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sábado, 7 de fevereiro de 2009

A importância dos cuidados com a saúde no ambiente de trabalho.

Não tem como fugir. O trabalho faz parte da rotina de grande parte da população mundial. E, independente do local de atuação ou do setor, as doenças geradas pelo trabalho estão presentes em diversas funções. Da balconista do supermercado ao executivo. Encontrar casos de quem possui alguma doença relacionada ao ambiente de trabalho é fácil. Mas alguns cuidados tomados pelos funcionários e outros pelo empregador podem amenizar o número de casos.

Começa com uma dor ao cortar um alimento, outro dia objetos simples passam a ter peso excessivo até que o incomodo é tão grande que chega a hora de procurar um médico. Diagnóstico comum para quem lida diariamente com telefone e computador: Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

A analista de cobrança Ana Carolina da Silva, 22 anos, sentiu dores no pulso há cerca de oito meses. Foi ao médico e fez exames que acusaram tendinite. "A dor começa no punho, mas se estende pelo braço, dedos e cotovelo. Primeiro tive tendinite no punho direito. Agora tenho a mesma inflamação no braço esquerdo", conta. Mesmo com a fisioterapia e exercícios praticados em casa, a dor persiste e o simples ato de mexer os dedos é complexo. Usar uma pulseira mais apertada também não dá.

A LER é apenas uma das doenças. Existem várias outras, conforme explica o presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho do Espírito Santo, Charles Carone Amoury: pneuconiose, doença adquirida pela poeira da pedra nas indústrias de exploração mineral; Perda Auditiva Induzido pelo Ruído (Pair) e exposição a agentes biológicos.

"Nessa última, o trabalhador pode contrair doenças como Hepatite B ou C, através do contagio", diz o médico. Segundo ele, outras doenças podem ocorrer. O pedreiro, por exemplo, fica muito tempo exposto à poeira do cimento, o que pode levá-lo a ter uma dermatite de contato.

Mas o que fazer para não ter essas doenças? No caso do setor de mármore e granito, o beneficiamento feito com água evita a exposição do trabalhador a agentes nocivos à saúde. Para quem lida com o computador, sentar corretamente, com cadeiras e monitores na altura ideal, também ajuda.

Outra maneira de prevenção é o exercício físico matinal. "Fazer uma atividade física pela manhã prepara a pessoa para o dia. Além de dar maior disposição e energia", garante o médico. Qualquer exercício é recomendado, desde que com orientação de um profissional. Para cada função existe um determinado exercício.

Ar-condicionado e estresse - Muito comum e presente em diversas empresas é o ar-condicionado. Com a alta temperatura do verão ele é ainda mais utilizado. "O que faz mal no ar-acondicionado não é o ar frio, mas a falta de limpeza. Ele deve ser limpo semanalmente para que não haja proliferação de ácaros e bactérias nas tubulações", orienta.

Mesmo com toda higiene, prevenção e cuidados um mal atinge muitos e aparece de diferentes formas: o estresse. Com a tão comentada crise financeira e o aumento do número de demissões, se torna mais difícil ainda manter a calma.

O estresse no trabalho pode ter um alto custo para os trabalhadores e para a própria empresa. Concentre-se em gerenciar o estresse na sua origem em vez de esperar pelas sequelas físicas e emocionais.

Alguns sintomas do estresse negativo, como dores musculares, pressão arterial alta, fadiga, taquicardia, ansiedade e angústia, têm sido atribuídos ao acúmulo das pressões profissionais. Qualquer situação independente de estar vinculada ao trabalho pode ser percebida como estressante.

No entanto, alguns epidemiologistas americanos apontam certas características do trabalho como prováveis causas de estresse. A sensação da falta de controle é a grande responsável pelas doenças causadas pelo estresse.

Segundo a International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), homens com grande responsabilidade e pouco controle no trabalho são pelo menos quatro vezes mais suscetíveis à pressão alta do que seus colegas. Já as mulheres sofrem em dobro.

O pior para elas é um trabalho de alta pressão acrescido de pressões em casa. Nessas circunstâncias, as mulheres têm duas vezes mais chance de ter um ataque cardíaco do que as outras, de acordo com a entidade. Para lidar adequadamente com o estresse, eles dizem, o ideal é identificar os pensamentos negativos e modificá-los de maneira positiva e racional, para minimizar as consequências do que não pode ser mudado.



Fonte: Gazeta Online , 02.02.2009

Um comentário:

magda disse...

Muito bom seu artigo!!!Me ajudou bastante.