, qualquer droga que cause isso promove dependência”, explica.
Já os derivados do alcatrão são lesivos, provocando as doenças. “No pulmão é o enfisema, uma doença que limita a qualidade de vida, gerando incapacidade física e o câncer, que é o que mais mata no mundo, além do câncer na laringe, na bexiga e no estômago, e doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, que estão relacionados ao cigarro”, destaca. E ao contrário do que se pensa, com relação ao enfisema pulmonar, um cigarro de palha corresponde a quatro cigarros de papel.
Algumas pessoas têm mais facilidade de criar a dependência. “Isso tem a ver com o
número de cigarros por dia e também com uma predisposição. Estudos têm indicado que existe um gene que propicia a dependência. E a pessoa que tem esse gene nunca deveria começar a fumar, porque ela terá mais dificuldade em largar”, informa.
Outro grave problema é o fumante passivo. Esforços em todo o país tentam criar mecanismos para impedir que as pessoas sofram os efeitos do cigarro, mesmo sem fumar. Leis antitabagistas ainda causam polêmicas, mas hoje há maior rigor em locais públicos e fechados, onde o fumo é proibido ou restrito. Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável. “E quem sofre mais com o tabagismo passivo são as crianças. O número de infecções respiratórias e alergias, como a asma em filhos de pais fumantes é muito maior do que em ambientes livres de cigarros. Em gestantes que fumam, a chance de a criança nascer com problemas é real. Basta um cigarro”, afirma a pneumologista.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Saiba mais sobre as causas de dermatoses ocupacionais

Dois grandes grupos de fatores podem ser enumerados como condicionadores de dermatoses ocupacionais:

causas indiretas ou fatores predisponentes;

causas diretas: são constituídas por agentes biológicos, físicos, químicos, existentes no meio ambiente e que atua riam diretamente sobre o tegumento, quer causando, quer agravando dermatose preexistente (BIRMINGHAM, 1998).

Causas indiretas ou fatores predisponentes

Idade:

trabalhadores jovens são menos experientes, costumam ser mais afetados por agirem com menor cautela na manipulação de agentes químicos potencialmente perigosos para a pele. Por outro lado, o tegumento ainda não se adaptou ao contatante, para produzir o espessamento da camada córnea, (Hardening) tolerância ou adaptação ao agente. (LAMMINTAUSTA; MAIBACH, 1990).

Sexo:

homens e mulheres são igualmente afetados. Contudo,

as mulheres apresentam maior comprometimento nas

mãos e podem apresentar quadros menos graves e de

remissão mais rápida (PATIL; MAIBACH, 1994; MEDING,2000).

As mulheres, de um modo geral, apresentam melhor

prognóstico em sua dermatose (NETHERCOTT;HOLNESS, 1993).

Etnia:

pessoas da raça amarela e da raça negra são mais protegidas contra a ação da luz solar que pessoas da raça branca; negros apresentam respostas queloidea nas com maior freqüência que brancos. Existem diferenças raciais na penetração de agentes químicos e outras substâncias na pele. Vários estudos mostraram que a raça negra apresenta penetração de agentes menor que a raça caucasiana e que a camada córnea da raça negra apresenta um maior número de camadas e a descamação espontânea dessa camada é duas vezes e meia maior que na raça branca e amarela (BERARDESCA; MAIBACH, 1988).

Clima:

temperatura e umidade (HOSOI et al, 2000) influenciam o aparecimento de dermatoses como piodermites, miliária e infecções fúngicas. O trabalho ao ar livre é freqüentemente sujeito à ação da luz solar, picadas de insetos, contato com vegetais, exposição à chuva e ao vento, bem como a agentes diversos potencialmente perigosos para a pele.

Antecedentes mórbidos e dermatoses concomitantes:

portadores de dermatite atópica ou com diátese atópica são mais suscetíveis à ação de agentes irritantes, principalmente os alcalinos, e podem desenvolver dermatite de contato por irritação, toleram mal a umidade e ambientes com temperatura elevada; portadores de dermatoses em atividade (eczema numular, eczema irritativo, dermatofitose, psoríase, líquen plano, etc.) são mais propensos a desenvolver dermatose ocupacional ou terem sua dermatose agravada no ambiente de trabalho, caso medidas protetoras específicas sejam negligenciadas.

Condições de trabalho:

O trabalho em posição ortostática, em trabalhadores

predispostos, pode levar ao aparecimento da dermatite

de estase, de veias varicosas, ou agravar as já existentes.

