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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Engenheiro explica quais as diferenças entre aterro sanitário e Lixão.

Neste ano, as leis e normas que definem uma redução em pelo menos 5% da emissão de CO2 no planeta e discutidas pelo Protocolo de Kyoto entraram em vigor. O objetivo principal é combater o aquecimento global até 2012 e atingir a meta de redução estabelecida. Procurando seguir estas normas e ajudar no combate a degradação do meio ambiente, a Araúna Energia e Gestão Ambiental desenvolve projetos para a geração de energia limpa e redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, atuando principalmente em aterros sanitários, muitas vezes confundidos pela população com os famosos lixões.

O foco da Araúna é negociar créditos de carbono com empresas, de acordo com determinações de órgãos técnicos da ONU. Um dos principais trabalhos desenvolvidos pela empresa é o tratamento técnico de gás metano em aterros sanitários para a geração de biogás.

Aterro sanitário é onde são encaminhados resíduos sólidos, principalmente do lixo domiciliar, ou seja, é o destino final da grande maioria daquilo que produzimos diariamente. Segundo o engenheiro e diretor técnico da Araúna, Heitor Simões Marques, "a diferença primordial de um aterro está no processo baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas que permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção ao meio ambiente".

Já os lixões não atendem nenhuma norma de controle. Os resíduos são jogados de qualquer maneira e não recebem nenhum tipo de tratamento, o que acarreta diversos problemas ambientais.

Heitor explica que o lixo a céu aberto atrai ratos e outros animais que são transmissores de inúmeras doenças. "O problema mais sério causado pelos lixões é a contaminação do solo e do lençol freático pela ação do chorume, que é um líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição", ressalta o engenheiro.

A grande São Paulo descarta 59% de seu lixo para aterros e para os lixões seguem 23%. De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, editada em 1991, a disposição final de lixo nos municípios brasileiros eram de 76% para lixões; 13% para aterros controlados e 10% para aterros sanitários. Apenas 1% passava por tratamentos como reciclagem ou trabalhos como a queima do metano desenvolvida pela Araúna.

Através das unidades de tratamento técnico, instaladas nos aterros pela Araúna, consegue-se uma redução de até 98% da emissão de gás metano gerado pela decomposição do lixo. Simplificando, o funcionamento deste sistema se dá pela coleta do gás em tubos que direcionam para uma torre onde ocorre a queima. "Toda a operação é controlada por computadores que medem diferentes parâmetros, dentre eles a quantidade de metano queimado que corresponde às toneladas de CO2 que seriam jogadas na atmosfera", explica Heitor Marques.

Esses índices são convertidos em créditos de carbono que são vendidos a empresas poluidoras de países desenvolvidos. "Além de contribuir com o meio ambiente e ajudar a alcançar as metas do Protocolo de Kyoto, nossa iniciativa ainda gera lucros. Por isso, a grande importância de se investir em projetos em aterros sanitários como estes desenvolvidos pela Araúna", afirma o engenheiro.

Fonte: ONG Eco Press.

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