da Folha Online
Os médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) registraram, no mês de junho, dez agressões nas agências da Previdência. No ano, foram 57 casos, o mais grave resultou na morte do médico José Rodrigues de Souza, em Patrocínio (MG), no dia 29 de maio, baleado na cabeça por um segurado insatisfeito pela recusa na concessão do auxílio-doença.
Somente entre terça e quarta-feira, sete casos de agressões foram comunicados à ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos). A entidade pede segurança aos peritos. O Ministério da Previdência informou que instalará detector de metais nas entradas dos postos e fará uma campanha esclarecendo o trabalho dos médicos.
Desde o início de junho o total de casos de agressões notificados já soma 10 casos e desde o início de 2007 o total de registros é de 57. Segundo a ANMP, ontem, em Santo André, a médica Márcia Silvia foi agredida e teve um olho machucado por uma segurada que invadiu seu consultório, inconformada com o resultado de sua perícia, já que o benefício por incapacidade lhe foi negado. A médica está internada.
Para o presidente da ANMP, Luiz Carlos de Teive e Argolo, os casos de agressões estão se tornando cada vez mais graves e "não haverá outro caminho para os peritos, senão a greve, caso o ministro da Previdência, Luiz Marinho, não explique o papel da perícia".
Ontem, o ministro confirmou que serão equipadas com itens de segurança, como portas detectoras de metal, rotas de fuga nos consultórios dos peritos e campainha de alarme e que fará uma campanha de esclarecimento sobre o papel dos peritos.
"Essas medidas são preventivas e, somadas às ações gerenciais que estamos adotando, servirão para diminuir o tensionamento entre segurados e peritos médicos", afirmou o ministro.
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