Presença de vapores, gases e poeiras acima dos limites de tolerância pode ser fator predisponente, bem como a ausência de iluminação, ventilação apropriada e de sanitários e chuveiros adequados e limpos próximos aos locais de trabalho.

A não utilização de proteção adequada ou sua utilização incorreta ou ainda o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) de má qualidade e a não observância pelo trabalhador das normas de higiene e segurança padronizadas para a atividade que executa, podem ter papel importante no aparecimento de dermatoses ocupacionais.

Causas diretas

Agentes biológicos, físicos e químicos.

Podem causar dermatoses ocupacionais ou funcionar como fatores desencadeantes, concorrentes ou agravantes. Os agentes biológicos mais comuns são: bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos.

Agentes físicos. Os principais são: radiações não-ionizantes, calor, frio, eletricidade.

Agentes químicos. Os principais são:

1. Irritantes cimento, solventes, óleos de corte, detergentes, ácidos e álcalis.

2. Alérgenos aditivos da borracha, níquel, cromo e

cobalto como contaminantes do cimento, resinas, tópicos usados no tratamento de dermatoses.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_dermatoses.pdf

IMPORTANTE

  • Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
  • As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.


IMPORTANTE

  • Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
  • As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.

País gasta R$ 981 milhões com LER em bancários

O Ministério da Previdência Social gastou R$ 981,4 milhões entre 2000 e 2005 para pagar o auxílio-doença a 25,08 mil bancários afastados do trabalho por doenças causadas por movimentos repetitivos. Cada um desses trabalhadores ficou um ano e meio afastado, em média, somando 14,9 milhões de dias sem trabalhar.
Essas estatísticas colocam os bancos em primeiro lugar no ranking dos Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), que inclui doenças da coluna, tendinite, bursite e LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Esses distúrbios já são a segunda maior causa de doenças entre os trabalhadores do país.
Os números explicam também por que o governo aumentou há alguns anos, de 1% para 3%, o percentual que os bancos recolhem mensalmente sobre a folha de pagamento para financiar o seguro de acidentes do trabalho, benefício pago pela Previdência Social aos trabalhadores afastados por motivo de doenças ligadas ao trabalho.
"Os casos de LER e Dort são caros para a sociedade. Será que prevenir custa R$ 39 mil por pessoa? [É preciso] que não se faça mais a socialização do custo. O empregador tem de assumir sua responsabilidade na prevenção de doenças", afirma o secretário de previdência social do ministério, Helmut Schwarzer.
De acordo com os dados da Previdência, para cada grupo de 10 mil trabalhadores, 520 bancários foram afastados por Dort entre 2000 e 2004.
Na fabricação de tênis, setor que ocupa o segundo lugar no ranking desses distúrbios, o número de trabalhadores afetados é de 392 para cada grupo de 10 mil.
Além da incidência elevada, outro dado chama a atenção no setor bancário. Entre os 25,08 mil bancários que receberam o auxílio-doença, em apenas 8.700 casos os bancos reconheceram ter havido acidente de trabalho. De acordo com Schwarzer, isso mostra a subnotificação por parte dos bancos, ou seja, em muitos casos a doença não é notificada pelas instituições financeiras.

Indenização

O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país, Luiz Cláudio Marcolino, explica que é bastante comum os bancos oferecerem indenização aos trabalhadores afastados em troca da notificação do acidente.
É que, de acordo com a lei, um trabalhador afastado por acidente de trabalho tem estabilidade no emprego por um ano e direito a continuar recebendo, por exemplo, o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Assim, a indenização pode sair mais barata para a empresa do que a estabilidade no emprego. Os bancos negam que esses acordos sejam praxe atualmente. Segundo Magnus Ribas Apostólico, superintendente de relações trabalhistas da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), esse tipo de negociação ocorreu há cerca de cinco anos, mas foi desaconselhado pela entidade. "O que não podemos evitar é que o trabalhador afastado proponha um acordo para deixar o banco. Nesses casos, por iniciativa do empregado, a questão é discutida", disse Ribas. Para os bancos, as doenças por esforço repetitivo podem ter origens variadas, o que torna "muito difícil" estabelecer a vinculação entre os sintomas e o trabalho. A Febraban também afirma que há um grande número
de fraudes. "Acreditamos que antes de caracterizar essas doenças como de origem laboral seja fundamental que a perícia médica do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] realize uma investigação mais aprofundada (...).
Os bancos não emitiram CAT [Comunicação de Acidente de Trabalho] porque não reconhecem a origem ocupacional do afastamento", afirma a Febraban.
Atualmente estamos vivenciando reflexo de um quadro, onde os Banqueiros sempre explorou os Bancários nas horas ultrapassadas e não pagas, metas inatingíveis, mobiliário inadequado, aumentando a Ler/Dort que se alastra pelo Brasil à fora. Agora vem a FEBRABAN dizer que a doença não é de origem ocupacional! Onde o lucro falou mais alto durante todo esses anos, sem investir na na Ler/dort.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Erro humano causou vazamento em Angra 2 no dia 15; Eletronuclear diz que "não houve impacto"

