Se a Terra fosse um paciente comum, os médicos talvez já tivessem dado o diagnóstico de doença crônica terminal. Sem saber mais o que fazer, apenas procurariam aliviar o sofrimento do paciente, na medida do possível, até o fim inevitável.
Não estamos falando de um paciente humano, e sim de nosso lar, a Terra. A descrição acima ilustra muito bem o que está acontecendo com o nosso planeta.
Ar poluído, aquecimento global, águas contaminadas e resíduos tóxicos são apenas alguns dos sintomas da grave enfermidade que aflige o planeta. Como os médicos mencionados acima, os especialistas confrontam-se com um dilema: O que fazer?
A mídia freqüentemente apresenta manchetes e declarações que chamam atenção ao deplorável estado de saúde da Terra. Veja alguns exemplos:
- "Pesca com dinamite transforma fundo do mar em campo de extermínio".
- "Um bilhão de asiáticos correm risco de ficar sem água potável daqui a 24 anos".
- "A cada ano paga-se para que quarenta milhões de toneladas de lixo tóxico sejam despejadas em outros países".
- "Quase dois terços dos 1.800 poços do Japão estão contaminados".
- "O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está maior do que nunca".
As notícias sobre ameaças ao meio ambiente são tão freqüentes que algumas pessoas começam a desconsiderá-
Alguns dos fatores que nos ajudarão a entender por que se pode dizer que a Terra não está apenas com uma leve indisposição, mas gravemente doente.
OCEANOS: Grandes extensões dos oceanos sofrem com a pesca predatória. Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente diz que "70% das regiões de pesca marinha são tão exploradas que a reprodução mal consegue, se é que consegue, repor o que se pesca". Por exemplo, a população de bacalhau, merluza, hadoque e linguado no Atlântico Norte caiu em até 95% entre 1989 e 1994. Se a tendência persistir, o que será dos milhões de pessoas que dependem do mar como principal fonte de sustento?
Além disso, estima-se que, todo ano, de 20 milhões a 40 milhões de toneladas de animais marinhos sejam capturados e jogados de volta ao oceano em geral feridos ou mortos. Por quê? São criaturas capturadas acidentalmente com os peixes de valor comercial, mas que são consideradas refugo.
FLORESTAS: O desmatamento tem muitos efeitos colaterais. Com menos árvores, diminui a capacidade da Terra de absorver dióxido de carbono, que segundo se diz uma das causas do aquecimento global. Com a destruição das matas, desaparecem espécies de plantas que poderiam fornecer medicamentos vitais. Mas a taxa de destruição das florestas continua num ritmo constante — de fato, aumentou nos últimos anos. Alguns especialistas acreditam que, se isso continuar, as florestas tropicais desaparecerão em cerca de 20 anos.
RESÍDUOS TÓXICOS: Materiais perigosos despejados em terra ou no mar representam um perigo em potencial para milhões de pessoas. Resíduos radioativos, metais pesados e subprodutos da fabricação de plástico são alguns dos elementos que podem causar anomalias, doenças ou mortes ao homem e aos animais.
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: Nos últimos cem anos, começaram a ser usadas cerca de 100.000 novas substâncias químicas. Elas acabam contaminando o ar, o solo, a água e os alimentos. Relativamente poucas delas foram analisadas quanto ao seu efeito sobre a saúde humana. Mas entre as que foram testadas, um bom número foi considerado carcinogênico ou causador de outras doenças.
Há muitas outras ameaças ao nosso meio ambiente: poluição do ar, esgotos não tratados, chuva ácida, escassez de água limpa. Mas as poucas mencionadas acima são suficientes para comprovar que a Terra está bem doente.
É possível salvar esse paciente, e os cuidados depende de cada um de nós!
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