O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse nesta sexta que a crise mundial de alimentos vai se agravar nos próximos meses. Ele culpou os investimentos em biocombustíveis pelo aumento de preços.
O desenvolvimento da agricultura ajudou a reduzir a pobreza e a subnutrição no Caribe e na América Latina nos últimos anos.
Mas a região ainda tem mais de 52 milhões pessoas passando fome, o que representa 10% da população. Este foi o alerta da conferência, que discutiu a crise mundial de alimentos.
As Organizações Unidas para Agricultura e Alimentação recomendam que os países pobres e em desenvolvimento intensifiquem as ações de distribuição de renda para melhorar o acesso da população à comida, principalmente diante da elevação dos preços.
O diretor geral das FAO, Jacques Diouf, afirmou que a produção não deve crescer no próximo ano porque os produtores dos países pobres terão dificuldades para encontrar sementes, fertilizantes e alimentos.
A crise de alimentos também foi assunto nesta sexta em Paris. O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a produção de biocombustíveis a partir de produtos agrícolas é um problema moral em relação à crise.
No Brasil, o ministro de Relações Exteriores reafirmou a posição do governo de que os biocombustíveis não comprometem a produção de grãos.
Para o ministro Celso Amorim, as tarifas de importação cobradas pelos países ricos sobre produtos agrícolas desestimulam a produção.
“Ninguém que me conste, na África, deixou de produzir alimentos para produzir biocombustível. Eles não produziam alimento e continuam sem produzir alimento porque os subsídios agrícolas da Europa e dos Estados Unidos impedem que isso ocorra”.
Fonte: Portal do Meio Ambiente / Jornal Nacional (globo.com).
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