Pesquisar este blog

sábado, 10 de janeiro de 2009

Novas fontes que podem transformar o mundo

A maior parte das energias geradas no mundo vem dos combustíveis fósseis. Para serem transformados em energia, esses combustíveis são queimados, fator que o torna altamente poluente. A solução encontrada está na utilização de fontes renováveis de energia, obtidas de fontes naturais e que possuem a capacidade de se regenerar.

Essas fontes surgiram como alternativas viáveis para combater problemas relacionados à degradação ambiental e à escassez dos combustíveis fósseis. Estima-se que eles possam chegar ao fim em 40 anos, o que leva governos e sociedade a repensarem a necessidade de usufruir corretamente desse tipo de energia e optarem pelas fontes renováveis.

Os combustíveis fósseis são acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. Eles podem ser utilizados em sua forma sólida, a exemplo do carvão, líquida como o petróleo ou gasosa através do gás natural.

De acordo com o geólogo e professor do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia em Barreiras (Cefet – Barreiras), Robson Dantas, o combustível fóssil gera gases que contribuem com o aumento do aquecimento global, atualmente um grande problema para a humanidade, que causa modificações climáticas, que podem se tornar irreversíveis.

Opções - A energia dos ventos é amplamente disponível, possui baixo impacto ambiental e é limpa, pois não emite gás carbônico. No Nordeste o potencial de energia eólica está estimado em seis mil MW. Outros exemplos de energias renováveis são a solar (através de placas solares), biomassa (produzido com bagaço de cana, casca de arroz, cavaco de madeira e lixo) e maré-motriz (força da maré), todas consideradas ambientalmente corretas.

Segundo Robson Dantas, um dos fatores que levam à não utilização dessas energias está relacionado ao elevado custo de instalação. “Para recompensar o investimento nestas fontes, os custos de manutenção são pequenos, além do baixo nível de poluição”, afirma.

Também existem os biocombustíveis obtidos através da soja, mamona e girassol. O geólogo afirma que é preciso ter cuidado, pois o cerrado está sendo degradado em detrimento da expansão agrícola. “Neste caso é necessário o monitoramento para que essa fonte de energia renovável não se torne um problema, mas sim uma alternativa”, avalia.

No Brasil 90% da energia elétrica é gerada em usinas hidrelétricas. Elas provocam grande impacto ambiental como o alagamento de áreas, a perda da biodiversidade, a remoção de famílias, a morte de tradições e costumes. A utilização das fontes alternativas é a única saída para a resolução desses problemas. Para Robson Dantas, quando se fala em energia alternativa é preciso conciliar algo que é muito difícil desenvolvimento econômico com desenvolvimento sustentável. “Talvez essa seja o maior desafio da humanidade”. (Jackeline Bispo/Ascom Instituto Bioeste)


O Estado de São Paulo
Emissão de gás carbônico no País vai triplicar até 2017

Se por um lado a área ambiental do governo firma compromissos para reduzir as emissões de gás carbônico por meio da queda do desmatamento, do outro o planejamento do setor elétrico prevê mais geração termoelétrica, considerada uma energia mais poluente. Análises de técnicos do próprio governo indicam que as emissões de CO2 dessas novas usinas saltarão dos atuais 14 milhões de toneladas para 39 milhões em 2017.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, senadora pelo PT do Acre, está preocupada com as projeções do governo de aumentar a produção de energia em usinas termoelétricas, principalmente as movidas a óleo combustível. “Estamos na contramão da Europa e do que deverá acontecer nos Estados Unidos com a posse do Barack Obama”, disse.

A nova versão do Plano Decenal de Expansão da Energia, que traça as metas para o setor de 2008-2017, projeta que a capacidade de geração do País terá de saltar dos atuais 99,7 mil megawatts (MW) para 154,7 mil MW.

Desse acréscimo, cerca de 20,8 mil MW deverão ser gerados em usinas termoelétricas de diversos tipos, como nuclear, a gás, carvão, diesel, óleo combustível ou biomassa. A previsão do governo para a produção de energia em usinas movidas a óleo combustível - mais caras e poluentes - é de cerca de 40 novas térmicas até 2017.



Fonte: Instituto Bioeste

Nenhum comentário: