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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Gripe é coisa séria e pode ser prevenida

O mal-estar causado pela gripe tende a ser desprezado no Brasil. Há muitas receitas caseiras à base de mel, limão, alho, bebidas alcoólicas e uma série de outras substâncias. As farmácias também estão abarrotadas de remédios que combatem seus sintomas, como febre, dores no corpo e cansaço. Estes são paliativos para os sintomas. Porém, para bloquear o vírus que provoca a gripe foi criada a vacina, que muitas empresas adotam para prevenir seus colaboradores.

Com o calor, e o ar mais sujo, o vírus tende a se espalhar ainda mais. Mas ainda há algumas confusões, no que popularmente é chamado de gripe, mas que se trata de outra doença, o resfriado. Segundo as informações fornecidas pela Sanofi Pasteur, subsidiária brasileira do laboratório europeu Sanofi-Aventis, o resfriado é um mal mais brando, que acomete principalmente as vias respiratórias e dificilmente resulta em complicações sérias. A verdadeira gripe, por outro lado, é causada pelo vírus Influenza e pode se desdobrar em pneumonias e sinusites.

O médico Zuher Handar, diretor científico da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), e também consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e coordenador dos cursos de pós-graduação de medicina do trabalho da PUC do Paraná, afirma que a gripe não é uma doença inofensiva.

Segundo ele, há uma forte relação entre gripe, absenteísmo e acidentes de trabalho, pois, ao provocar malestar, prostração e dores musculares, a gripe pode contribuir para o trabalhador sofrer acidentes, colocando em risco a sua vida e a de outros. Principalmente para quem trabalha em atividades de risco ou naquelas que exigem muita atenção, como a operação de máquinas perigosas e a direção de veículos. Nesse sentido, o acidente advém do que ele chama de presenteísmo, situação em que o profissional comparece à empresa, mas sua produtividade está comprometida devido ao malestar decorrente da enfermidade.

Estimativas da OIT avaliam em mais de 2 milhões por ano o número de mortes por acidentes e doenças do trabalho. Contando apenas as doenças, o número de mortes anuais é de 1,6 milhão. A organização contabiliza, ainda, em 270 milhões o número de acidentes de trabalho não fatais, ocasionando no mínimo três dias de afastamento. Todos esses números, quando traduzidos em valor, representam um prejuízo de 4% no PIB global.

Para Handar, uma das formas de evitar que essa estatística permaneça inalterada é a promoção de programas de vacinação nas empresas. "A vacina ocupacional traz benefícios para os dois lados: o trabalhador e a empresa, pois assegura a qualidade de vida dos trabalhadores e também contribui para manter a produtividade da empresa e reduzir o absenteísmo e o presenteísmo", afima.

O mesmo afirma a gerente médica do Sanofi Pasteur, Lucia Bricks: "diversos estudos revelaram que a vacinação reduz o absenteísmo em empresas de diferentes países e o nível de produtividade também se mantém no mesmo patamar porque os vacinados, mesmo quando adoecem, apresentam sintomas mais leves e de curta duração".

No entanto, apesar de inúmeros estudos demonstrarem a eficácia e os benefícios da vacina contra a gripe, ainda há quem acredite que a vacina é que provoca a gripe. Essa crença, aliás, tem sido a maior dificuldade para a maioria das empresas que contrata o serviço de vacinação ocupacional da Sanofi Pasteur. A questão é que, embora as companhias se empenhem em oferecer o benefício a seus funcionários, muitos evitam tomar a vacina.

Para contestar a afirmação Lúcia explica:"o vírus usado para produzir a vacina é morto e esquartejado". Tecnicamente isso significa que ele é inativado e fragmentado, tornando inviável completamente sua capacidade de ativação da enfermidade, mas mantendo sua função de anticorpo.

No Brasil, segundo dados de Handar, a gripe afeta um contingente de 7 a 14 milhões de trabalhadores por ano, considerando que essa enfermidade afeta entre 5% e 10% da força de trabalho no mundo.

Mitos e verdades sobre a gripe

Mitos

A vacina da gripe causa gripe - A vacina influenza, conhecida como vacina da gripe, é feita com vírus inativados e fragmentados, por isso não pode causar a gripe.

Gripe e resfriado são a mesma doença - Gripe e resfriado são doenças diferentes e apenas para a gripe há vacina. A gripe começa de forma súbita e, em geral, causa febre, mal estar, dores musculares, dor de cabeça e tosse. Entre as complicações da gripe estão a pneumonia e a sinusite. O resfriado se desenvolve de forma progressiva, não provoca febre e, em geral, produz sintomas mais localizados no trato respiratório (nariz e garganta). Dificilmente causa complicações.

