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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quase um terço dos acidentes nos EUA ligados à aviação são de para-quedistas

Mais de mil pessoas são hospitalizadas todos os anos nos Estados Unidos devido a lesões relacionadas à aviação, e apenas um décimo delas são passageiros de aeronaves comerciais.

Pesquisadores analisaram dados de 2000 até 2005, compilando informações sobre colisões, acidentes com pára-quedas, lesões de trabalhadores da área de manutenção de aeroportos e lesões de passageiros em solo, entre outros.

O relatório, que aparece na edição de dezembro da Aviation, Space, and Environmental Medicine, usa um grupo de bases de dados de saúde administrado pelo projeto de custo e utilização de serviços de saúde do governo americano.

Apenas 10,6% das pessoas hospitalizadas estavam viajando em aeronaves comerciais. Mais de 32% sofreram lesões em aviões particulares, e quase 10% em planadores ou asa-delta. Saltar do avião é realmente perigoso: 28,9% das pessoas que sofreram lesões eram para-quedistas.

Mais de 28% de todas as lesões ocorreram nos membros inferiores. Enquanto apenas 2,5% dos pacientes apresentaram queimaduras, eles responderam por 17% das mortes após a hospitalização.

Falta de informação

O serviço militar estabeleceu eficazes sistemas de vigilância para monitorar as lesões na aviação, mas os pesquisadores afirmam que as fontes de informação sobre lesões não-militares não são tão completas.

Nem o Comitê Nacional de Segurança do Transporte nem a Administração Federal de Aviação coletam informações completas sobre todos os passageiros que sofreram lesões. Susan P. Baker, a principal autora do estudo, acredita que isso é um problema.

"Acho que fazemos bom uso de uma fonte de dados valiosa", disse Baker, "mas as informações ideais sobre as lesões viriam do CNST, para que elas pudessem ser relacionadas aos dados sobre as aeronaves e as circunstâncias dos acidentes".

Baker, professora de política e administração da saúde da Johns Hopkins, disse que, embora a categoria mais ampla de lesões e mortes sempre tenha sido aviões particulares, "me surpreendeu que tantos pára-quedistas estejam entre os que sofreram lesões".

"Houve quase tantas lesões envolvendo pára-quedistas quanto as que ocorreram na aviação civil", disse ela.

Fonte: New York Times

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