A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás que constrói e opera as usinas nucleares do Brasil, informou nesta terça-feira (26) que, no último dia 15 de maio, houve um vazamento de radiação da Usina de Angra 2, provocado por um erro humano. Segundo a empresa, no entanto, o acidente "não provocou impacto para o meio ambiente, para os funcionários nem para a comunidade".

QUATRO PESSOAS FORAM CONTAMINADAS

  • Luciana Whitaker/Folha Imagem - 29.06.2007

    Um funcionário que fazia a limpeza de um equipamento em uma sala de descontaminação da Usina Nuclear de Angra 2, em Angra dos Reis (RJ), esqueceu uma porta aberta e houve circulação de material radioativo, de acordo com a Eletronuclear; todos foram monitorados, passaram por descontaminação e já trabalham normalmente



Um funcionário que realizava um procedimento de rotina de descontaminação de uma peça teria deixado de fechar uma porta, permitindo a circulação de material radioativo. O sistema de alarme detectou o vazamento e foi acionado, segundo nota divulgada nesta terça.

Seis trabalhadores estavam próximos àquela sala e todos foram "minuciosamente monitorados" até que se verificasse que o nível de radiação a que se submeteram "foi muito abaixo dos limites estabelecidos nos procedimentos da empresa e nas normas reguladoras", afirmou a empresa. Todos os seis funcionários, segundo a Eletronuclear, estão trabalhando normalmente.

A Eletronuclear disse que o incidente foi comunicado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e à Prefeitura de Angra dos Reis e foi classificado como evento não usual, "encerrado às 18h15 do mesmo dia".

Quatro trabalhadores contaminados
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) informou que quatro dos seis trabalhadores que estavam próximos ao local foram contaminados em níveis abaixo de 0,1% dos limites estabelecidos em norma para os trabalhadores.

"A equipe de proteção radiológica iniciou os trabalhos de descontaminação e, em seguida, os trabalhadores passaram pelos portais da área controlada da usina e nenhum alarme foi acionado", segundo o órgão. A nota diz ainda que a liberação ao meio ambiente foi de cerca de 0,2% dos limites estabelecidos pela Cnen. Por isso, "o incidente não trouxe consequência à população e ao meio ambiente da região".

Angra fica entre São Paulo e Rio

  • UOL Mapas


A Cnen disse que o "evento não usual" ocorreu dentro do edifício auxiliar de Angra 2, e não no prédio do reator. "Este evento é classificado na escala internacional de eventos nucleares (Ines) da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) como nível 1 (anomalia ou desvio operacional)", numa escala que vai de zero a 7.

Procurado pelo UOL Notícias, o Ministério das Minas e Energias declarou que não irá se pronunciar sobre o ocorrido.

Para a Sape (Sociedade Angrense de Proteção Ecológica) o acidente é grave. A organização afirma que a Defesa Civil do município foi avisada somente no dia 18, três dias após a ocorrência.

Mais sobre a usina nuclear
Em maio do ano passado, a usina Angra 2 ficou parada 35 dias para manutenção programada. Em 2007, chegou a ficar desligada por uma falha na fonte de alimentação do sistema de controle da turbina geradora. Segundo a Eletronuclear, o problema não teve qualquer ligação com o material radioativo.

Fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha, a construção e a operação de Angra 2 ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o país. A usina opera com um reator tipo PWR (reator à água pressurizada) e, sozinha, poderia atender ao consumo de uma região metropolitana do tamanho de Curitiba, com dois milhões de habitantes.

Em 2008, a usina nuclear registrou a maior geração de energia elétrica desde 2001. A geração elétrica de Angra 1 e 2 corresponde a cerca de 3% do total gerado no país. A energia dessas usinas é voltada basicamente para a região Sudeste do país, principal consumidor do Brasil.

O governo decidiu retomar as obras de Angra 3, a terceira usina do programa nuclear brasileiro, em junho de 2007, paradas há mais de 20 anos por falta de recursos públicos e dúvidas sobre os riscos. Parada, Angra 3 custava US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo para que se preservasse o canteiro de obras.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Empresas que investem em SST terão a alíquota do SAT reduzida

São Paulo/SP - Com a introdução do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) pela Previdência Social, o SAT (Seguro de Acidentes do Trabalho) será flexibilizado, podendo ser reduzido em 50% ou aumentado em 100%, de acordo com o desempenho da empresa na gestão de segurança e saúde no trabalho.