Grávidas não podem tomar vacina da gripe - O Centro de Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas norte-americano (CDC) recomenda que as gestantes recebam a vacina em qualquer momento da gestação, porque elas têm um risco aumentado de apresentar complicações graves pela gripe. Se a gestante for vacinada sem saber que já estava grávida, não há risco para a gestação.

Só os idosos devem tomar a vacina da gripe - A vacina é recomendada para os idosos, grupos com maior risco de complicações, profissionais de saúde, crianças entre seis meses e cinco anos e pessoas que têm contato com esses indivíduos. Mas todas as pessoas podem ser vacinadas. Os Estados Unidos e os países da Europa recomendam a vacina da gripe porque nessas regiões o clima é frio - Os vírus influenza é encontrado em todos os países, embora a circulação varie de acordo com a época e região.

Verdades

Bebês menores de seis meses não podem tomar a vacina da gripe - A vacina é recomendada para crianças a partir dos seis meses de idade.

A criança é a maior transmissora da gripe - A criança excreta por mais tempo os vírus da gripe devido à imaturidade do seu sistema imunológico. Em média, um adulto infectado deixa de transmitir os vírus em uma semana, enquanto na criança esse processo pode perdurar por até dez dias.

Exige considerações:

A gripe é uma doença benigna - A gripe, doença causada pelo vírus Influenza, pode causar diversos tipos de complicação. Segundo estatísticas, pode levar à morte entre 250 mil e meio milhão de pessoas todos os anos.

Fonte: Sanofi Pasteur

Extraido do Canal RH

Despedida por justa causa depende de plena comprovação.

“A despedida por justa causa, para que seja considerada válida, deve ser cabalmente comprovada, pois dela advém inúmeras conseqüências desfavoráveis ao trabalhador despedido”. A 9ª Turma do Tribunal do Trabalho do Rio Grande do Sul assim avaliou ao negar provimento a recurso ordinário do Município de Esteio contra decisão da Vara do Trabalho local.

Uma cozinheira de uma escola da rede municipal foi demitida por justa causa, acusada de improbidade por furtar alimentos destinados à merenda dos alunos. Tendo a sentença revertido a demissão de justificada para imotivada, recorreu a reclamada.

Segundo o relator do recurso, Juiz Convocado Marçal Henri Figueiredo, a Portaria estabelecendo a sindicância para averiguar a responsabilidade da reclamante não orientava à investigação do aumento de pedidos de compra alimentos nem do furto de sobras de merendas e, no entanto, a conclusão da sindicância baseou-se em tais aspectos.

Para o magistrado, a prova produzida foi insuficiente, sendo que sequer foram ouvidas testemunhas. Ele corroborou a sentença de 1º grau, na qual o Juiz observou que não restou comprovada a improbidade, mas apenas que a reclamante tinha em sua posse sobras da merenda, “alimentos que, incontroversamente, iriam para o lixo”. Da decisão cabe recurso.

( Processo 01425-2007-281-04-00-0 )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 4ª Região Porto Alegre, 11.02.2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vacina contra febre amarela mata mulher no RS

A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira que a causa da morte de uma mulher de 39 anos foram os efeitos colaterais da vacina contra a febre amarela. O óbito ocorreu no dia 21 de janeiro, em Santa Maria, na região central do Estado, e desde então estava sob investigação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. O secretário da Saúde, Osmar Terra, explicou que as reações adversas, previsíveis para quem toma a vacina, podem se tornar fatais quando a pessoa imunizada tem deficiências imunológicas. "É por isso que a vacinação só é indicada para quem viaja ou vive em áreas de risco". A mulher de Santa Maria sofria de insuficiência renal, fazia hemodiálise, e decidiu tomar a vacina antes de uma viagem à zona rural do município, contrariando orientação médica.

No Rio Grande do Sul 141 municípios estão na área de risco de febre amarela. Desde o final de 2008 a doença matou quatro pessoas que estiveram em matas ciliares do oeste do Estado. Outros dois pacientes foram internados com os sintomas da febre amarela, mas conseguiram se recuperar. Desde o final de janeiro não há notificação de novos casos em território gaúcho.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/23022009/25/manchetes-vacina-febre-amarela-mata-mulher.html