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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Como motivar quem perdeu o interesse no trabalho?

Ressuscitar é mais difícil do que nascer. Recuperar o nível de empenho, dedicação e compromisso no trabalho de quem já foi um excelente profissional é um dos mais delicados desafios gerenciais.

Cedo ou tarde o Avaliador se defronta com um Avaliado que já há algum tempo "empurra o trabalho com a barriga", vai na onda da aceitabilidade, executa apenas o necessário para continuar integrando a folha de pagamentos. Muitas vezes pode ter sido até um empregado de desempenho excelente, mas que, por diferentes motivos, perdeu o interesse no que faz.

Infelizmente, esses empregados não são apenas um peso morto inserido na força de trabalho, mas também significam desperdício inútil de recursos. Com o potencial, competências e experiências de que dispõem, são pessoas que deveriam estar oferecendo importantes contribuições à organização a que pertencem, mas se tornam verdadeiras sanguessugas de seus colegas, dissipadores perdulários da energia e dos recursos organizacionais.

Muitas são as origens desses desvios no desempenho funcional. Por certo, você pode considerar que o que agora fazem não mais lhes agrega significado e desafio, enseja autonomia, perspectivas de crescimento e progresso, sentimento de auto-realização no trabalho. Pode ser também que o empregado esteja apenas em busca de um pouco mais de atenção de seu supervisor, que ignora por completo os subordinados que realizam um bom trabalho.

Talvez o empregado não mais apresente o desempenho de outrora porque não veja perspectivas à sua frente, sem possibilidades de promoções ou aumentos por mérito, ressentindo-se da falta de incentivos materiais concretos ou simbólicos, psicológicos, que motivem o seu comportamento. E até pode ser que a perda do interesse no trabalho decorra da falta de sentido e de responsabilidade do próprio trabalho, que não possibilita a quem o executa satisfação e orgulho.

Considere, dentre muitos outros, as seguintes ações para melhorar o desempenho de empregados que inadvertidamente perderam o interesse no que fazem:

* Feedback - Usualmente o mais simples e poderoso remédio para recuperar o desempenho consiste em fazer o empregado compreender o quanto você e a organização o estimam, respeitam e apreciam o bom trabalho que ele sempre realizou. Às vezes uma mera massagem no ego, desde que sincera e genuína, pode ser tão importante quanto um aumento de

salário ou uma promoção. Dê um pouco mais de atenção aos que reduzem a qualidade ou a quantidade do que fazem. Faça-os saber a importância que têm para a organização. Seja especialmente atento para reconhecer e elogiar um trabalho bem feito. Muitas vezes, esses problemas de desempenho se originam depois de o empregado não ter sido sequer notado pela execução de algo especial.

* Perspectivas de Progresso - O empregado pode ter estagnado no exercício de suas funções, tornado-se obsoleto. Estimule-o a se reciclar, a aprender e a incorporar novas competências, a examinar e identificar novas formas e métodos de fazer melhor o que já faz bem, a enriquecer e ampliar os seus horizontes e a visão do que realiza no cotidiano.

* Rodízio Funcional - Mesmo que uma completa mudança de atribuições e posições nos processos de trabalho de sua equipe não seja factível, geralmente você conseguirá transferir temporariamente alguns empregados para novas áreas. Quando retornarem às funções anteriores, não só estarão mais arejados pela aquisição de novas vivências como poderão agregar eventualmente o que vivenciaram no desempenho das antigas atribuições.

* Autodireção e autocontrole - Teoricamente um bom empregado necessita cada vez menos de orientação e supervisão à medida que amplia a sua maturidade no que faz. Supervisioná-lo através de um controle direto certamente esgota a sua iniciativa, autonomia e criatividade. Uma maneira adequada de reacender o seu entusiasmo é deixá-lo crescentemente à vontade para fixar os seus próprios objetivos, programar o seu trabalho e acompanhar o seu desempenho. Autodireção e autocontrole proporcionam inúmeras vantagens, dentre elas a de redespertar o interesse do empregado no trabalho e a de estimulá-lo a buscar formas e processos melhores de desincumbir-se de suas atribuições, além de reduzir o volume de trabalho direto da supervisão.

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