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terça-feira, 20 de maio de 2008

Obra no Ministério do Trabalho desrespeita norma de segurança

Brasília/DF - Na manhã de segunda-feira, 12, os ministros do Trabalho, Previdência e Saúde assinaram portaria que cria a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, cujo principal objetivo é reduzir os altos índices de acidente no Brasil. Mas irregularidades que comprometem a segurança dos trabalhadores podem ser constatadas no próprio prédio do Ministério do Trabalho, Emprego e Previdência Social.

Um andaime que está sendo utilizado para uma obra na fachada do prédio está fora das normas, denunciam Laércio Fernandes Vicente, do Sindicato da Construção Civil de São Paulo e técnico de segurança do trabalho da Força Sindical, e João Barbosa de Arruda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Distrito Federal. O principal problema são as cordas para conexão do cinto utilizado pelos operários que, segundo Laércio, estão fora do padrão.

“Nós temos uma exigência da NR 18 (Norma Reguladora número 18, que trata das condições de trabalho na indústria da construção) dizendo que os cabos de segurança para conexão do cinto pára-quedista ao trava-quedas deve ser uma corda de cabo de fibra sintética ou de aço. Essa corda que está sendo usada é de náilon, com nó, falta o trava-quedas e está inadequada”. Laércio classificou como “absurdo” encontrar uma irregularidade como essa dentro do próprio ministério.

Quando não há o trava-quedas, Laércio explicou que durante a movimentação vertical o funcionário precisa retirar o cinto de um nó para depois conectar no outro. “Se houver a ruptura de um andaime ele (operário) cai também no momento em que faz a transferência de um nó para outro. Enquanto ele estiver no andaime suspenso a conexão do cabo de vida tem que ser permanente”, afirmou.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho, a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração confirmou que a obra no prédio dos Ministérios do Trabalho e da Previdência foi vistoriada e liberada pelo governo do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros e Superintendência Regional do Trabalho.

A assessoria de imprensa do Ministério da Previdência afirmou que a denúncia não procede porque a obra foi liberada pelos órgão competentes e está sendo acompanhada pelo setor de engenharia do Ministério da Previdência.



Fonte: Agência Brasil - 13/5/2008

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