Segundo o professor e engenheiro Antonio Carlos Vendrame, diretor da Vendrame Consultores Associados, e a advogada e consultora jurídica trabalhista Dra. Selma de Aquino e Graça, da SAB Consultores, apesar de o FAP entrar em vigor somente em 2010, a avaliação do desempenho da empresa pela Previdência abrangerá os últimos cinco anos. Ou seja, as empresas que demonstrarem bom resultado na prevenção de acidentes e doenças serão beneficiadas com um SAT menor. Em contrapartida, as negligentes pagarão uma contribuição ainda maior. “Desde junho de 2007, o SAT foi modificado, aumentado para algumas empresas e reduzido para outras. Mas por falta de informação e/ou orientação adequada, muitas empresas continuam contribuindo com o SAT antigo, não se beneficiando da nova alíquota”, explica Vendrame, enfatizando que estas serão as mais prejudicadas.

Com o intuito de sinalizar aos empresários as consequências que a nova legislação ocasionará às finanças das empresas, além de apresentar os meios adequados para as mesmas se protegerem desses impactos, a Vendrame Consultores Associados e a e a SAB – Consultores promoverão o Seminário FAP e NTEP – Impacto no custo das empresas, a ser realizado nos dias 25 e 26 de junho, no Hotel Braston, em São Paulo, SP. A ocasião contará, inclusive, com a presença de autoridades de sindicatos patronais, Federações, CNI, SESI, o Vice Presidente da FIESP, representantes do Ministério da Previdência Social, e formadores de opinião.

A advogada explica que a prevenção a ser implementada pelas empresas deverá ser técnica, envolvendo programas governamentais (PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e PCMSO – Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional - e outros), e jurídica, voltada para a elaboração de documentos com enfoque na defesa empresarial. “A empresa não pode se limitar à prevenção da doença. O seu foco deve ser na promoção da saúde, eis que a maioria das doenças possui nexo presumido com o trabalho, cabendo à empresa a comprovação da inexistência de tal nexo”, ressalta ela. Tal sistemática, denominada NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, inclui a novidade do ônus da prova em contrário pela empresa.

O público alvo do seminário são os empresários e diretores, gestores de RH e assistentes sociais, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, médicos do trabalho, advogados militantes e assessores jurídicos, fisioterapeutas do trabalho e ergonomistas, consultores, contadores e auditores, peritos judiciais e assistentes técnicos, e demais profissionais envolvidos em segurança e saúde do trabalhador.

A programação compreende palestras, debates e apresentações, e está disponível no site da empresa www.vendrame.com.br, com o apoio Institucional do Sindusfarma, ABRH Nacional; Sindeprestem, Sinduscon/SP, Sintesp, Sintelmark, dentre outros.



Fonte: Vendrame Associados - 19/5/2009

Acidentes são mais comuns entre os menos qualificados












Santos/SP - Os operários de menor nível de escolaridade são as maiores vítimas de acidentes no trabalho no porto de Santos. Essa avaliação é praticamente aceita por todos no cais. Segundo Fábio Luiz do Nascimento, supervisor de treinamento do Órgão de Gestão da Mão de Obra (Ogmo), a maioria dos acidentes ocorre com trabalhadores de capatazia, ligados ao Sintraport, e com os estivadores. Essas duas categorias são as maiores do porto. "O fator cultural influi nos acidentes e o ambiente de trabalho é perigoso. Qualquer acidente é com lesão grave", afirma Nascimento.

Em 2008, o Ogmo contabilizou 138 acidentes, dos quais 73 com afastamento do trabalho, mas a entidade não possui um levamento sobre a relação entre os acidentes e o nível de escolaridade do trabalhador.

A busca do ganho por produção, que se acrescenta ao salário básico, leva os trabalhadores a atuar com maior esforço e mesmo com maior insegurança, explica o estivador Mauro Assis. "Quando depende da produção, para não parar o trabalho, os riscos aumentam. Trabalhei em um navio de contêineres no qual em certo momento faltou energia elétrica, ficou muito escuro. Mesmo assim, a operação continuou porque é desse segmento que obtemos mais de 60% dos nossos ganhos. Eu mesmo cai no espaço entre dois contêineres", conta o estivador.

