O AVC é a primeira causa de morte no Brasil e a terceira no mundo. No município de São Paulo, é a segunda do ranking, depois de câncer, e nas regiões norte e nordeste do País, figura como a principal causa de óbito. Mas o que mata mais mesmo é a falta de informação – saber identificar sintomas e presteza no socorro pode amenizar bastante esse cenário.
Além da mortalidade, as seqüelas provocadas pelo AVC seqüelas criam um considerável impacto sócio-econômico, por conta da elevação dos custos de saúde e dificuldades para as famílias que passam a ter um membro que sofreu do problema.
O AVC acontece quando uma artéria do cérebro se rompe ou fica obstruída, fazendo com que aquela região cerebral deixe de receber oxigênio. As conseqüências variam conforme a área do sistema nervoso afetada e a quantidade de neurônios que morrem durante esse processo. Existem dois tipos, o hemorrágico e o isquêmico. O primeiro é provocado pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos no tecido cerebral ou no espaço que circunda o cérebro. É o mais perigoso e costuma estar associado a dores de cabeça súbitas. O AVC isquêmico é o mais freqüente, representando cerca de 75% dos casos. Ele se dá quando uma ou mais artérias cerebrais ficam obstruídas por placas de gordura ou coágulos.
O senso comum prevê que não há muito que se fazer diante de um quadro de AVC – isso contribui para a dificuldade em se combater o problema e pela demora habitual de prestar atendimento. Para existir rapidez, é preciso saber identificar o problema, sem confundi-lo com outro, como um mero mal-estar.
No Brasil, apesar da gravidade deste mal, a população é pouco instruída a respeito do assunto. Apenas 4% dos pacientes chegam ao hospital a tempo de reverter o quadro clínico.
Em 1995, um estudo clínico publicado no “New England Journal of Medicin” comprovou que um tratamento adequado em até 3 horas diminui as chances das vítimas terem seqüelas. Quanto antes o atendimento médico-hospitalar acontecer, mais chances de vida e de problemas mentais e físicos terá o paciente, por não perder elementos cerebrais. No caso, tempo é cérebro.
O melhor tratamento para o Acidente Vascular Cerebral é a prevenção, controlando fatores de risco como a hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, alcoolismo, obesidade abdominal, sedentarismo e stress. Com o aumento da atenção relacionada a estes aspectos, além da proliferação dos princípios básicos para a identificação do AVC, o problema de níveis epidemiológicos pode salvar vidas e manter a qualidade de outras muitas.
O AVC pode ser identificado a partir da soma dos seguintes sintomas, que costumam se manifestar repentinamente: perda de força dos membros, dor de cabeça, alterações na fala e na expressão, desequilíbrio, perda ou diminuição da consciência, alterações do campo visual e, eventualmente, convulsões. É um erro considerar que a vítima está apenas “confusa”, principalmente no caso de idosos, e tratá-la imediatamente com qualquer tipo de medicamento. Frente a estes sintomas, é preciso manter a pessoa deitada, e contatar um serviço de emergência. O hospital em questão precisa estar capacitado com diagnósticos por imagem e protocolos de atendimento para AVC.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein
2 comentários:
minha mulher teve 1 avc + só foi socorrida depois de 12 hr
Ha algum medicamento para desobstruir arterias cerebrais....
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