Sou pescador e sobrevivo da pesca artesanal de onde tiro o meu sustento e de minha família. Mas, desde que a PETROBRAS S.A, se instalou na Baía de Guanabara, na Praia de Mauá - Magé/RJ, no final de 2007, com o Terminal Flexível GNL da Baía de Guanabara e Projeto GLP da Baía de Guanabara, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - COMPERJ, não consigo trabalhar. É como se fosse dona da Baía e ninguém mais existisse. Contarei aqui um pouco dessa história.
O empreendimento possuí enormes impactos negativos que invibializam a sobrevivência das comunidades pesqueiras e, ao mesmo tempo, não lhes oferece nenhuma alternativa de vida. A empresa e suas obras impedem que nós, pescadores, circulemos por uma área que sempre foi nosso local de trabalho e moradia. Isso inviabiliza a pesca, nosso ganha-pão. A obra sequer gerou os empregos prometidos. A PETROBRAS S.A suas Empreiteiras trazem pessoas de fora e, quando contrata alguém da comunidade, os demite assim que descobre ligação do funcionário com os pescadores. Só em Praia de Mauá são centenas de famílias que estão perdendo seus empregos e vivendo na miséria, sem perspectiva de futuro. Mas esse não é o único crime cometido.
Ao longo das obras, a natureza vem sendo destruída. As dragagens estão matando animais e provocando o assoreamento da Baía. Os manguezais estão sendo desmatados. As máquinas usadas na obra causam derramamentos de óleo, danificam nossas redes de pescas, matam peixes e poluem as águas. E isso é grave, pois a Baía de Guanabara, a despeito do trágico derramamento de óleo também da PETROBRAS em 2000, aínda é muita rica do ponto de vista de seus Mangues, Flora e Fauna, possuindo muitas áreas de reserva ecológica.
O empreendimento possuí enormes impactos negativos que invibializam a sobrevivência das comunidades pesqueiras e, ao mesmo tempo, não lhes oferece nenhuma alternativa de vida. A empresa e suas obras impedem que nós, pescadores, circulemos por uma área que sempre foi nosso local de trabalho e moradia. Isso inviabiliza a pesca, nosso ganha-pão. A obra sequer gerou os empregos prometidos. A PETROBRAS S.A suas Empreiteiras trazem pessoas de fora e, quando contrata alguém da comunidade, os demite assim que descobre ligação do funcionário com os pescadores. Só em Praia de Mauá são centenas de famílias que estão perdendo seus empregos e vivendo na miséria, sem perspectiva de futuro. Mas esse não é o único crime cometido.
Ao longo das obras, a natureza vem sendo destruída. As dragagens estão matando animais e provocando o assoreamento da Baía. Os manguezais estão sendo desmatados. As máquinas usadas na obra causam derramamentos de óleo, danificam nossas redes de pescas, matam peixes e poluem as águas. E isso é grave, pois a Baía de Guanabara, a despeito do trágico derramamento de óleo também da PETROBRAS em 2000, aínda é muita rica do ponto de vista de seus Mangues, Flora e Fauna, possuindo muitas áreas de reserva ecológica.
E, não bastassem esses crimes, a empresa criminaliza os pescadores que lutam contra a destruíção ambiental. Não nos dão o direito nem de reclamar ou de nos indignar diante de toda essa afronta às leis e aos direitos humanos ! No início da obra, as famílias tentaram um diálogo com a empresa, mas esta não tomou providências quanto aos danos causados. Sem proposta de alternativa e sem diálogo por parte da PETROBRAS S.A e o Consórcio GLP Submarino responsável pela execução das obras do Projeto GLP da Baía de Guanabara, nos restou como única saída a mobilização contra o Projeto. A resposta das empresas veio sob a forma de repressão e muita violência.
Pessoas que trabalham e prestam serviços na obra ameaçam os pescadores e suas os pescadores e suas famílias. As lideranças dos pescadores vêm recebendo também muitas ameaças anônimas, por telefone. No dia 1º de Maio, um de nossos companheiros, sofreu um atentado ao chegar da pesca. Foi recebido a balas e por pouco não foi assassinado. A polícia e os governos, ao invés de nos protegerem e de fazerem com que as leis sejam cumpridas, atuam visivelmente em favor dos interesses das empreitadas destruídoras.
O Grupamento Aéreo Marítimo - GAM, já realizou dezesseis ofensivas violentas contra a mobilização dos pescadores. No dia 14 de Maio, os policiais mais uma vez repreenderam para dentro do manguezal; apreendeu barcos; apontou armas; ameaçou-os de morte; e deteve vários pescadores. Todos atos ilegais. Desde então, as ameaças anônimas e violência no tratamento dos pescadores vêm se intensificando, culminando no assassinato de um dos fundadores de nossa associação : espancado e morto com cinco tiros, no dia 22 de Maio, seis horas após o embargo da obra pela Prefeitura de Magé por constatação de irregularidades. Diante do clima violento, é possível que o crime tenha relação com as ameaças.
Isso é apenas parte do que vem acontecendo. Precisamos que você nos ajude e apóie, pois isso também é um problema é um problema e uma responsabilidade sua! Somos pescadores e estamos lutando pela Baía de Guanabara, pelo respeito à vida e por nossas famílias. Queremos trabalhar, queremos viver num lugar despoluído, queremos alimentos frescos para nos alimentar, queremos proteger a natureza e queremos sustentar nossas famílias com nosso trabalho. Queremos, antes de tudo, ter o direito e o orgulho de sermos o que de sermos o que sempre fomos : Pescadores Artesanais.
Isso é pedir muito ? Acho que não.
Participe desta luta em defesa do Trabalho e do Meio Ambiente !
GRUPO HOMENS DO MAR DA BAÍA DE GUANABARA, defendendo o Meio Ambiente e aqueles que sempre o utilizaram em harmonia de forma sustentável, o "Pescador Artesanal"
Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/pma/index.php?option=com_content&view=article&id=817
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