Uma sucessão de acidentes fatais no porto, entre 2007 e 2008, com sete vítimas, levou as entidades portuárias a promoverem cursos com o foco em segurança. Em 2008, o Centro de Excelência Portuária (Cenep), órgão recém-criado por entidades ligadas ao porto, entre as quais a prefeitura e o Ogmo, promoveu o primeiro curso. Voltado para procedimentos operacionais, abordou o manuseio com sacaria, contêineres e cargas a granel.

O próximo passo da entidade é aliar-se à Secretaria de Educação de Santos para fazer novo levantamento da escolaridade dos portuários e oferecer-lhes cursos de alfabetização e de ensino fundamental. "Temos de avançar desde essa base até o estágio do uso de simuladores nas operações, mas para isso precisamos de verba, não tenho onde captar recursos", afirma Esmeraldo Tarquínio de Campos Neto, coordenador do Cenep.

Tanto o Cenep quanto o Ogmo buscam parcerias com o Ensino Profissional Marítimo, tocado pela Marinha. Uma parcela equivalente a 2,5% da folha de pagamento dos portuários destina-se a um fundo sob responsabilidade da corporação. Para 2009, o Ogmo intermediará curso para 56 turmas, envolvendo um total de 1.680 vagas aos trabalhadores avulsos sobre procedimento operacional-padrão em três tipos de carga.


Fonte: Valor Econômico - 25/5/2009

domingo, 24 de maio de 2009

Extintor Escondido

Intoxicação caseira

Prevenir é sempre o melhor remédio

Pílulas coloridas, frascos com produtos de limpeza que lembram suco de fruta, perfumes em vidros diferentes. Vários são os atrativos que levam a criança à ingestão de produtos químicos, que se não tratada rapidamente pode ocasionar sérias complicações.

A criança que começa a engatinhar e descobrir as novidades que a cercam tem uma tendência a experimentar tudo o que vê pela frente, principalmente se a cor e o cheiro forem agradáveis. Desde doces, balas, brinquedos até objetos variados, produtos químicos e remédios. Segundo a pediatra Lílian Gonçalves Zaboto, a primeira medida a ser tomada para evitar a ingestão de produtos químicos por crianças é tirá-los do alcance dos pequenos. "As mães devem tomar muito cuidado com o local onde são guardados esses produtos e com o momento em que são utilizados. Por exemplo, na hora da troca de fraldas e do uso de um produto higiênico, a mãe precisa ficar atenta para não deixá-lo próximo ao bebê", alerta a pediatra.

Entre um e cinco anos, período em que as crianças têm maior liberdade de movimentos, andando ou engatinhando, é quando há grande incidência deste tipo de problema, principalmente com produtos de limpeza. "Os maiores de cinco anos costumam ter uma preferência por remédios, pelo formato que lembra balinhas, e por serem em grande maioria coloridos", afirma a Dra. Lílian.
Se mesmo com todas as precauções, a ingestão de produtos químicos não pôde ser evitada, a mãe deve procurar um médico o quanto antes ou entrar em contato com o Ceatox - Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que dá toda a orientação necessária por telefone, em atendimento 24 horas, como explica a médica. "Antigamente, a maioria dos casos de intoxicação era tratada com lavagem gastrintestinal ou indução ao vômito, que são procedimentos invasivos. Hoje em dia, algumas situações podem ser sanadas com o uso de remédios que combatam a ação destes produtos". Porém, existem casos que exigem a intervenção médica, de acordo com a quantidade e tipo de produto ingerido. A cândida, por exemplo, tem ação corrosiva e pode ser muito perigosa mesmo em doses pequenas. A Dra. Lílian afirma que alguns remédios também podem ser responsáveis por danos mais sérios, como os antidepressivos que, se ingeridos em grande quantidade, podem levar ao coma. "Se a criança é sensível a alguma medicação e apresentar uma reação anafilática, não tratada em caráter emergencial, pode ter grandes complicações"

A Lenda do Leite

Há alguns anos, era muito comum ouvir que a criança que sofria algum tipo de intoxicação caseira poderia ser tratada com a ingestão imediata de leite ou sendo induzida ao vômito. "Estas lendas caseiras não ajudam na recuperação da criança e nem na avaliação da gravidade do caso. A única recomendação é a procura por auxílio médico", enfatiza a médica. Algumas situações acontecem na ausência dos pais ou responsáveis e existem sintomas que podem identificar estes casos. Se a criança apresenta sonolência, convulsão e andar cambaleante, pode ter ingerido remédios antidepressivos. Já a presença de vômito, agitação, diarréia, falta de ar, vermelhidão na pele e placas de urticária pode indicar que produtos de limpeza foram consumidos pelos pequenos.