A enfermagem é uma profissão que, pela natureza do seu exercício, corre vários riscos, seja pelo contacto ou exposição a agentes químicos, físicos, biológicos, seja pelas condições de trabalho, seja ainda pelas funções que se têm de desempenhar.
Não serão a saúde e bem-estar importantes para os enfermeiros? Evidentemente que sim. Além disso, a evidência científica mostra que, a saúde mental e física dos enfermeiros é, frequentemente, sujeita a riscos decorrentes do trabalho e que muitos são aqueles que sofrem problemas sérios que resultam muitas vezes em perda de emprego ou em incapacidade permanente (Rogers & Salvae, 1988).
O risco, a penosidade e a insalubridade estão presentes em todos os contextos de trabalho. Contudo, nem sempre é evidente para todos os profissionais o que entendemos por risco, penosidade e insalubridade. Assim, passamos a referir, de forma muito breve, o que entendemos por cada um destes conceitos.
O risco está relacionado com exposições acidentais a agressões físicas, químicas ou biológicas, que podem trazer consequências várias à saúde e integridade física: quedas, entalamentos, picadas, cortes, queimaduras, radiações, acidentes de viação, contacto com vírus ou outros microorganismos…
Aqui podemos salientar o risco de Hepatite e de Sida, por picada ou corte, o risco de tuberculose pulmonar (que não é, actualmente uma situação simples), o risco de agressão física por parte de utentes e familiares, o risco de doença oncológica por exposição a citostáticos e a radiações, o risco de infertilidade e aborto, por contacto com o gás anestésico, entre outros.
A penosidade está relacionada com as situações com as quais lidamos e que comportam uma carga psicológica perturbadora, desconforto, alteração dos ritmos biológicos: aquilo que exige um esforço físico, psicológico, social, espiritual, permanente e suplementar.
São disso exemplos o trabalho por turnos, o contacto permanente com a dor, o sofrimento e a morte, a elevada responsabilidade, o medo de errar e as consequências que esses erros podem ter na vida do outro, a necessidade de estar em constante aprendizagem e adaptação…
A insalubridade está relacionada com as condições de higiene, saúde e segurança no local de trabalho: estar em contacto com líquidos biológicos, exposto à infecção hospitalar, com infecções respiratórias relacionadas com a má manutenção dos sistemas de ar condicionado, fazer trabalho domiciliário à chuva, ao sol, entrar em casas degradadas, infestadas de insectos (dos quais os hospitais e centros de saúde também dispõem, como as inevitáveis baratas) …
Pelo que atrás expusemos pode compreender-se que apenas a insalubridade está relacionada com o local em que o enfermeiro está colocado e que, fruto da regulamentação e aplicação da legislação de higiene, saúde e segurança no local de trabalho pode ser minorada.
Contudo, por muito que se melhorem as condições de trabalho (por que sempre se lutou), o risco de contrair uma doença infecciosa, o contacto com a dor, o sofrimento e a morte, ter que passar muitas horas em pé, ter um trabalho que implica elevada responsabilidade e cujos erros podem ter danos graves para a vida e saúde do outro, entre muitos outros aspectos, fazem-nos afirmar que esta é uma profissão de elevado risco, onde quer que ela seja exercida.
As ameaças à saúde dos enfermeiros nem sempre estão muitos visíveis: os riscos invisíveis dos micróbios, da radiação ou do stress, ou a exposição permanente, ao longo de muitos anos, a pequenos tóxicos ou a sobrecargas físicas passam muitas vezes despercebidos. É, por isso, fundamental darmos alguma atenção a este problema.
Conhecer os riscos é importante: actuar é fundamental. É preciso melhorar as condições de trabalho e compensar os enfermeiros pelos riscos que correm no seu dia-a-dia.”
In Risco Penosidade e Insalubridade – Uma realidade na profissão de enfermagem (2000)
Não serão a saúde e bem-estar importantes para os enfermeiros? Evidentemente que sim. Além disso, a evidência científica mostra que, a saúde mental e física dos enfermeiros é, frequentemente, sujeita a riscos decorrentes do trabalho e que muitos são aqueles que sofrem problemas sérios que resultam muitas vezes em perda de emprego ou em incapacidade permanente (Rogers & Salvae, 1988).
O risco, a penosidade e a insalubridade estão presentes em todos os contextos de trabalho. Contudo, nem sempre é evidente para todos os profissionais o que entendemos por risco, penosidade e insalubridade. Assim, passamos a referir, de forma muito breve, o que entendemos por cada um destes conceitos.
O risco está relacionado com exposições acidentais a agressões físicas, químicas ou biológicas, que podem trazer consequências várias à saúde e integridade física: quedas, entalamentos, picadas, cortes, queimaduras, radiações, acidentes de viação, contacto com vírus ou outros microorganismos…
Aqui podemos salientar o risco de Hepatite e de Sida, por picada ou corte, o risco de tuberculose pulmonar (que não é, actualmente uma situação simples), o risco de agressão física por parte de utentes e familiares, o risco de doença oncológica por exposição a citostáticos e a radiações, o risco de infertilidade e aborto, por contacto com o gás anestésico, entre outros.
A penosidade está relacionada com as situações com as quais lidamos e que comportam uma carga psicológica perturbadora, desconforto, alteração dos ritmos biológicos: aquilo que exige um esforço físico, psicológico, social, espiritual, permanente e suplementar.
São disso exemplos o trabalho por turnos, o contacto permanente com a dor, o sofrimento e a morte, a elevada responsabilidade, o medo de errar e as consequências que esses erros podem ter na vida do outro, a necessidade de estar em constante aprendizagem e adaptação…
A insalubridade está relacionada com as condições de higiene, saúde e segurança no local de trabalho: estar em contacto com líquidos biológicos, exposto à infecção hospitalar, com infecções respiratórias relacionadas com a má manutenção dos sistemas de ar condicionado, fazer trabalho domiciliário à chuva, ao sol, entrar em casas degradadas, infestadas de insectos (dos quais os hospitais e centros de saúde também dispõem, como as inevitáveis baratas) …
Pelo que atrás expusemos pode compreender-
As ameaças à saúde dos enfermeiros nem sempre estão muitos visíveis: os riscos invisíveis dos micróbios, da radiação ou do stress, ou a exposição permanente, ao longo de muitos anos, a pequenos tóxicos ou a sobrecargas físicas passam muitas vezes despercebidos. É, por isso, fundamental darmos alguma atenção a este problema.
Conhecer os riscos é importante: actuar é fundamental. É preciso melhorar as condições de trabalho e compensar os enfermeiros pelos riscos que correm no seu dia-a-dia.”
In Risco Penosidade e Insalubridade – Uma realidade na profissão de enfermagem (2000)
Um comentário:
trabalho em um asilo e lá mexemos com perfuro cortante tivemos idoso com tb,trocamos fraldas e temos contato sempre com fezes urina e ulceras de pressão será que temos direito a insalubridade,pois dizem que ñ?
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